21 de dezembro de 2024

Agosto vocacional – Feliz Dia do Catequista!

Hoje, na série “Agosto vocacional”, o senhor Adriano Lira das Neves, de 28 anos, natural de Itacoatiara, filho de João Neves Jr e Maria das Dores Lira, atualmente coordenador da Catequese no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Manaus, nos fala sobre o que significa ser catequista e qual a importância desse trabalho dentro da Igreja, como segue:

“Sou formado em Informática e pós-graduado em Engenharia de software. Hoje trabalho no ramo de desenvolvimento de Software. Moro em Manaus desde os meus 7 anos e me considero um manauara, pelo tempo que já vivo por aqui. Frequento o Santuário de Fátima desde quando me entendo por gente. Fiz minha catequese, recebi o sacramento da Eucaristia e da Crisma nessa Paróquia na qual tenho imenso prazer em servir. Comecei a ser catequista no ano de 2015 a convite da minha eterna catequista de Crisma Sabryna Campos. Foi o momento que disse sim para o ministério e contínuo até hoje. 

Entrei para a coordenação da Pastoral no ano de 2020 e estou até o momento, e até o final desse ano, uma vez que esta tem uma duração bienal. Como coordenador catequético, a pandemia, apesar das adversidades que todos passamos por conta dela, nos serviu como uma grande forma de se reinventar e de se adaptar às condições que vieram por consequência disso. Então, nos foi dada a missão de continuar a catequese de forma online, se adaptando às circunstâncias que todos nós vivemos. 

Os maiores problemas enfrentados durante esse tempo, foi a falta de dispositivos móveis e internet para o prosseguimento da catequese por parte dos catequizandos, em razão disso, houve um número expressivo de evasão de catequizandos em nossa pastoral. Além disso, a perda de entes queridos e acometimentos de infecção causada pelo covid-19 de integrantes da pastoral, acabou afetando também o nosso corpo de catequistas, deixando-os abalados tanto psicologicamente quanto fisicamente, razão pela qual também houve desistências de catequistas. 

Ser catequista hoje em dia é nunca perder a fé, seja qual for o momento que está passando. É ser luz na vida de alguém levando a palavra, é ajudando e se adaptando. Ser catequista é ter um papel fundamental na Igreja, formando discípulos ativos que estarão sempre dispostos a ajudar na comunidade e na sociedade em que ele frequenta e vive. 

Ser catequista me dá o prazer de ajudar alguém. Me sinto feliz por ser catequista, por estar justamente ajudando ao próximo e, também, servindo ao Senhor, algo que já me deixa suficientemente satisfeito e me faz ser uma pessoa cada vez melhor. 

A palavra catequese do grego significa ecoar, e somos nada mais do que “ecoadores” da boa nova, levando o evangelho a todos aqueles que estão prontos a ouvi-lo, conforme a interpretação da Nossa Santa Igreja Católica, mas além disso, lidamos com pessoas, então ser catequistas, é saber lidar com questões pessoais que envolvem seus catequizandos e de seus familiares, sendo, assim, também conselheiros espirituais. 

O motivo mais importante para uma pessoa fazer catequese é a imagem de Cristo sendo o centro de tudo, então uma criança ou adulto que iniciará o itinerário catequético, terá Cristo como centro de sua vida. E há, sim, catequese para adultos, inclusive nossa paróquia tem catequistas que atendem esse público que vieram a fazer catequese de forma tardia, mas não desistiram de ter Cristo em suas vidas. 

Hoje a maior necessidade de um catequista é saber conciliar a sua vida pessoal com a sua vida religiosa, pois muitos trabalham e têm famílias, então saber equilibrar isso é um fator fundamental para o prosseguimento nesse chamado e ministério de ser catequista. Além disso, com a pandemia, hoje ser catequista, é saber lidar com as tecnologias atuais para uma boa forma de fazer catequese através dos meios de comunicação que possibilitam a interação remota com os catequizandos. Logo, também, uma das dificuldades é saber lidar com essas ferramentas atuais. Ser perseverante é o segredo para uma longevidade nesse serviço. 

Houve uma pergunta sobre os problemas que enfrentamos durante a pandemia e uma das respostas para isso foi a evasão de catequistas que houve durante esse tempo, logo tenho o dever de convidar aqueles que se sentem no seu coração o chamado de ser catequistas a confiarem nesse ministério. Nos procure que estaremos abertos a lhe receber e ficaremos superfelizes com a sua integração à nossa pastoral. Serás bem-vindo. Podem procurar a secretaria da Nossa Paróquia que fica na Av. Tarumã, s/n Praça 14 de Janeiro. Por fim, agradeço ao professor Luís Lemos pela oportunidade. Que Deus nos abençoe e Nossa Senhora de Fátima esteja sempre a interceder por todos nós. Obrigado!”

Luís Lemos

É filósofo, professor universitário e escritor, autor, entre outras obras, de "Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente", Editora Viseu, 2021.

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