Carlos Silva
Eu tomei a liberdade de me apropriar de pedaços escritos no livro As 48 Leis do Poder, no tocante à sua 32ª Lei, que diz o seguinte: ”Desperte a fantasia das pessoas. Em geral evita-se a verdade porque ela é feia e desagradável. Não apele para o que é verdadeiro ou real se não estiver preparado para enfrentar a raiva que vem com o desencanto. A vida é tão dura e angustiante que as pessoas capazes de criar romances ou invocar fantasias são como oásis no meio do deserto: todos correm até lá. Há um enorme poder em despertar a fantasia das massas.” Bem, essa é a Lei e o texto que me apropriei e editei e alterei e adaptei é este: “A mentira é um feitiço, uma invenção, que pode ser ornamentada como uma fantasia. A verdade é fria, sóbria, não tão confortável de se assimilar. A mentira é mais apetitosa.” Pus entre aspas e em itálico para mostrar ao mundo que o texto não é meu, mesmo sendo editado etc. Enfim, vamos conversar sério: mentir é bom ou não? Você já mentiu na vida? Bem, eu sim e muitas e muitas vezes. Às vezes, deu certo. Em outras deu maravilhosamente certo. E em algumas oportunidades, deu perfeitamente certo. Mas, confesso em que não me senti confortável em nenhuma dessas ocasiões. Só nunca menti para os meus advogados. E nem para alguns médicos. Alguns, apenas. Voltando ao livro em comento, sugiro que leiam o dito cujo e vão encontrar passagens muito interessantes, e não sei, evidentemente, se são verdadeiras ou não, mas, no mínimo, me prenderam a atenção e me serviram de base para repensar alguns critérios a selecionar os futuros colegas e amigos de trabalho e cervejadas, por aí. O evento de Bragadino, em Veneza, ao longo do Século XVI, merece ser compulsado e mostra, uma vez mais, que ser esperto exige, e muito, elevada dose de trapaça. Lendo as páginas da 32ª Lei, você poderá esclarecer a dúvida de como o grande trambiqueiro alemão do século XVI, Leonhard Thurneisser, se tornou médico da corte do príncipe de Brandenburgo sem nunca ter estudado medicina. Não que eu já houvesse tido conhecimento desse ilustre desconhecido, até agora. Você poderá, também, se deliciar com a historieta de George Psalmanazar, em Londres, no início do século XVIII. E tem muitos e muitos conselhos a serem lidos ou seguidos ou mesmo ignorados. Mas, eu me pergunto: se a mentira é o oposto da verdade, afinal, o que é, de fato, a verdade? Você tem a sua e eu tenho a minha. Vai entender. E a vida segue! E com cervejas ! Geladas !