18 de outubro de 2024

Wilson Lima acaba com a espera de 16 anos

Depois de 16 anos de descaso da “Compensa”, finalmente chegou um governo, o atual, do governador Wilson Lima, que finalizou a adesão do Amazonas ao SISBI (Sistema Brasileira de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Esse título é assinado pela Ministra Tereza Cristina. Abaixo, transcrevo matéria detalhando esse ineditismo para a comercialização de produtos de origem animal do Amazonas (que já tem SIE) que ganham mercado nacional. E já está em andamento o SISBI-POV para produtos de origem vegetal. 

É mais uma pauta técnica incluída na EXPOAGRO 2021, incluída no agronegócio familiar e empresarial do nosso estado. Há anos vinha alertando sobre essa necessidade no blog, assim como também acompanhei, pela imprensa, e pelos eventos que participei ao longo desse período, sempre foi demanda apresentada pela FAEA (Federação Agricultura e Pecuária do Amazonas).

Nos últimos 54 anos, a atenção das autoridades locais sempre foi quase que exclusivamente focada na defesa do modelo econômico do Polo Industrial de Manaus, mas esse modelo concentrou a riqueza, nosso setor ficava para último plano, tanto que, absurdamente, deixaram de pagar por longos 5 (cinco) anos, R$ 0,40 centavos ao juticultor a título de subvenção estadual. Se esse pagamento de centavos não foi feito, imaginem o resto.

Entendo ser necessário um justo registro, conheço boa parte dos secretários que passaram pelo Sistema SEPROR nesse período, assim como vários técnicos da casa. Os técnicos da casa de outras gestões, e alguns secretários (só alguns, tem uns que nem sabem o que é isso), até tentaram trazer essas pautas técnicas andarem no Amazonas, como o SISBI, GARANTIA SAFRA, ZARC, entre outras, mas eles não eram ouvidos pela “compensa”, pelos ex-governadores que argumentavam outras prioridades. Sei que tentaram, mas não foram ouvidos, e sem aval do governador essas pautas não andaram. Felizmente o atual governador Wilson Lima ouviu, apoiou e avançamos. Quem ganha? O Estado!

Mas esses governos já passaram, embora tenham, inaceitavelmente, deixado metade do estado na pobreza, ou seja, nem a floresta em pé (os discursos não colocaram recurso financeiro na vida de quem a protegeu), nem o modelo econômico do PIM/ZFM colocaram dignidade na mesa da metade da população. Que isso mude, porque quem recebe salário/remuneração todo mês não passa por essa dificuldade vivida por metade da nossa população, em especial a do interior do estado.

É possível continuar com a floresta em pé, continuar com o modelo PIM/ZFM,  mas sem negar que a interiorização passa pelo setor primário, sem abandonar a ciência, os pesquisadores que já sabem, já nos ensinaram como produzir no Amazonas com total sustentabilidade.

Thomaz Meirelles

Servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

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