24 de novembro de 2024

Pesquisa da CDL-Manaus aponta crescimento tímido do varejo no Dia dos Namorados

O mês de junho chegou e apoiado a ele uma data que estimula o alto poder de consumo no comércio, o Dia dos Namorados. Se depender dos consumidores, a data não passará em branco, já que 87% têm intenção de presentear a pessoa amada.  Pesquisa da CDL-Manaus (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus) realizada de 22 a 28 de maio aponta que a compra dos presentes deve trazer incremento de 2,9% em igual período do ano passado, com receita bruta de R$ 62,87 milhões.  O ticket médio aguardado é de R$ 130.

A projeção é menor que a prevista no calendário do varejo em 2022. Embora sondagem otimista, as vendas do comércio no Dia dos Namorados de 2023 preocupam o presidente da  CDL-Manaus, Ralph Assayag. Isso porque o cenário econômico com a elevação dos preços traz cautela. “Nós estamos trabalhando para que, no máximo, possamos chegar aos dígitos do ano passado de 5%, mas vai ser bem difícil superar com esse percentual de 2,5% a 3%”. 

Segundo o dirigente, a população está com problema de salário e isso traz grande preocupação porque se trata de uma data que gera crescimento todos os anos. “A nossa pesquisa mostrou mais ou menos o que a gente imaginava, só reforçou o processo. Mas eu espero que o cenário mude e tenhamos um bom resultado”, comentou. 

De acordo com a entidade, 41% pretende gastar de R$ 51 a R$ 100, seguidos por 31% dispostos a gastar entre R$ 101 e R$ 200, ao menos 14% vai desembolsar de R$ 201 a R$ 500. Em torno de 6% dos participantes estão indecisos. 

Os cônjuges (52%) estão entre a primeira opção a serem presenteados. Os namorados e namoradas (37%) são a segunda opção entre os entrevistados, seguidos pelos ficantes (36%), os noivos e outras opções correspondem a 3%.

Em relação às preferências de compras no topo da lista está a perfumaria 20%, vestuário 16%, calçados 14%, almoço e jantar 12%. Outros itens como jóias e relógio 7%, já os artigos esportivos, chocolate, flores e produtos de beleza são as preferência  de 4%. Os eletroeletrônicos, livros, smartphones e bolsas aparecem na lista de 3% dos homenageados. Os indecisos, outras opções estão entre a preferência de 1% junto com o item lingerie.  

A compra parcelada é a opção de 22% dos entrevistados. Na sequência, 23% dos consumidores preferem pagar em dinheiro e no débito 22%, no Pix 20%, no cartão no cartão de crédito à vista e parcelado no cartão da loja 5%, crédito da loja 3%.

A pesquisa evidencia ainda que na hora de escolher o presente, o preço é a principal escolha de 20%, variedades dos produtos 18%. As promoções e os tradicionais descontos são considerados por 15% dos consumidores manauaras. Qualidade de produtos e atendimento 13%. A localização de compras é levando em conta por 8%, facilidade de pagamento 6%, comodidade 5%, estacionamento 3% e outros 0,5%

Os locais mais citados para realizar as compras estão os shoppings 49%, seguido do Centro da cidade 25%, a internet (e-commerce) é a escolha de 9%, as mídias sociais 9%, comércio de bairro 8%, os supermercados fecham a lista com 1%.

Números anteriores

Vale lembrar que as vendas do comércio no Dia dos Namorados em 2022 superaram as expectativas do setor e foi um termômetro para o restante do ano. Ano passado, a CDL-Manaus projetava alta de 4,5%, com receita bruta de R$ 60,87 milhões. No entanto, o comércio vendeu 5% a mais do que em 2021 e alcançou receita nominal global próxima aos R$ 67 milhões. Conforme o balanço da entidade, o ticket médio estimado era de R$ 155, mas alcançou R$ 162. O segmento de vestuário e os shoppings lideraram as preferências do consumidor, mas restaurantes e hotéis também saíram ganhando.

Ele disse ainda que no ano passado, o mercado de trabalho demonstrou sinais de recuperação, com as oportunidades de contratações puxadas pela abertura de 300 novas lojas. Os novos investimentos foram fatores fundamentais para o crescimento e os resultados do Dia dos Namorados, que é a sexta data comemorativa mais importante do varejo em termos de movimentação financeira, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio

Veja também

Pesquisar