25 de novembro de 2024

Projeto Remada Ambiental conquista mais manauaras

Há 5 anos um projeto social vem conquistando cada vez mais a admiração dos manauaras. O projeto reúne voluntários aos últimos sábado de cada mês, sempre para contribuírem com o mesmo objetivo: recolher o lixo do rio. 

O projeto Remada Ambiental foi criado em maio de 2016 por conta da grande quantidade de lixo que existe no Rio Tarumã-Açu. Hoje, ele conta com mais de 5 mil voluntários, que estão sempre dispostos a contribuir com a limpeza dos rios. 

A Remada Ambiental teve início no ano de 2016, 4 anos após a compra de um flutuante, que fica localizado no bairro Tarumã-Açú, na Zona Oeste de Manaus. Segundo o empreendedor social, dono do espaço e criador do projeto, Jadson Maciel, de 41 anos, a compra do local foi uma das melhores decisões de sua vida. Hoje, ele relata que ao olhar para trás e ver a vida que tinha, consegue agradecer pela oportunidade e pelos frutos que conquistou. 

“Chegou uma época que eu estava cansado do mundo corporativo e queria paz. Pedi a demissão da empresa onde trabalhava e comprei um flutuante no final do ano de 2012. Lá comecei uma nova jornada em minha vida.” Relata. 

A partir desse ano, o espaço começou a funcionar como área de lazer para aqueles que queriam sair da cidade e procuravam um ambiente para relaxar. No flutuante sempre havia aulas de Stand Up Paddle (SUP) e com cada vez mais frequência, os alunos acabavam se deparando com muito lixo, que era sempre descartado no rio de forma irregular.

Consequentemente, os alunos que iam até o local começaram a se surpreender com a quantidade de lixo descartado no rio e nos igarapés que cortam a Zona Oeste. Diante disso, as pranchas que antes serviam para aulas de SUP na região do Tarumã-Açú, passaram a ganhar uma importância ainda maior, elas começaram a servir para a coleta de resíduos sólidos do rio.  

A retirada de lixo é sempre feita em pranchas de SUP. Os voluntários que participam das ações vão remando pela extensão do rio, que passa aos arredores de alguns flutuantes e recolhem o máximo possível de lixo doméstico que estiver pelo caminho.

O projeto atua há 5 anos nos arredores da Marina do Davi, da Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi (ACAMDAF) e na foz do Igarapé do Gigante. 

Atualmente a Remada Ambiental conta com mais de 5 mil voluntários que já passaram pelo projeto, mas que sempre saem satisfeitos de cada uma das ações. Por consequência da pandemia, o número de voluntários que participam das ações precisou ser limitado. Hoje, cerca de 50 pessoas participam pelo menos uma vez ao mês. 

Até hoje, 52 remadas já foram realizadas e acontecem sempre nos últimos sábados de cada mês. Em seu total, mais de 46 toneladas de lixo doméstico já foram retiradas do rio. 

Para Jadson, todas as ações precisam ser planejadas e acontecem sempre em 3 fases. A primeira delas é a coleta de resíduos na Marina do Davi, a segunda é na ACAMDAF para conversar com os usuários das comunidades próximas, praias e flutuantes, e por último a terceira fase, que é a coleta de resíduos na Foz do Gigante com pranchas de SUP, pranchas de caiaque e botes.

“O projeto cresceu muito nos últimos anos. Graças a luta e insistência de todos os mais de 5 mil voluntários que já passaram pelo Remada. Hoje conseguimos mostrar a todos os manauaras o tamanho do problema que temos que enfrentar por conta da destinação incorreta dos resíduos sólidos.” Relata o idealizador do projeto.

Por conta do alcance e visibilidade das ações, a Remada Ambiental conta hoje com o apoio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (SEMULPS), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) e com o Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Tarumã-Açú (CBHTA), que sempre estão presentes para prestar auxílio durante as ações. 

