Bosco Jackmonth*
Estudos científicos respaldam esta questão que ora se anuncia. A propósito Augusto Cury, é autor do livro que trata das técnicas de coaching emocional para gerenciar ansiedade, melhorar o desempenho pessoal e profissional com a conquista de uma mente livre e criativa, ou seja a gestão da emoção. O autor, trata-se de um psiquiatra, psicoterapeuta cientista e escritor. Sua obra composta de livros de ficção e não ficção, está publicada em mais de 70 países e disposta na conta de mais de 25 milhões de exemplares somente no Brasil. É produtor da Teoria da Inteligência Multifocal, que estuda a formação do Eu, os papéis da memória e a construção dos pensamentos, sendo um dos poucos pensadores vivos cuja teoria é objeto de estudo em cursos de pós-graduação.
Logo, em uma sociedade altamente competitiva e em constante mudança tecnológica como esta, se não se souber gerir a emoção, será quase impossível viver sem se acidentar, se estressar e sobrecarregar a mente. Ou seja, sobreviver com competência torna-se uma arte difícil, será quase impossível viver sem esgotar o cérebro. A chamada gestão da emoção é o alicerce de todos os tipos de coaching: desempenho profissional e pessoal, gestão de pessoas, gestão de carreira, inteligência financeira, otimização do tempo, construção de relacionamentos. É assim.
No entanto, muitos pecam gravemente no que diz respeito ao consumo emocional responsável e acabam se tornando especialistas em estressar o próprio cérebro. Dá-se que compram o que não lhes pertence, como discussões e frustrações, e aumentam desnecessariamente o índice de gasto de energia emocional inútil (GEEI).
Sucede, em Gestão da Emoção o psiquiatra Augusto Cury apresenta um programa constituído de inúmeras técnicas fundamentais para conquistar uma mente livre e uma emoção saudável. As Técnicas de Gestão da Emoção (TGEs) ali expostas são essenciais não apenas para os profissionais das mais diversas áreas, mas também para a saúde psíquica de pessoas de todas as idades.
Segundo o autor, por ser vítima delas a grande maioria dos seres humanos levará seus conflitos para o túmulo. É possível, no entanto, reeditar as janelas da memória ou construir novas plataformas de janelas saudáveis, que se poderia designar “núcleos de habitação do Eu”. Os segredos da personalidade estão guardados na memória. É por esse motivo que uma doença degenerativa como o mal de Alzheimer causa uma desorganização grave na memória e, consequentemente, na maneira de uma pessoa ser, pensar, reagir, interpretar. Prevenir o Alzheimer passa não só por irrigar o metabolismo cerebral, como também, por estimular o universo da cognição: o resgate de dados da memória, o raciocínio, a criatividade, o pensamento crítico. Do ponto de vista cognitivo, as Técnicas de Gestão da Emoção, objeto deste estudo, podem ser fundamentais, assim:
1)Provocando a memória através dos jogos, como xadrez, damas, cartas; 2) estimulando a socialização através de atividades físicas; 3) desenvolvendo o altruísmo e participando de atividades filantrópicas como um agente atuante, e não como um investidor passivo; 4)refinando a arte de contemplar o belo; 5) realizando atividades lúdicas e prazerosas que fomentam o sentido da vida e a motivação de viver, como reuniões, debates, escrita e pintura.
Resta, a televisão tem sua utilidade para entreter e informar, mas colocar-se como um espectador passivo por horas a fio diariamente, como milhões de pessoas fazem, é um modo notável de sepultar a memória e o raciocínio, com sérios riscos cognitivos. Aposentar a mente, como veremos, compromete as finíssimas tarefas de acessar a memória e construir cadeias de pensamentos. Inúmeros aposentam a própria mente anos ou décadas antes de se aposentarem do trabalho; desenvolvem um raciocínio preguiçoso, bem como percepção, intuição criativa e consciência crítica limitadas e lentas.
Ainda que o tempo seja um carrasco do corpo e inevitavelmente o debilite, sob o enfoque da gestão da emoção há uma área em que jamais deveríamos envelhecer: o território da emoção. Sucede, as TGEs podem nos estimular a ser eternamente jovens, nutrindo a curiosidade, a proatividade, a aventura, a motivação e os sonhos. Mas, se não irrigada ou estimulada adequadamente, a emoção pode envelhecer rapidamente, desafiando a cronologia. Na verdade, é gravíssimo que jovens com 20 anos de idade apresentem sintomas de falência emocional ou velhice intrapsíquica, como hoje se observa, a bem dizer.
Os sintomas mais comuns desse quadro são a dificuldade de tomar iniciativa, de agradecer, de se motivar, a necessidade de reclamar, de querer tudo rápido e pronto, isto é, o imediatismo ao alcance das metas e o desprazer no processo para atingi-las. Há jovens com idade cronológica de 20 anos – plugados em celulares e games – e idade emocional de 80, e indivíduos com um corpo de 80, mas com idade emocional de 20 — extremamente entusiasmados e dinâmicos. Qual é a idade emocional?
Nesta altura a TGE remete ao ponto desarmar as armadilhas mentais para construir relações sociais saudáveis, ou seja ninguém pode elaborar posturas sadias se reagir por impulso, aprisionado pelas armadilhas mentais, pois pessoas que reagem assim não estão preparadas para realizar trabalhos, quanto mais a própria vida… (Continua.)
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É advogado há 57 anos (OAB/AM 436). Ex-func.BEA e Bco.Brasil, Manaus e Rio, Cursou Direito, Com.Soc.(Jornalismo), Lecionou Hist.Geral, Articulista.