A alfabetização é o processo de ensino e aprendizagem em que se aprende a ler e a escrever, de forma que se use essa habilidade desenvolvida como um código de comunicação escrita e falada. Esta é uma fase em que os educadores procuram dar mais atenção durante o período de educação inicial escolar, por meio do desenvolvimento de atividades da alfabetização, que envolvem o aprendizado do alfabeto e dos números, a coordenação motora e a formação de palavras, sílabas e pequenas frases.
A alfabetização também é conhecida como literacia e adota métodos e teorias durante o seu processo, onde os professores podem enfatizar aspectos mais formais e graduais, partindo do processo de letramento, que vem a apresentar primeiro as letras, em seguida as sílabas, posteriormente as palavras e por fim as frases.
Todo esse processo de ensino-aprendizagem deve ser acessível a todas as pessoas, para que tenham a oportunidade de crescer e se desenvolver no âmbito cognitivo e em sociedade. Contudo, infelizmente essa ainda é uma realidade distante em vários locais do Planeta, assim como também no Brasil, apesar de termos melhorado os índices de analfabetismo nos últimos tempos, conforme nos mostra o Censo de 2022, que mostra que a taxa de analfabetismo caiu de 9,6% para 7,0% em 12 anos; todavia as desigualdades persistem. É certo que a falta do processo alfabetizador dificulta o acesso à informação, piora as oportunidades de emprego e resulta em exclusão social. Diversos fatores influenciam as taxas de analfabetismo, incluindo o acesso à educação, a qualidade da educação, as condições socioeconômicas e as atitudes culturais da população em relação à educação.
Existem diversos tipos de analfabetismo, refletindo a complexidade e a diversidade das habilidades de leitura, escrita e compreensão necessárias na sociedade contemporânea. O analfabetismo absoluto, o mais tradicional, refere-se à incapacidade total de ler e escrever, enquanto o analfabetismo funcional, ou iletrismo, afeta pessoas que passaram pelo sistema educacional, mas não adquiriram habilidades de leitura e escrita. O analfabetismo digital é a incapacidade de “ler” ou interagir com o mundo digital e outras tecnologias modernas. Refere-se à falta de habilidades para usar computadores, navegar na internet e utilizar softwares básicos no celular. É certo que a exclusão digital, especialmente entre famílias de baixa renda, contribui para esse tipo de analfabetismo, limitando o acesso das pessoas às oportunidades oferecidas pelo mundo tecnológico. Tem ainda o analfabetismo científico, que diz respeito à falta de conhecimento e compreensão dos conceitos básicos de ciência e do processo científico. E o analfabetismo político, um termo frequentemente discutido em contextos educacionais e sociais. Refere-se à falta de compreensão sobre o funcionamento do sistema político, os direitos e deveres dos cidadãos, e a importância da participação política para a democracia.
O dia 8 de setembro é conhecido como o Dia Mundial da Alfabetização e esta é uma data importante para a nossa reflexão, uma vez que o direito ao letramento deve ser uma máxima que venha a integrar as pessoas e chamar à responsabilidade as nossas autoridades em todas as esferas de poder. A educação é o único meio seguro e certo para a verdadeira independência e autonomia dos cidadãos brasileiros.