A política do pão e circo deu certo no Brasil, principalmente nas regiões pobres onde o índice de escolaridade é baixíssimo (Norte e Nordeste). Mas, na realidade, qual o significado da expressão pão e circo? Quem estudou e aprendeu História sabe muito bem que essa política foi adotada pelo Império Romano.
O crescimento urbano causou muitos problemas sociais para Roma. A escravidão gerou uma massa de desempregados, haja vista que muitos camponeses ficaram sem emprego. Eles migraram para as cidades romanas em busca de trabalho e melhores condições de vida. Não conseguiram aquilo que almejavam.
O imperador receoso de que pudesse acontecer uma revolta dos desempregados criou a política do pão e circo, que consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão (e isso os políticos fazem bem no Brasil) o que fazia a população esquecer os problemas da vida, diminuindo as chances de uma rebelião.
Tudo era custeado pelo governo. Essa era a conhecida política do pão e circo, pois enquanto houvesse ambos o povo ficava satisfeito e não se rebelava contra o imperador. E essa estratégia deu certo num país de população pouco informada, como o Brasil. Não temos dúvida alguma em afirmar que a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas que acontecerão, em 2016, no Rio de Janeiro, são exemplos claros desse tipo de política. E como se caracteriza o pão neste país? Vejamos: temos bolsas de todos os tipos, mas a mais badalada é a Bolsa Família, que garante aos indivíduos sobreviverem sem que seja necessário trabalhar para ganhar dinheiro. Entendemos que a Bolsa Família é um programa voltado para o comodismo. Ela premia quem não trabalha e cobra do trabalhador carga pesada de impostos objetivando sustentar pessoas que não contribuem em nada para a nação.
E o circo? O Brasil terá sérios problemas no futuro, mas como o povo brasileiro é fácil de ser enganado e manipulado (sem generalizar), então os governos já têm um plano pronto para que a população não tenha conhecimento do absurdo anunciado: uma Copa do Mundo e uma Olimpíada. Gostaríamos de dizer que não somos contra o futebol, e nem se trata de falta de patriotismo.
Não teríamos problemas sediar, no Brasil, a Copa do Mundo se não tivéssemos tantas favelas, violência, falta de saneamento, falta de segurança, falta de saúde e, pior, uma educação de péssima qualidade.
É preciso que o povo entenda que um policial ganha menos de R$ 2000,00 (dois mil reais), os médicos ganham cerca de R$3.000,00(três mil reais) e que os transplantados, aidéticos, portadores de hepatite C e outros, só conseguem medicamentos quando acionam a justiça.
Os professores do ensino fundamental e médio ganham cerca de R$ 900,00 (novecentos reais). A educação não é prioridade. Os professores universitários estão com seus salários aviltados e queremos fazer um investimento em algo que vai durar, no máximo, vinte dias.
Hoje, entendemos muito bem porque a população de Chicago não aceitou que as Olimpíadas fossem realizadas naquela cidade. A campanha que faziam pela mídia era de que os políticos e as construtoras ficariam com o dinheiro e o povo com a dívida.
Finalizando, podemos dizer que só depois de satisfazer as necessidades da população brasileira, (salário digno para o trabalhador, saúde, saneamento básico, educação, segurança, habitação) aí sim as autoridades brasileiras poderiam pensar em sediar uma Copa do Mundo.
O país do pão e circo
A política do pão e circo deu certo no Brasil, principalmente nas regiões pobres onde o índice de escolaridade é baixíssimo (Norte e Nordeste).
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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