18 de outubro de 2024

O BRASIL QUE EU QUERIA

Carlos Silva

2022: Copa do Mundo. Eleições radicais e polarizadas. 200 anos da Independência. 58 anos da Revolução Democrática de 1964. 90 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. 68 anos da morte do Presidente Getúlio Vargas. 100 anos da Semana de Arte Moderna. 100 anos da criação do Partido Comunista do Brasil. 134 anos da Abolição da Escravatura. Pronto! Acabo de homenagear várias matizes e vertentes político-ideológicas. Claro que não vou abordar crenças religiosas e orientação sexual. Mas, por que não? Simples: são decisões e crenças pessoais e ninguém tem nada que se intrometer. Mas, voltando ao título deste artigo, o Brasil que eu queria e quero é formado por um povo único, de origem nos degredados portugueses, brancos, e das índias e índios que aqui habitavam e tudo misturado com os negros que foram criminosamente aqui colocados pela sociedade  e economia da época. Este meu país cresceu, apesar de muita injustiça contra seus indígenas, mesmo com a proteção da Igreja e seus jesuítas, o que não ocorreu em defesa dos negros. Devido a isso, muitos “pensadores” insistem em restituir aos nativos as suas terras na Amazônia. Ok. Comecem por devolver o estado de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, aos descendentes de tamoios, tupinambás, tupiniquins, guaranis e outra etnias. Aí não, né? Então, vamos prosseguir para entender a hipocrisia reinante no nosso cotidiano. Eu já tenho um país com extrema diversidade racial, a tal ponto que a pergunta sem reposta totalmente aceita e plausível  é: qual é a raça do brasileiro? E, com toda essa variedade, o idioma é o mesmo, de ponta a ponta. E isso faz do Brasil uma nação forte e serve de foco de ambição de várias nações do planeta, e que nos invejam, não apenas pelo que somos, mas, sim, pelo que possuímos. Eu quero que continue assim: um país forte e um povo batalhador, mesmo. Essa é a nossa força: o povo ! Eu quero paz? Quero sim, mas, que estejamos sempre prontos para qualquer eventualidade. Entendeu? Quero que se mantenha a nossa Democracia, da mesma forma que a temos, hoje, forte e saudável. Quero um sistema capitalista, mas com interferência do governo e do estado, sempre que realmente necessário. Quero que nossas Forças Armadas dominem o espectro nuclear para aumentar ainda mais nossas defesas e o nosso poder dissuasório. Quero que os nossos governantes sejam honestos e não desviem os nossos suados impostos para beneficiar outros países, devido às ideologias-políticas e nunca em prol dos nossos interesses nacionais. Quero que nossos policiais sejam admirados pelas mídias e não execrados por elas. Quero que nossos jovens sejam protegidos contra a péssima influência de programas de TV de abjetas categorias, jogos viciantes nos celulares e acesso às drogas ilícitas. Bem, sei que conseguir tudo isso, de uma só vez, é pura utopia. Por exemplo, o tráfico de drogas, o consumo de drogas e a guerra das quadrilhas é um cadinho de gravíssimos problemas que, simplesmente, não tem solução. Existem, sim, ações, mas não se vislumbra solução definitiva. Quero, por fim, um país bom de se viver e que prestigie quem sustenta a sua Independência e a sua Soberania: os soldados! Pois, não adianta ter Democracia se não se possui quem a mantenha e proteja o país, conforme minha interpretação do poema genial de Charles Province.  

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

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