25 de novembro de 2024

Cansado do barulho e do burburinho de Manaus? Então siga rumo aos sons da natureza

Se você é daqueles(as) que não se importa com o tempo quando o assunto é se divertir, ainda que as tempestades que têm caído sobre Manaus atrapalhem um pouco, então a dica é o Complexo Selva Amazônica, que já foi matéria do Jornal do Commercio há dois anos, mas que agora apresenta novidades. O Complexo é formado por quatro flutuantes (um quinto está sendo construído) onde o visitante desfruta de dois restaurantes, com capacidade para mais de 200 pessoas sentadas; uma loja de artesanatos; e um espaço, o deck do banho, somente para descanso com camas, redes e cadeiras suspensas. Este é o melhor local do Complexo para quem deseja relaxar um pouco, pois este flutuante tem a vista para o lago Janauari. Este lago já foi sinônimo de turismo, com o hotel flutuante Janauarilândia, que fez história no Amazonas.

O flutuante Janauarilândia começou em 1966 com um restaurante, uma pequena lanchonete e uma loja de artesanatos, erguidos sobre toras de assacu. Com a implantação da Zona Franca, em 1967, e a chegada de turistas a partir da década seguinte, visando comprar os artigos importados das inúmeras lojas de Manaus, o restaurante foi totalmente reformado, ganhando uma piscina e o hotel com 24 apartamentos, 12 em baixo e 12 em cima, todo construído com itaúba. Em cima, na frente, com varanda, havia duas suítes. Em 1994, com o declínio do turismo em Manaus iniciado em 1990, o então majestoso hotel Janauarilândia entrou em falência, foi vendido para a Petrobras, que o levou embora do lago.

Paulo Roberto da Silva trabalhou na Selvatur, empresa proprietária do hotel Janauarilândia, de 1980 a 1990, como barman, atuando nas várias embarcações que a empresa possuía. Em 1994, após a partida do hotel Janauarilândia, Paulo Roberto foi morar no lago Janauari, junto com a esposa Alcineide Maciel, e construíram o restaurante flutuante Rainha da Selva, que hoje, quase 30 anos depois, está transformado no Complexo Selva Amazônica.

Como chegar?

Atualmente Paulo e Alcineide administram o Selva Amazônica junto com os três filhos Jefferson, Janderson e Guilherme, e Guilherme é o responsável pelo marketing do empreendimento.

“Antes os visitantes só podiam chegar até aqui através das embarcações das agências de turismo, que realizam passeios turísticos pela região das proximidades de Manaus, mas então criamos um serviço visando facilitar esse acesso e as pessoas poderem vir o dia e o horário que quiserem seja para tomar um café da manhã, ou almoçar, no nosso restaurante, ou fazer os dois e ainda se divertir no lago o dia inteiro”, avisou.

A primeira coisa a fazer é ligar para 9 9498-8248 e pedir a localização da comunidade São Pedro, no Iranduba. Depois é atravessar a ponte Rio Negro e se dirigir até a comunidade São Pedro. Lá, uma lancha do Complexo Selva Amazônica estará aguardando para realizar a travessia até o Complexo. A viagem custa R$ 15, e demora em torno de 30 minutos.

“A pessoa pode vir em um grupo, ou sozinha, que mandamos buscar da mesma maneira. Aqui no restaurante o café da manhã custa R$ 50, bem como o almoço, ambos regionais, e o visitante pode comer à vontade os mais variados pratos. Depois ele pode desfrutar do descanso em nosso deck do banho e ficar no Complexo o dia todo. Fazemos a última viagem, às 17h, levando as pessoas de volta até a comunidade São Pedro”, explicou.

Vitórias régias

A região do lago Janauari forma o Parque Ecológico do Janauary, uma área de 9.000 hectares, com matas de várzea e igapó, ainda praticamente nativas como quando o hotel Janauarilândia fez fama no local.

Alcineide e Paulo, à direita, construíram um complexo turístico em quase 30 anos

Na viagem da comunidade São Pedro até o Complexo Selva Amazônia, já começa a transição da cidade para a natureza amazônica e o visitante entra num outro mundo que se completa com a chegada ao flutuante.

Além das delicias servidas no café da manhã e no almoço do Complexo, o espaço é perfeito para quem quer se distanciar da agitação da cidade e fazer uma interação com o meio-ambiente amazônico. Uma das características do lago são as vitórias régias (Victoria amazonica), com suas folhas redondas, em variados tamanhos, que se tornaram um símbolo do Amazonas e da Amazônia, pois seu habitat são os lagos. O diâmetro das folhas pode chegar a 2,5m e chegam a suportar um peso de 45 kg.

Na parte de trás do Complexo uma ponte de madeira leva até uma área do lago onde as vitórias régias nascem em abundância e formam um belo cenário para selfies. Dessa ponte pode-se observar a mata fechada e aves de várias espécies.

“Estamos aqui para mostrar para os visitantes manauaras, e turistas, o que de melhor temos na Amazônia”, destacou Guilherme.

Finalizando o passeio, nada como trazer algum artesanato para recordação. É uma forma de privilegiar o trabalho dos artesãos que produzem aqueles trabalhos.

Mais informações: @restauranteselvaamazonica

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Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio

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