Aristóteles Drummond
Formalmente as eleições municipais estão vinculavas à vida dos municípios e não deveriam refletir questões nacionais ou ideológicas. Petrópolis já teve comunista com mais de um mandato e bem avaliado em Yedo Fiúza, e o Distrito Federal, outro comunista que foi bom administrador, em Pedro Ernesto. São Paulo também teve bom prefeito comunista em Prestes Maia. É preciso separar ideologia da gestão.
Os tempos, entretanto, são outros. E os comunistas também. Vale tudo pela ideologia. O deputado Guilherme Boulos, que aspira a prefeitura de São Paulo, precipitou-se em mostrar simpatias pelo Hamas, quando São Paulo tem uma respeitável comunidade israelita, relevante no comércio, na indústria, na medicina e na cultura. Prova que quer fazer da Prefeitura de São Paulo um instrumento de luta ideológica.
As lideranças políticas do centro para a direita, desde as capitais aos menores municípios, devem avaliar os riscos da divisão em cidades que não têm segundo turno. Estamos em momento delicado da vida nacional, as ameaças de uma centralização de recursos em Brasília são reais e de reflexos futuros na democracia e no desenvolvimento econômico e social que desejamos e precisamos. Progresso não é presença em nenhum país bolivariano, destes que nossas esquerdas apreciam. Eles são cúmplices nas atrocidades do Hamas como ontem foram com as dezenas de milhões de mortos sob Fidel Castro, Stalin e Mao Tsé-Tung, entre outros.
Convém lembrar que a Venezuela foi um dos mais países mais ricos do continente e hoje vive na penúria. Sem pão e sem liberdade.
O brasileiro precisa mandar um recado claro que não quer aqui a repetição dos erros cubanos, nicaraguenses, venezuelanos e argentinos.
A polarização vem mostrando que serve apenas aos grupos mais ligados aos candidatos do ano passado, eleição em que o Brasil, fosse qual fosse o resultado, sairia perdendo.
Uma boa indicação, pelo bom senso e pensando no povo que sofre, talvez seja não votar nos indicados pelos dois, Lula e Bolsonaro. Tem muita gente boa fora deste eixo menor.
A consolidação da democracia passa pela recuperação da imagem da classe política. E está melhoria passa pelo eleitorado que deve ser mais criterioso e responsável nas escolhas. E não dar vez as velhas e comprometidas raposas.