24 de novembro de 2024

“Black friday brazuca” anima o mercado nacional

“Semana do Brasil” anima e-commerce com pesquisa mostrando que muita gente está disposta a comprar
“Black friday brazuca” anima o mercado nacional

O comportamento do consumidor para a “Semana do Brasil” 2020, conhecida como a “black friday verde e amarela” que este ano acontece entre os dias 3 e 13 de setembro, não deve decepcionar o comércio eletrônico em mais um evento, considerado como estímulo em termos de vendas.  A expectativa é boa, visto que um levantamento feito pela Social Miner, empresa especializada em dados de comportamento do consumidor online, em parceria com a Opinion Box mostra que tem muita gente disposta a comprar.

Mais de dois mil brasileiros foram entrevistados e, conforme o levantamento, 57% comprariam itens de necessidade com melhor preço. Mas também 45% pretendem aproveitar para comprar itens de desejo na promoção. Em relação a adesão de algum produto para presentear, ao menos 30% presentearia alguém ou a si mesmo. Já 26% comprariam itens que facilitem a nova rotina. Tem ainda quem aproveitará as promoções para comprar o que não planeja, 25%. Sobre antecipar os presentes para datas comemorativas 19% corresponde a essa fatia. 

“E os e-commerces estão com tudo. Para 44% das pessoas, as buscas por produtos devem ser feitas online (contra 17% em lojas físicas), e as compras devem acontecer para 48% dos consumidores através do site; para 34% pelo app, contra 26% via loja física”, acrescenta  Ricardo Rodrigues, CEO da Social Miner. 

Para ele, nem mesmo a greve dos Correios deve ofuscar as compras via e-commerce. Mesmo porque a logística das entregas sempre foi um ponto delicado do setor. “Na pesquisa que fizemos em parceria com a Opinion Box sobre a expectativa para o dia do cliente e a semana do Brasil vimos, inclusive, que 57% não comprariam mesmo diante de uma excelente oferta caso o frete seja ruim, e 39% por prazos de entrega ruins”, diz ele, ressaltando que a greve dos correios é um ponto que requer atenção mas, apesar das dificuldades logísticas, através de uma comunicação clara e objetiva, os e-commerces podem evitar que os clientes se frustrem com a marca.

Vale ressaltar que o e-commerce tem ganhado cada vez mais força, principalmente em datas comemorativas, e apesar da tendência de crescimento dos e-commerces no mundo todo, no Brasil as compras online não ultrapassavam mais que 4% e 6% das vendas do varejo.  Porém, em tempos de pandemia, com muitas lojas físicas fechadas, a opção mais viável para muitas pessoas foi comprar online, incluindo pessoas que nunca tinham tido essa experiência.  De acordo com o CEO da Social Miner, a pesquisa “O Futuro do consumo num cenário pós-covid-19” realizada  em parceria com a Opinion Box revelou que 7,5% compraram online pela primeira vez, 10,9% compraram exclusivamente online, e 24,9% mesclaram entre compras online e em lojas físicas. Até mesmo categorias tradicionais no ambiente físico ganharam força nos canais digitais com representatividade entre os itens mais vendidos online, como farmácia e saúde -liderando a lista nos e-commerces com 44,4% das compras -, e mercado ou feira online -com 35,9% das conversões. E esse é o primeiro ponto que, pra mim, levou a esse aumento.

Mas ele destaca que também tem a questão do conforto e da praticidade que só faz se consolidar com o tempo. Tudo que se provou vantajoso para o consumidor, foi caindo no gosto das pessoas. “Tanto que através da pesquisa “O Futuro do consumo num cenário pós-covid-19”, podemos notar que essa tendência de comprar online -que para muitos só surgiu devido à pandemia, vem pra ficar. 64% afirmaram que pretendem continuar comprando tanto online, quanto offline, e outros 31% disseram querer comprar online e retirar os itens nas lojas físicas”.

Ele acredita que no pós-pandemia,  os números dos e-commerces devem continuar subindo, mas na minha opinião, o consumidor não se importará tanto com qual é o canal que está usando para comprar, mas sim como está sendo a experiência de compra.

Saiba mais 

O evento que faturou ano passado R$2,2 bilhões para os e-commerces.Em 2019, as mulheres compraram mais que os homens. Elas foram responsáveis por 58% das transações, enquanto eles por 42%. No entanto, o ticket médio deles ficou em R$457, enquanto o delas ficou em R$356.

Sobre o evento

É a segunda edição da nova data de promoções para o varejo marcada no calendário brasileiro. Idealizada pelo  governo federal junto com os maiores varejistas do país a “Semana do Brasil,  acontecerá este ano entre os dias 3 e 13 de setembro e promete garantir descontos em diversas redes varejistas de diversos segmentos. De instituições bancárias, passando por hotéis e agências de turismo. O principal objetivo é animar o público a consumir em um período do ano tradicionalmente tímido em termos de vendas. 

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio

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