19 de setembro de 2024

Do sucesso a busca intermitente (parte 3)

Em linhas passadas, imediatamente anteriores, discorreu-se sobre o consagrado livro “Falando Como Vencedor”, da lavra de Leil Lowndes, igualmente autora de outros sucessos, como, por acaso, “Como Fazer Qualquer Pessoa Se Apaixonar Por Você”. Pudera!

Neste, é dado tratamento localizado ao fato de algumas pessoas bem-sucedidas com seu horizonte de eventos conseguirem tudo o que desejam na vida, tal como sucesso pessoal e profissional, numa abordagem que se perfila a diversos outros autores que se prendem a aconselhamentos do gênero, também mediante autoria de livros dirigidos, dado o poder determinante dos fatos.

Nesta conformidade, mostra-se com especial notoriedade a personalidade única de Dale Carnegie, famoso na espécie e autor da teoria clássica posta no livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, publicado em 1936, e desde então uma repercussão imorredoura nos destaques do mundo com seguidas reedições, sustentando sua sabedoria então festejada dizendo que o sucesso estava no sorrir, no demonstrar interesse pelas outras pessoas e no fazê-las sentir-se bem consigo mesmas.

Contudo, diz a autora aqui presente que isto não é surpresa, mas de verdade quando o foi há mais de 80 anos, ou seja 1936, data da publicação do livro que se destacou dado que se esperou pelo inesperado. No entanto, se Dale Carnegie e centenas de outros desde então oferecem ainda o mesmo aconselhamento, por que nos falta nos dias de hoje o ingrediente certo e completo, para fazer amigos e influenciar pessoas?

Naquela altura, uma das seis regras na obra era sorria! cuja proclamação foi repetida a cada década por praticamente todos os gurus entre as centenas de tantos escritores. Ocorre, na virada do milênio muito se alterou nas relações humanas de alto nível, daí nossa indagação acima. Assim, quando nos aprofundarmos um pouco no que ditava Dale, veremos que o sorriso fácil de 1936 nem sempre funciona, sobretudo nos dias atuais.

É que o sorriso instantâneo fora de moda não tem mais muito peso com o povo sofisticado dos dias correntes. Basta reparar-se nos líderes mundiais, os negociadores e os gigantes das empresas. Não se vê nenhum bajulador sorridente entre eles. Na verdade, há grandes negociadores que melhoram seus sorrisos ao longo da vida para que, quando surgir a necessidade, haja mais poder e o mundo sorria junto, ou seja sabemos que não sabemos.

Sucede, o mundo de hoje é um lugar muito diferente do que era em 1936, e precisamos de uma nova fórmula para o sucesso. Logo, para encontrá-la observe-se os bem-sucedidos da atualidade, as estrelas, sejam as técnicas usada pelos melhores vendedores para fechar vendas, ou por conferencistas para convencer e por atletas para vencer. É a cultura de consumo!

Mas visto o poder determinante dos fatos, diz a autora que para tanto encontra-se uma verdadeira barreira de concreto bloqueando as habilidades indefiníveis que conduzem ao sucesso. Assim, teve o cuidado de criar um rol de técnicas, vistas no artigo anterior, a serem usadas dando designações individuais que virá incontinente com rapidez à mente de cada um que se sentir numa situação enigmática de comunicação, digamos.

Ocorre, à medida que as técnicas eram desenvolvidas, partia-se para testá-las com variados participantes em palestras proferidas em toda a parte, sendo que nos seminários sobre comunicação, as plateias sugeriram algumas idéias, visto que tais clientes eram muito deles executivos de empresas listadas entre as 500 da Fortune, oferecendo observações com entusiasmo.

Aliás, quando na presença dos líderes mais bem-sucedidos e mais admirados, analisava-se sua linguagem corporal e expressão facial, ouvindo-se atentamente suas conversas informais, prestando-se atenção no seu ritmo e na escolha das palavras, observando-se, ademais, o lidar com suas famílias, amigos, companheiros e adversários. Então, sempre que se detectava algo que fosse de mágica em sua comunicação, pedia-se para pinçá-la e expô-la ao brilho da consciência, de modo que analisando essa mágica juntos pudéssemos transformá-la numa técnica que outras pessoas lograssem repetir aproveitando-a.

No livro em questão figuram tais descobertas e as proezas de alguns desses eficientes indivíduos, sendo que algumas são sutis, outras surpreendentes, mas todas são realizáveis, de modo que dominadas as técnicas, todos, desde os conhecidos recentes até os familiares  e parceiros de trabalho, lhes abrirão felizes seus corações, suas casas, suas empresas e até mesmo suas carteiras de dinheiro para dar-lhes o que puderem.

Fique-se certos de que os dividendos virão, com certeza e quando navegar pela vida com suas novas habilidades comunicativas é de se olhar para trás e verá no seu rastro alguns daqueles sorrindo. (Conclusão).

 

É advogado de empresas (OAB/AM 436. Contato:[email protected]

Bosco Jackmonth

* É advogado de empresas (OAB/AM 436). Contato: [email protected]

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