Bosco Jackmonth*
Na série de artigos anteriores postos nesta mesma estação de escritos semanais da ordem de 29 textos, adiantou-se de início que a matéria ali tratada louvava-se no livro Homo Deus, Uma Breve História do Amanhã, de Yuval Noah Harari. Agora, presentemente, daremos começo à abordagem de outra obra do mesmo autor intitulada Sapiens, Uma Breve História da Humanidade.
Aqui, o autor refuga que povos ainda se situem mundialmente sob um mesmo estado imperial desde que perderam a sua independência para invasores. Avalia, linhas a seguir, que há uma tendência ainda que em curso distante, para que as nações se moldem no futuro na direção de uma única pátria. Já se tem manifestações, pálidas ainda, sobre a questão, como se viu há pouco um discurso nestes termos: “O Brasil está equivocado se pensa que a Amazônia lhe pertence unicamente, e não a todos os povos”
O autor goza de extremo prestígio de forma a merecer crédito nas suas afirmações em torno da insustentável figura do império, nos dias de hoje, cujo assunto se deslinda linhas a seguir conforme acima anunciado, mas não sem antes reproduzir afirmações de apoio partidas na “Interessante e provocador (…) Nos traz a sensação de quão breve é o tempo em que estamos nesta Terra.” Barack Obama.
– “Recomendo Sapiens a qualquer pessoa que esteja interessada na história e no futuro da nossa espécie.” Bill Gates.
-“Uma incrível investigação para compreender o passado, situar o presente e pensar onde iremos. Num momento de crise civilizatória, a obra de Harari é um convite à reflexão.” Djamila Ribeiro.
– “Sapiens não só trata das questões mais importantes da história de nossa espécie como é escrito numa língua vivida e inesquecível.” Jared Diamond.
– “Yuval pensou algo novo: uma visão da espécie humana como uma grande e complexa família. O que nos une? As crenças geradas pela Revolução Cognitiva. Somos primatas com capacidade mítica. Você consegue fazer uma selfie da família humana sem filtros e máscaras? Harari fez.” Leandro Karnal.
“O modo como Harari narra a história de nós, humanos, e enxerga nosso futuro é arrebatador.” – Natalie Portman.
– Sapiens é uma exploração fascinante sobre como aquilo que nos torna humanos é muito mais do que uma biologia notável: é o mundo mental que construímos em conjunto.” Suzana Herculano-Houzel.
Assim é que desde por volta de 200 a.C., a maioria dos humanos viveu em impérios. Parece provável que isso também acontecerá no futuro. Mas dessa vez o império será de fato global. A visão imperial de domínio mundial pode estar iminente.
Conforme adentramos o século XXI, o nacionalismo vem rapidamente perdendo espaço. Cada vez mais acredita que, em vez de membros de determinada nacionalidade, toda a humanidade é fonte legítima de autoridade política, e que defende os direitos humanos e proteger os interesses da espécie humana como um todo deveria ser a luz que guia a política. Sendo assim, ter quase duzentos Estados independentes é um obstáculo, não uma ajuda. Se suecos, indianos e nigerianos merecem ter os mesmos direitos humanos, não seria mais fácil se um único governo global garantisse isso?
O surgimento de problemas essencialmente globais, como o derretimento das calotas polares, retira pouco a pouco a legitimidade que as nações independentes ainda têm. Nenhum Estado soberano será capaz de superar o aquecimento global sozinho. O Mandato do Céu chinês foi enviado pelo Céu para solucionar questões da humanidade. O Mandato de Céu moderno será concedido à humanidade para resolver problemas do Céu, como o buraco na camada de ozónio e o acúmulo de gases de efeito estufa. A cor do império global pode muito bem ser verde. Ao final da publicação o autor manifesta seus agradecimentos por seus conselhos e ajuda a 26 pessoas.
Ademais, agradecimentos especiais conselhando-o, com contribuições especiais nos seguintes termos: especialmente a Jared Diamond que o ensinou a enxergar o quadro completo; a Diego Holstein que o inspirou a escrever uma história; e a Itzik Yahav e Debora Harris, que o ajudaram a divulgá-la. (Continua)
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É advogado empresarial (OAB/AM 436). Contato: [email protected]