A partir do dia 16 de novembro, o Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, passa a funcionar de forma plena. O novo método, que é apenas parte de uma revolução bancária que está acontecendo no Brasil, entra em vigor em um período importante para o comércio – às vésperas das compras de fim de ano – e promete facilitar o processo de compras para clientes e lojistas, inclusive gerando ganhos para pequenas empresas de varejo.
Com o Pix, será possível aceitar pagamentos por meio de QR Code, sem a necessidade de cartões de crédito ou débito, além de transferências bancárias sem as tradicionais taxas de DOC ou TED. Isso tornará a experiência de compra mais simples e rápida – a transação deve ser finalizada em até 10 segundos. Outro ponto importante é que, com o novo método de pagamento, haverá uma diminuição na utilização de pagamento em cédulas de dinheiro e máquinas de cartão – o que, neste momento de pandemia, acarreta uma diminuição no risco de contágio.
André Calabro, diretor-executivo do BanQi, comenta que as expectativas em relação a implantação do Pix são altas. “O Pix vai garantir gratuidade nas transferências (de pessoas físicas), praticidade e agilidade, e sabemos que isso é crucial para termos mais pessoas utilizando serviços financeiros em geral”, afirma. “Além disso, em termos de negócio também proporcionará a criação de novos produtos e reduzirá os custos de transações e traz rapidez para o checkout”.
Uma aposta para as pequenas empresas
Essa percepção também é uma realidade entre as pequenas empresas de varejo e comércios locais. Priscila Almeida, sócia-fundadora da empresa Hipnose, rede de lojas de roupas localizada na capital paulista e região metropolitana, a mudança afetará não só a relação com clientes. “Com o Pix, as transações se tornarão mais rápidas e isso refletirá não só no lucro da empresa, mas na relação que mantemos com nossos fornecedores”, explica.
Ela afirma ainda que, com o novo modelo, será possível pagar os fornecedores com um prazo menor, já que a movimentação de caixa será imediata. No cenário atual, ela depende do prazo de pagamento das empresas administradoras de máquinas de cartões, que têm um prazo maior para creditar os ganhos para as pequenas empresas de varejo.