22 de outubro de 2024

Catástrofe ambiental – “O Rei Está Nú”

Nílson Pimentel (*)

Tempos de mudanças contínuas, ambientais, climáticas, econômicas, politicas, geopolíticas e sociais em todo o mundo, principalmente no Brasil. Atualmente, a catástrofe que se abateu sobre o estado do Rio Grande do Sul, jogando aquele guerreiro povo na desgraça total, ficando-o na dependência da generosidade, da empatia, da resiliência do povo brasileiro que não mediram esforços para auxiliar o povo gaúcho nessa desgraça que se abate sobre quase a totalidade dos municípios do estado. A totalidade de desastres dessa catástrofe e as mobilidades que governos – municipal, estadual e federal – começaram tardia e tímidas insignificantes frente às gravidades da tragédia climática e das ocorrências climáticas, incompetência geral, demonstrando que o Estado Brasileiro não está preparado para nenhum tipo de catástrofe no país, principalmente o governo federal. Não obstante não fosse à mobilidade do povo brasileiro, empatia e espirito de solidariedade e grande mobilidade do voluntariado a situação estaria em pior gravidade!!! O governo federal deu provas que não possui em nenhuma área de planejamento sobre graves crises nacionais – sanitárias, ambientais, climáticas e sociais – e demorou a reagir frente a essa catástrofe no Rio Grande do Sul, e ainda atua à conta gotas, ações pontuais como se bastassem para minimizar os graves problemas dessas ocorrências climáticas lá n Sul do Brasil – “o rei está nu”!!!  Teve-se noticias que pessoa de certo ministério desse governo esquerdista comunista falando asneiras como: “a situação climática do Rio Grande do Sul se deve a culpa ao governo Bolsanaro”. Que atitude deplorável desse governo!!! Como não existe nenhum planejamento oficial que monitore catástrofe no Brasil, o governo federal decide “instalar” ministério de crise para manipular politicamente melhor as consequências da catástrofe Ambiental no Rio Grande do Sul em benefício dessa política de baixezas desse governo de esquerda!!! Por mais de meio século de vida nunca tive conhecimento de nenhum planejamento, gestão nem governança das águas (cheias/vazantes-secas/hidrovias, portos, terminais portuários, etc afins), do clima e nem das endemias e pandemias, como no caso atualmente se passa com a dengue (o Brasil ultrapassou nesta segunda-feira [20/5] a marca de 5 milhões de casos prováveis de dengue em 2024, de acordo com informações do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, com 2.827 de mortes registradas e outros 2.712 casos em investigação, com maiores incidências nos seguintes estados: Minas Gerais é o estado com mais casos prováveis: 1.431.174, em seguida, aparecem São Paulo (1.397.796), Paraná (535.433) e Santa Catarina (288.212)). A grave situação que se encontra o RGS demonstra que o brasileiro somente poderá contar com o brasileiro, a solidariedade, o humanismo, a empatia e, sobretudo, a irmandade de um povo que sabe abraçar a resiliência do outro irmão gaúcho. Viva o Povo Gaúcho!!! Como se conhece, existe uma metáfora maquiavélica que se torna muito atual e literal, para demonstrar a tragédia climática e humanitária que se abate sobre o povo gaúcho. Sem embargo de outros dogmas ideológicos que se vive no Brasil e no mundo, que alcança os meios científicos, sofisticados ou não que atingem o meio ambiente, o sistema climático, que destroem vidas e seus modos de vida, está a refletir os diversos dilemas que governos ideológicos partidários persistem como reflexão e prática na política moderna. Vejam como se posicionou Nicolau Maquiavel em “O Príncipe”: “(…) Já que o nosso livre-arbítrio não desapareceu, julgo possível ser verdade que a fortuna seja árbitro de metade de nossas ações, mas que também deixe ao nosso governo a outra metade, ou quase. Comparo a sorte a um desses rios impetuosos que, quando se irritam, alagam as planícies, arrasam as árvores e as casas, arrastam terras de um lado para levar a outro: todos fogem deles, mas cedem ao seu ímpeto, sem poder detê-los em parte alguma. Mesmo assim, nada impede que, voltando a calma, os homens tomem providências, construam barreiras e diques, de modo que, quando a cheia se repetir, ou o rio flua por um canal, ou sua força se tome menos livre e danosa.” Essa citação faz uma analogia entre as incertezas própria da política e de governos e o destino dos rios que alagam e secam sem aviso. Certamente que haverá impactos econômicos em diversos setores da economia do Rio Grande do Sul, um dos estados mais produtivos do Brasil, que refletirão na economia brasileira, perdas de emprego formais, investimentos privados ficarão perdidos o que afetará a formação bruta de capital fixo na economia rio-grandense-do-sul, principalmente no seguimento de micros, pequenas e médias empresas de diversos setores econômicos. Outro impacto realmente elevado será no agrobusiness (soja, milho, arroz, trigo, na pecuária, na avicultura e demais culturas agrícolas e no coureiro calçadista) e na área do turismo, forte segmento econômico no estado, porém os impactos negativos na economia não param por aí. Para maiores informações se colheu dados oficiais do sistema nacional de Defesa Civil no RGS e a Confederação Nacional de Municípios que demonstram prejuízos que atingem mais de R$10 bilhões, sendo que os dados apontam 155 mortes, 445 desaparecidos e 735,5 mil desalojados ou desabrigados. Quanto aos prejuízos financeiros, o setor habitacional é o mais prejudicado, com impacto de R$ 4,6 bilhões até o momento. Enquanto o setor público responde por R$ 2,3 bilhões  e o privado por R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 2 bilhões relativos somente à agricultura. De acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) que a atual catástrofe – uma das mais devastadoras do país – atingiu 447 municípios, cerca de 90% de todas as cidades do RGS, sendo que “os locais mais atingidos incluem os principais polos importantes da indústria do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia do estado”, segundo Arildo Bennech Oliveira, presidente em exercício da Fiergs.  Ainda segundo a Fiergs, as quatro regiões com maiores municípios com Valor Agregado Bruto (VAB) potencialmente afetado são: Região Metropolitana de Porto Alegre (R$ 108 bilhões), Vale dos Sinos (R$ 65 bilhões), Serra (R$ 47 bilhões) e Planalto (R$ 46 bilhões), também em relação ao VAB da indústria, as regiões com maior atividades industriais atingidas são: Vale dos Sinos (R$ 25 bilhões), Região Metropolitana (R$ 17 bilhões), Vale do Taquari (R$ 16 bilhões) e Serra Gaúcha (R$ 15 bilhões).  Ainda sob as informações da Fiergs, os locais mais atingidos, na Região da Serra Gaúcha se destaca a produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis, enquanto na Região Metropolitana de Porto Alegre estão os metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados de petróleo e alimentos. E, na Região do Vale dos Sinos se destacam a produção de calçados; e no Vale do Rio Pardo, destacam-se os segmentos de alimentos (carnes, massas) e tabaco, para completar os prejuízos, na Região do Vale do Taquari os impactos mais forte são nos segmentos de alimentos (carnes /aves/suínos), calçados e químicos. Com se observa, os impactos negativos decorrentes dessa catástrofe ambiental, além da crise humanitária provocada, mortes, desaparecidos, desabrigados em geral, se tem todos esses graves impactos econômicos que afetarão o mercado de trabalho, a renda gerada, impostos e demais resultados negativos decorrentes, inclusive no Produto Interno Bruto (PIB) não somente do RGS como do Brasil.

(*) Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador Sênior, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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