Todos os dias, a Prefeitura Municipal de Manaus recolhe mais de 27 toneladas de lixos dos rios e igarapés da cidade, e assim como nas coletas da Remada, o maior vilão encontrado é a garrafa pet. 

REMADA AMBIENTAL 

Há 5 anos um projeto social vem conquistando cada vez mais a admiração dos manauaras. O projeto reúne voluntários aos últimos sábado de cada mês, sempre para contribuírem com o mesmo objetivo: recolher o lixo do rio. 

O projeto Remada Ambiental foi criado em maio de 2016 por conta da grande quantidade de lixo que existe no Rio Tarumã-Açu. Hoje, ele conta com mais de 5 mil voluntários, que estão sempre dispostos a contribuir com a limpeza dos rios. 

A Remada Ambiental teve início no ano de 2016, 4 anos após a compra de um flutuante, que fica localizado no bairro Tarumã-Açú, na Zona Oeste de Manaus. Segundo o empreendedor social, dono do espaço e criador do projeto, Jadson Maciel, de 41 anos, a compra do local foi uma das melhores decisões de sua vida. Hoje, ele relata que ao olhar para trás e ver a vida que tinha, consegue agradecer pela oportunidade e pelos frutos que conquistou. 

“Chegou uma época que eu estava cansado do mundo corporativo e queria paz. Pedi a demissão da empresa onde trabalhava e comprei um flutuante no final do ano de 2012. Lá comecei uma nova jornada em minha vida.” Relata. 

A partir desse ano, o espaço começou a funcionar como área de lazer para aqueles que queriam sair da cidade e procuravam um ambiente para relaxar. No flutuante sempre havia aulas de Stand Up Paddle (SUP) e com cada vez mais frequência, os alunos acabavam se deparando com muito lixo, que era sempre descartado no rio de forma irregular.

Consequentemente, os alunos que iam até o local começaram a se surpreender com a quantidade de lixo descartado no rio e nos igarapés que cortam a Zona Oeste. Diante disso, as pranchas que antes serviam para aulas de SUP na região do Tarumã-Açú, passaram a ganhar uma importância ainda maior, elas começaram a servir para a coleta de resíduos sólidos do rio.  

A retirada de lixo é sempre feita em pranchas de SUP. Os voluntários que participam das ações vão remando pela extensão do rio, que passa aos arredores de alguns flutuantes e recolhem o máximo possível de lixo doméstico que estiver pelo caminho.

O projeto atua há 5 anos nos arredores da Marina do Davi, da Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi (ACAMDAF) e na foz do Igarapé do Gigante. 

Atualmente a Remada Ambiental conta com mais de 5 mil voluntários que já passaram pelo projeto, mas que sempre saem satisfeitos de cada uma das ações. Por consequência da pandemia, o número de voluntários que participam das ações precisou ser limitado. Hoje, cerca de 50 pessoas participam pelo menos uma vez ao mês. 

Até hoje, 52 remadas já foram realizadas e acontecem sempre nos últimos sábados de cada mês. Em seu total, mais de 46 toneladas de lixo doméstico já foram retiradas do rio. 

Para Jadson, todas as ações precisam ser planejadas e acontecem sempre em 3 fases. A primeira delas é a coleta de resíduos na Marina do Davi, a segunda é na ACAMDAF para conversar com os usuários das comunidades próximas, praias e flutuantes, e por último a terceira fase, que é a coleta de resíduos na Foz do Gigante com pranchas de SUP, pranchas de caiaque e botes.

“O projeto cresceu muito nos últimos anos. Graças a luta e insistência de todos os mais de 5 mil voluntários que já passaram pelo Remada. Hoje conseguimos mostrar a todos os manauaras o tamanho do problema que temos que enfrentar por conta da destinação incorreta dos resíduos sólidos.” Relata o idealizador do projeto.

Por conta do alcance e visibilidade das ações, a Remada Ambiental conta hoje com o apoio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (SEMULPS), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) e com o Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Tarumã-Açú (CBHTA), que sempre estão presentes para prestar auxílio durante as ações. 

