Ninguém nasce racista, muito menos sabendo perdoar. O mundo sempre fora uma escola de vida e a humanidade fizera desse palco, ora uma tragédia; ora uma incógnita e muitas vezes sua auto-destruição. Num universo de desigualdades, de tudo se aprende porque a força do mal sempre fora imposta, enquanto a do bem flutua ao sabor dos ventos.
Afinal, nada custa sermos todos humanos com direito a uma vida mais compreensiva dentro dos valores cristãos, onde se age com amor ao que se faz, com ética e respeito ao direito de todos e, finalmente, com a moral como norma comportamental. Não nascemos racistas, mas aprendemos a enfrentar os males que a vida nos coloca no dia a dia e o fazemos dentro dos princípios cristãos que aprendemos no lar, nas escolas, nas igrejas e nos templos; cabendo a cada um separar o joio do trigo e assumir as responsabilidades inerentes aos atos praticados.
Nossa Constituição Federal viera para combater o autoritarismo e para dar cidadania não só a quem nunca a tivera, além de oferecer trabalho digno a todos, notadamente, aos menos favorecidos.
Por isso, sempre tivemos uma Constituição cidadã, por ser destinada a proteger nosso povo humilde, sofrido, maltratado e até humilhado por aqueles poderosos que compõem a escória de nossa política.
Esta sempre fora a luta dos indígenas e dos negros, quase todos escravizados por longos 350 anos; muitos dos quais ainda sobrevivem na Amazônia e no nordeste brasileiro; onde a insalubridade, a seca e a falta de proteção dos poderes públicos deixaram em todos a marca da derrota. De nada adiantara a luta diária para com sua força contribuir na construção de uma grande Nação porque sempre abandonados pela elite nacional, seja a empresarial seja, ainda, a podre classe dos políticos exploradores que nunca reconheceram os esforços, notadamente, dos negros, dos indígenas e dos pobres.
Infelizmente, esse massacre atravessara séculos e parece continuar perante uma sociedade apática e políticos hipócritas que só surgem de 4 em 4 anos, notadamente, nos últimos 16 anos de incúria e desídia perpetradas pelo lulopetismo comunista, sempre omisso para com todos.
Não se pode pretender que em dois anos se corrija os males dos últimos 16 anos, ainda mais diante de uma pandemia mundial, onde o governo federal já dispendera mais de 92 bilhões de reais destinados a 64 milhões de brasileiros, através do auxílio emergencial e parte para governadores, alguns dos quais já estão respondendo inquérito por comprarem produtos superfaturados, em mais um ato de traição ao povo brasileiro.
O descaso de governos federais anteriores, populistas e socialistas, resultaram no péssimo legado que o governo federal e o povo honesto recebera como lembrança de uma indiferença criminosa; o resto é “chororô” dos derrotados nas urnas que distorcem os fatos, se omitem à verdade e manipulam os menos esclarecidos.
Urge que se destine ao povo o poder/dever de reconstruir a Nação; resgatando-se a força da Constituição Federal, até porque fora escrita para proteger o povo humilde, sofrido e humilhado pelos oportunistas que no exercício de seus mandatos, a todos abandonara. Afinal, o poder emana do povo: cabendo a todos a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, erradicando a pobreza; reduzindo as desigualdades sociais; fazendo surgir o respeito a todos e a almejada dignidade da pessoa humana.
*José Alfredo Ferreira de Andrade é Ex- Conselheiro Federal da OAB/AM nos Triênios 2001/2003 e 2007/2009 – OAB/AM-A-29