24 de outubro de 2024

Engeco faz história com o Terezina 275

Se é na crise que surgem as grandes oportunidades, em Manaus, o setor da construção civil tem muito que comemorar neste ano. Além de ser o setor que mais gera emprego e renda na capital amazonense, também conseguiu atender uma demanda reprimida da elite. A classe AA estava ansiosa para investir em mansões suspensas e foi a Construtora Engeco que veio atender esse público seleto com o Terezina 275. O empreendimento mais luxuoso da cidade foi entregue na noite de ontem (21), na Vila Municipal. O endereço homônimo ao prédio é uma homenagem ao lugar que serviu de endereço, durante muitos anos, para a tradicional família Guerreiro.

De acordo com o diretor-presidente da Construtora Engeco, Maury Guerreiro, com a entrega do residencial Terezina 275 surge um novo estilo de morar, no lugar mais cobiçado da cidade. “Não entregamos apenas um empreendimento, fazemos uma nova história no endereço que era da nossa família. A nossa empresa tem um diferencial, porque nós atuamos em todos os níveis, atende ao público A, B e C. E nós estamos aqui, estamos entregando, isso que é importante”, comemora.

Guerreiro diz que cada unidade do empreendimento corresponde a uma mansão suspensa de 880m², distribuídos entre as áreas comuns e privativa. “Posso dizer que esse é um empreendimento de sucesso em todos os aspectos, tanto no lançamento como na entrega, hoje, são pouquíssimas unidades estoque, porque este empreendimento é uma mansão suspensa, onde cada apartamento possui 880m², sendo 538m² de área privativa (área de vassoura), mas ele tem essa diferença de 342m² em área comum (piscina, sauna, garagens, quadra, salões de festa, etc). Tudo isso se traduz em área de lazer igual as dependências de uma casa”, compara.

Desde seu lançamento, em 2012, a obra gerou aproximadamente 500 empregos diretos e indiretos. “Com a entrega do Terezinha 275 fechamos o ciclo. Hoje nós não temos uma obra que não esteja entregue, este é o grande diferencial. Porque com todas essas dificuldades que as empresas vêm enfrentando, e não falamos de competência, mas sim da mudança de conjuntura, algumas estão tendo dificuldades na conclusão da obra e na manutenção do empreendimento”, disse Guerreiro ao Jornal do Commercio.

Segundo Guerreiro, a Engeco é uma empresa local que possui uma equipe com alto grau de competência e pela vivência de mercado, lançou o volume de empreendimentos compatível com a demanda. “Em Manaus houve uma super oferta provocada pelas empresas que foram buscar capital no mercado aberto e que em determinado momento optou pela parceria com empresas locais e com as mudanças a eficácia do resultado não se concluiu, provocada pela falta de alavancagem bancária”, explicou.

Assim como aconteceu com o setor automotivo e no segmento de duas rodas a falta de crédito também afetou o ramo da construção civil, que segundo Guerreiro, se traduz na falta de alavancagem financeira, resultado de uma política de governo complicada. “Onde tivemos nos últimos 14 anos o governo PT, uma sobrecarga de custo do Estado, que não deram o retorno necessário.

Estamos vivendo hoje um Estado pesado e a iniciativa privada sem condições de produzir e bancar esse custo do Estado. Esse vai ser um trabalho muito árduo, onde estamos vendo o governo Temer se movimentar, indo no rumo certo. Mas, os interesses são diversos”, observou.

Entrave financeiro para o setor

Hoje o maior entrave do setor também está na falta de liberação de crédito pelo agente financeiro que, segundo Guerreiro, não quer correr risco. “O banco está travado, o cliente quer financiar, tem potencial, mas as exigências atuais estão inviabilizando a liberação do crédito. Vamos imaginar que um cliente teve uma situação negativa com banco de quatro anos atrás, está em dia hoje e o banco não quer financiar pelo que aconteceu há quatro anos. É uma situação complicada”, lamentou.

Na visão global do empresário da construção civil, o problema que vem alimentando a crise está na forma de governo que ao inchar a máquina pública deixa de investir no desenvolvimento do país. A solução é reverter esse quadro e voltar a fomentar emprego e renda no setor privado. “Acredito que o banco tem risco como tudo tem risco no mundo dos negócios. Seja ele no primeiro mundo, no segundo, de qualquer forma temos risco. Assim como aconteceu na Alemanha há dois dias e a Europa toda numa situação complicada, com a Inglaterra separando. A grande verdade é que hoje não tem panorama positivo em lugar nenhum no mundo, ao meu ver”, disse.

Guerreiro completa sua análise, dizendo que o mais difícil é quebrar paradigmas para sair da crise. “A Angela Merkel vem sofrendo uma crise de governo que não sabemos qual a dimensão. Rússia e Oriente Médio também estão complicados, os Estados Unidos não sabe quais são as diretrizes da política e o Brasil aqui com problemas na base da administração, quer dizer, política. Eu acredito que a nossa solução está fácil. Vai ser mais difícil mudar alguns paradigmas e diminuir esse peso do Estado, que é a grande solução”, afirma o empresário.

Mesmo diante desse cenário político, a Engeco cumpriu o cronograma e entregou o luxuoso residencial, começando uma nova história na Vila Municipal. “Estamos aqui, entregando essa obra única, que para mim, ela tem um misto de emoção e de realização profissional. Foi aqui que eu nasci, que eu cresci, que eu formei o meu caráter. Foi aqui que todos os nossos irmãos fizemos amigos e com meu pai e minha mãe tivemos momentos únicos, inesquecíveis. Apesar das fundações profundas que esse prédio tem eu te garanto que as raízes familiares e os valores vão multiplicar, florescer e agir de maneira muito positiva para os futuros moradores. Eu quero agradecer por fazer parte dessa história”, disse Maury Guerreiro, emocionado.

Segundo o diretor-executivo da Engeco, Porfirio Saldanha, nas últimas três décadas a empresa participa efetivamente do mercado imobiliário com empreendimentos de sucesso. Mas, na concepção do Terezina 275 houve uma dedicação especial e sentimental de toda a equipe. “Sem dúvida é um desafio. O Terezina 275 é um marco para o mercado imobiliário, não só pelo momento em que nós vivemos, mas sobre tudo pelos diferenciais que ele tem. Eu diria que essa é a obra com maior esmero e dedicação que nós fizemos até hoje”, salientou. Na visão do arquiteto Roberto Moita, este empreendimento é o novo ícone arquitetônico da cidade. “O Terezina é um marco da história da cidade, em vários sentidos. Primeiro ele é um ícone arquitetônico, que está numa plataforma da cidade, numa área geograficamente em destaque, é um dos platôs urbanos de Manaus. Então, ele é visto e ele vê a cidade em 360°”, enfatizou. Para Moita o empreendimento da Engeco, também é um marco da economia por atender a demanda reprimida da elite manauara, em plena crise. “Porque ele traduz uma demanda de um público onde muitas pessoas moraram e cresceram em casas e existia a demanda dos apartamentos XL, bem grandes, e o Terezina veio para atender esse público, que é exigente, num endereço onde é desejo. A Vila Municipal é uma joia do nosso urbanismo”, destacou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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