21 de dezembro de 2024

De quem depende o clima organizacional?

Nem todos os funcionários trabalham por dinheiro. Muitos preferem a satisfação de fazer o que gostam em um ambiente bom, do que trocar isso por um alto salário. O reconhecimento torna-se mais importante para este tipo de colaborador.

Mas, também há aquele que, mesmo não tão satisfeito com o que faz, se sente confortável em um lugar promissor, que lhe dá a chance de crescer como profissional, como pessoa. Esses tipos de profissionais acabam se dedicando muito mais e dificilmente se abalam com outra oportunidade de trabalho.

Mas… como reter os bons funcionários?

Quantas pessoas você conhece, que tinham ótimos salários e benefícios, e simplesmente abandonaram seu emprego para fugir do seu chefe? Ou fogem porque não aguentam seus colegas de trabalho? Por que não se sentem valorizados?

Portanto, o que retém bons funcionários é o ambiente organizacional e, quando falamos em clima, o “chefe” é o maior responsável, porém não o único. E, quando falamos em chefe, não estamos falando somente do “indivíduo gestor”, mas da empresa que não está sabendo valorizar o seu maior patrimônio, seus colaboradores.

Há empresas que registram uma alta rotatividade de funcionários e passam a investir em treinamentos motivacionais. Muito vem se discutindo sobre como motivar os colaboradores, mas não adianta fazer apenas projetos de motivação em grupo.

É importante conhecer cada colaborador e motivá-lo de uma forma mais efetiva conforme sua necessidade única e específica. E como se sabe a necessidade de cada funcionário? Conhecendo-o através do diálogo, mapeamentos e se bem-feita, uma boa pesquisa de clima organizacional. A comunicação é essencial para o desenvolvimento de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Porém, muitas vezes o funcionário não se sente a vontade para falar algumas verdades para o chefe, então é quando entra a pesquisa de clima, com seu valioso dever de casa: saber o que a empresa precisa fazer para que seu clima melhore.

Então, vamos lá, existem dois pontos que quero destacar aqui: ambiente organizacional e comunicação. Cada colaborador é responsável por fazer do seu ambiente de trabalho um lugar de desenvolvimento e produtividade. Mas, também, sabemos que o líder é o maior responsável para que isso aconteça. É ele que vai influenciar positivamente sua equipe para um clima organizacional de constante crescimento e realizações.

Líder x Chefe

Ser líder é diferente de ser chefe. O chefe comanda, o líder direciona. O chefe administra, o líder inova. O chefe focaliza no sistema, o líder nas pessoas. Claro que existem funcionários que não colaboram em nada para contribuir com a equipe e muito menos com seus gestores. Mas isso, é assunto para outro artigo.

Se o gestor acredita que o clima é ruim porque os funcionários são ruins, já existe um comportamento equivocado. O verdadeiro líder precisa chamar a responsabilidade para si e após isso, situar os membros da equipe com relação a sua responsabilidade (sim, cada um tema uma responsabilidade) perante o clima organizacional da empresa e da equipe. O líder deve tratar sua equipe não como números, mas sim, reconhecer o indivíduo e como ele pode dar melhores resultados. Cada pessoa tem sua perspectiva, seus anseios, desejos e convicções, e isso, precisa ser um fator de conhecimento para quem está no comando.

Para conseguir chegar a esse patamar, a comunicação é extremamente importante. Uma política de comunicação onde os colaboradores conseguem conversar com seus líderes sobre dificuldades no trabalho, dar sugestões e, até mesmo, apresentar projetos de melhoria, é necessária quando se busca um bom clima organizacional.

Resultado garantido

O resultado disso é satisfação e comprometimento. Os funcionários passam a se sentir importantes e partes da empresa. Uma comunicação aberta, também evita fofocas e a famosa “rádio peão”, que resulta em insegurança, criando um ambiente estressante e nada motivador. Comunicação gera confiança e confiança gera melhores resultados.

Uma empresa que não tem o foco nas pessoas, não consegue “segurar” seus bons funcionários. Investir no capital humano é essencial. Tudo na vida se resume no indivíduo, isso, não deve ser diferente quando falamos do mundo corporativo.

Vamos fazer acontecer!

Boa semana!

Fiquem com Deus!

Paula Pedrosa

É CEO, Headhunter, Jobhunter e Coach de Carreira da Paula Pedrosa Headhunter & HR Solutions. Colunista de carreira, mercado e imagem corporativa do Jornal do Commercio

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