Sendo o poder a força e a autoridade utilizada, e a responsabilidade a obrigação de responder pelos seus atos ou de outros, há uma necessidade profissional de criarmos equilíbrio entre os dois itens (poder e responsabilidade), pois, caso contrário, muito poderemos ter de ingerência e de descontrole total nos processos existentes nas organizações. A consciência profissional deve estar sempre em evidência quando buscamos a melhor forma de gestão. A omissão, o atropelo e mesmo o desequilíbrio são características do despreparo profissional. Muito precisa ser feito para melhorarmos nossa forma de gerir pessoas e processos. Os arranjos, as parcialidades podem ocorrer e alguns gestores utilizam a força em benefício próprio e sem responsabilidade esquecem que é o profissionalismo e a imparcialidade em nossos atos que traz sucessos para nossas empresas.
Grandes líderes conseguem gerenciar muito bem o poder e a responsabilidade. Sabem o momento exato para utilizar a força ou a influência e buscam nas pessoas o incremento para o seu sucesso. Assim, também, como sabem assumir suas devidas responsabilidades demonstrando ser pessoa e profissional íntegro e preocupado com o sucesso da empresa e consequentemente o seu e o de seus subordinados. Podemos confirmar que para sermos bons precisamos urgentemente saber se relacionar com responsabilidade e confiança, caso contrário a dificuldade fará parte de nosso cotidiano.
A consciência profissional não nos deixa ser omissos. Todavia, atravessamos em nossa história momentos de intensa falta de consciência e até mesmo esquecemos fatos reais e aparentemente vivemos em um mundo de ilusão achando que tudo de ruim somente ocorre com as outras pessoas. Precisamos urgentemente que todos os envolvidos em processos organizacionais possuidores de maior poder e responsabilidade assuma realmente sua responsabilidade e não se omitam como vemos, algumas vezes acontecer colocando a culpa de seus fracassos e despreparos nos desprovidos de poder.
O pior ainda ocorre quando definimos responsabilidades para nossos subordinados e conscientemente damos poder insuficiente atropelando-o e depois transformamos este profissional naquele que será responsabilizado por tudo de errado que possa ocorrer. O atropelo das pessoas e dos processos é uma constante para o profissional que não consegue de modo prático ter o equilíbrio necessário para realizar o seu trabalho.
Certamente, se nos posicionarmos como pessoas e profissionais e assumirmos a responsabilidade de nossos atos muito de ruim podem ser evitados em uma empresa trazendo como consequências melhores rentabilidades. Isto é uma questão de consciência em todos os níveis de um ser humano. Devemos lembrar que tudo que realizamos em nossa vida é uma questão de estar. Pois, podemos estar sendo supervisores, estar sendo gerentes, estar sendo diretores, estar sendo presidentes enfim, mas tudo isso pode mudar. A única coisa imutável em nossa vida é sermos seres humanos, pois temos o privilégio de podermos nascer, crescer, envelhecer, porém, jamais escaparemos da morte. Com isso podemos pensar então que temos a oportunidade de fazermos diferença em nossa vida. Portanto, sempre será mais sábio buscarmos o equilíbrio sem atropelos e omissões com consciência profissional e boa dose de poder com a responsabilidade sendo assumida do início ao fim independente do fracasso ou de um grande sucesso.
Vamos refletir sobre isto?
Flávio Guimarães é Mestre em Engenharia de Processos pela UFPA, Diretor da Guimarães Consultoria e Treinamento Empresarial Ltda., Diretor de Educação da ABRH, Administrador de Empresas, Especialista em Empresas Públicas e Privadas, Pós Graduado em Gestão Estratégica de Negócios, Consultor Empresarial, Pós Graduado MBA Gestão e Docência do Ensino Superior, Professor Universitário (Estácio Amazonas), articulista do Jornal do Commercio e da Amazon Play TV digital e Coordenador de MBA Executivo e dos Cursos de Logística, Qualidade e Recursos Humanos e do LPG – Laboratório de Práticas em Gestão da Faculdade Estácio do Amazonas.
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Jornal do Commercio de 19.12.2023.