Estamos vivendo em um mundo cheio de comparativísmo, basta entrar em qualquer rede social e automaticamente vamos comparando: o carro do ano, a roupa da moda, o celular da última geração, as pessoas felizes.
Questionamentos comuns e até por vezes sinceros surgem em nosso imaginário: isso tudo é real e possível?
Se não ficarmos atentos, essas questões vão minando a nossa visão de realidade e deturpando aquilo que somos e onde vivemos. É preciso estar alerta pois são estímulos como estes de se comparar que começam a mover sofrimentos com esses ideais, com essa venda de corpos perfeitos e vida plena 365 dias por ano.
São esses pensamentos que surgem e ao darmos voz a eles é que vamos destruindo a nossa autoconfiança. A visão positiva de quem somos sem ter o outro como referência, mas com o melhor que podemos ser no nosso próprio estágio de evolução é importante para a saúde e o bem-estar psicológico.
Vemos muitas pessoas com a noção distorcida e que acabam criando uma desproporção da realidade, fazendo com que criem sentimentos reversos às suas próprias circunstâncias e história.
Mas como não permitir que esses sentimentos tomem conta mesmo sendo estimulados o tempo inteiro por essas informações?
- Evite comparações: Perceba quais são os elementos que estimulam as comparações e vá se desvinculando deles, ninguém precisa ver o que não agrada e nem faz bem.
- Medite: A meditação nos reinstala no momento presente e nos faz acessar uma espécie de força interior, além de fazer com que nos conheçamos intimamente, nossos pensamentos mais profundos e comportamentos instalados.
- Aproveite o momento presente: Muitas vezes é custoso se instalar no agora, mas é importante tentar se recolocar no hoje e fazer com que a mente compreenda quem está no controle.
- Pratique exercícios físicos: Os exercícios físicos fazem liberação de neurotransmissores que são capazes de aliviar o estresse e a ansiedade, aumentando a sensação de bem-estar.
- Autoconhecimento: Conheça os seus limites, o que causa dentro de você sentimentos ruins, incertos e que limitam a sua capacidade de raciocinar claramente diante de uma situação, esse autoconhecimento vem através de um tempo para si que muitas vezes é negligenciado e esquecido.
- Busque ajuda profissional: Procurar orientação de quem entende e pode intervir nesses questionamentos que surgem à mente. Um bom profissional é capaz de realinhar as expectativas, ir além de suas crenças e de ser uma luz que o conduz à cura.
Existem muitas formas de se conhecer e entender quais são as limitações, medos e questionamentos que surgem, mas sempre somos capazes desse conhecimento e de criar em nós a autoconfiança que precisamos. É buscando ajuda e traçando um caminho inverso ao que estamos acostumados que vamos conseguindo sair desse estado de baixa autoconfiança.
Se você é um ser sem comparação, não se compare.
Cintia Lima
Psicóloga, Mentora de Líderes e Master Coach
@psi.cintialima