Todos os dias, a Prefeitura Municipal de Manaus recolhe mais de 27 toneladas de lixos dos rios e igarapés da cidade, e assim como nas coletas da Remada, o maior vilão encontrado é a garrafa pet. 

Abrigo Anjo Miau no São Jorge

Há 17 anos o destino de gatos e cachorros que vivem no bairro do São Jorge passou a ser diferente. Antes os que eram jogados no igarapé ou deixados à própria sorte, hoje recebem muito mais do que apenas um lar para viver. 

O projeto nasceu no ano de 2004 e foi criado pelo Eloy Rabelo Neto, de 35 anos. Para ele, o dever de ajudar os animais esteve sempre acima de todas as dificuldades, até mesmo daquelas que lhe tiravam o sustento. 

O Abrigo Anjo Miau foi criado inicialmente para resgatar os gatos recém-nascidos, que eram jogados pelos próprios moradores do bairro no igarapé ou em um local com várias pedras. Sempre deixados para morrer.

“Logo quando vim morar aqui, comecei a perceber que frequentemente alguém passava com uma caixa de papelão e jogava no igarapé ou no meio das pedras. Depois de um tempo entendi que dentro das caixas havia gatos recém-nascidos. Aquilo ali foi me matando por dentro, tirando um pedaço de mim.” Relata. 

Após os primeiros resgates, a notícia foi se espalhando e cada dia que passava, novos animais iam surgindo, mas apesar das dificuldades, os pedidos de ajuda nunca foram negados. 

Hoje o abrigo possui 250 gatos e 26 cachorros, todos devidamente castrados e vacinados. Para o protetor social, o número é apenas um reflexo do amor que sente por eles, que a cada dia precisam ainda mais de ajuda para sobreviver. 

Por conta da falta de um espaço adequado, Eloy precisou fazer algumas adaptações na casa em que mora, de forma que resguardasse os gatos para que nenhum acidente acontecesse, principalmente no período de cheia. Ele começou colocando telas de proteção em toda a casa, para evitar as fugas dos gatos e logo em seguida começou a pensar em um novo espaço, já que o atual estava atingindo a capacidade máxima. 

O abrigo fica localizado no beco Bragança, com acesso pela rua Ambrósio Aires, no bairro do São Jorge, número 30. A casa é uma palafita de madeira, construída com estacas, de forma que possa abrigar todos os animais. 

“Deus conseguiu me abençoar com mais uma casa. Hoje eu tenho a casa que eu moro com alguns dos animais que resgatei, mas eu tenho também outra que fica ao lado da minha, que é exclusiva para os gatos morarem.” 

Mesmo com duas casas, o espaço continuou pequeno para o tamanho do amor pelos animais. Com o dinheiro guardado por meio de doações, Eloy conseguiu comprar mais uma casa ao lado das suas, que hoje está em reforma mas vai ser exclusiva para a moradia dos seus 26 cachorros. 

Nesse ano, com a cheia histórica do Rio Negro, as dificuldades aumentaram ainda mais. Por se tratar de uma casa palafita, o assoalho da residência precisou ser suspenso para que não houvessem mais prejuízos por conta da subida do nível do rio. 

“Eu precisei pedir ajuda aos meus amigos, um deles cedeu um espaço para abrigar meus cachorros até a situação melhorar. Agora que o rio está secando, consigo reformar a casa deles para em breve, voltarem para perto de mim.” 

Apesar da força de vontade e amor incondicional pelos animais, a situação ainda é complicada. Com a pandemia, o desemprego ficou mais comum e com isso, as doações também diminuíram. 

Para que não faltasse ração, o protetor animal levantou campanhas das redes sociais e sinais de transito, para que todos pudessem conhecer a causa e abraça-la. 

Foto/Destaque: Divulgação
Reportagem de Laíssa Carvalho

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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