20 de setembro de 2024

Livro e CD para comemorar o Dia do Poeta, que se aproxima

Evaldo Ferreira: @evaldo.am

Fotos: Divulgação

O Dia do Poeta é comemorado no dia 20 de outubro, desde 1976, mas os amantes da poesia já podem se preparar para dois lançamentos com muita poesia: o CD Musicalidade Poética e o livro Remada.

“O CD é a segunda parte do projeto Musicalidade Poética. A primeira parte aconteceu, em Março, no Dia Internacional da Mulher, quando realizamos um sarau e apresentamos os poemas e suas melodias, que agora estão no CD”, informou Franciná Lira, pedagoga e uma das integrantes do grupo Formas e Poemas, que reúne mulheres poetisas.

O projeto visa evidenciar a arte poética no Amazonas através da musicalidade existente nos versos escritos pelas poetisas do Formas em Poemas e outras que foram convidadas, além de potencializar a arte poética por meio da musicalização.

“Nesse trabalho, somos 14 poetisas e cinco compositores. O CD tem 17 músicas. Eu tenho três músicas porque postei alguns poemas que falavam sobre música no grupo e os compositores gostaram deles e criaram as melodias. A música que deu origem ao CD é Musicalidade, um poema que o Alex Pontes musicou há alguns anos em ritmo de toada, e o Raimundo Brilhante fez uma versão em jazz”, contou.

Poesias musicadas

Atuando como pedagoga e professora em escolas municipais de Manaus, Franciná Lira é uma ativa organizadora de projetos e eventos literários. Esse ano ela já realizou o Leitura para Leitores, que é a leitura de textos narrativos; e A Caixa Mágica da Literatura, projeto desenvolvido há alguns anos. Trata-se de uma caixa de livros com rodinhas que Franciná leva para os eventos culturais onde realiza atividades de literatura, teatro, dança, contação de histórias e mediação de leitura.

“A Caixa Mágica é a base para qualquer atividade, pois dela podemos tirar qualquer coisa de dentro, como se fosse o chapéu de um mágico”, avisou.

Além de livros autorais, a poetisa tem participação em várias antologias: A Rosa e o Beija-flor, 2012; As Dez Poetisas, 2012; Ianzinho em: Uma Questão de Peso, 2014; Prosadores e Poetas Brasileiros Contemporâneos, 2015; A Imortalidade Amazônica, 2017; Antologia de Poesias, Contos e Crônicas, 2017; O Planejamento e as Interações na Educação Infantil, 2019; Faces e Fases, 2020; O Melhor Poeta Contemporâneo do Estado do Amazonas, 2020 (concurso de poesia que ganhou o 1º lugar como melhor poetisa); Coletânea Enluaradas II – Uma Ciranda de Deusas, 2021; e Patologia do Bem, 2022.

“Nosso objetivo com o Musicalidade Poética é promover a poesia como facilitadora da motivação para a integração dos diversos segmentos artísticos (literatura, poesia, música, dança, oralidade, entre outros) aliando sonoridade e a linguagem poética e despertar diálogos acerca da criação de festivais de músicas poéticas”, explicou.

A única instituição que deu apoio ao projeto de Franciná foi a Secretaria de Cultura, através do secretário executivo Kaká Bonates, que autorizou o pagamento do estúdio de gravação.

“O desejo de realizarmos o sonho de ter nossos poemas cantados foi maior do que qualquer não que recebemos, por isso nos unimos muito mais e tivemos o apoio dos compositores e cantores, além do Ita Melo que está fazendo um lindo trabalho na finalização das músicas. O livro do projeto será lançado pela Editora Porto de Lenha, talvez em dezembro”, adiantou.

Remadas poéticas

No final de agosto será a vez de Werner Vilaça Batista Borges, ou simplesmente Werner Borges, lançar seu livro Remada. Werner é professor na rede estadual de ensino, e mestre em Estudos Literários pela Ufam. Escreve poemas, contos, crônicas e trabalha num romance.

Segundo os dicionários a palavra remada significa golpe ou pancada com o remo; ação de impelir com o remo; exercício de remar.

“Assim, meu livro Remada traz esses sentidos para o fazer poético. Alguns poemas representam o choque da realidade manauara e brasileira. Outros trazem alguns instantes catárticos e também um elo religioso que alivia a realidade. Há também poemas metafísicos e de lirismos mais subjetivos. Dessa forma, percorre-se um itinerário poético que passa por cenas manauaras, cenas brasileiras e cenas interiores”, disse.

“As ‘remadas poéticas’ se constroem de versos com intenções sociais, algumas imagens surreais, reflexões introspectivas e religiosas. Em síntese, é uma obra que apresenta uma variação poética tanto nos temas quanto nas estruturas”, completou.

Werner já tem publicados: Mais Guernica, por favor! (crônica selecionada no 3.º Prêmio Escriba de Contos, 2017); Banzo, Quadro e Pássaros (três poemas na Antologia Jaçanã da editora Pará.grafo, 2018); Jandira (conto que faz parte da Antologia Terror na Amazônia, vencedora do prêmio Le Blanc, 2020); Remada (obra vencedora da seleção feita pela Pará.grafo Editora, publicado em 2022); Hoje não é dia de limões (conto selecionado a ser publicado este ano pela editora Acaso Cultural do Rio de Janeiro); e Fantasmas (poema selecionado no Concurso Literatura de Circunstância em breve será publicado pela editora da UFRR).

Lançamentos

– Remada, dia 31 de agosto, quarta-feira, às 19h no Casarão de Ideias, rua Barroso, 279 – Centro.

– Musicalidade Poética, dia 29 de setembro, quinta-feira, às 19h, no Restaurante Palhoça, rua Solimões, 300 – Santo Agostinho.

***

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio

Veja também

Pesquisar