23 de novembro de 2024

12ª Lei das 48 Leis do poder

Carlos Silva

“Use a honestidade e a generosidade seletivas para desarmar a sua vítima”. Este é o título da 12ª Lei das 48 Leis do Poder. Claro que não se aplica a todos nós. E Graças a Deus por isso. Mas, infelizmente, muitas pessoas usam a pseudohonestidade para ganhar alguns benefícios, e, nem sempre, lícitos. Mas, o mundo é assim. Infelizmente. Um gesto sincero e honesto encobrirá dezenas de outros desonestos. “Até as pessoas mais desconfiadas baixam a guarda diante de atitudes francas e generosas. Uma vez que a sua honestidade seletiva as desarma, você pode enganá-las e manipulá-las à vontade. Um presente oportuno – um cavalo de Troia – será igualmente útil.” O livro indica que este texto é o julgamento da lei. Terrível, mas real. Ou seja, temos que viver e conviver com a maldade humana. E sempre, mesmo. O livro aborda casos históricos e, em destaque, o caso de Al Capone, que foi enganado por um espertíssimo vigarista. Leia o livro e aprenda algo sobre a “bondade seletiva”. Isso mesmo! O livro ensina que “quando se vai tomar, deve-se dar.” (Han-fei-tsé, filósofo chinês, século 3 a.C.). Todo ser humano, tem, lá no fundo, o seu lado criança. Todos mesmo. Isso é diferente de dizer que “todo homem tem seu preço”, apesar que a frase é válida na realidade. Quase todas as pessoas gostam de receber presentes. Ainda mais quando são valiosos, bonitos, úteis e aparentemente desinteressados. Aparentemente. Os moradores de Troia e seu cavalo presenteado pelos gregos aprenderam a lição, e do jeito errado. Então, o livro coloca às claras várias formas de se enganar as pessoas, as vítimas e os otários. O sentido da palavra otário se foca nas pessoas sem maldade, ou pessoas de bem. Infelizmente, pessoas boas e honestas se enganam muito fácil. E isso torna o universo de vítimas dos desonestos vigaristas mais acentuado. Por outro lado, o livro também ensina que “quando você já tem um histórico de dissimulações, não há honestidade, generosidade ou gentileza que consiga enganar as pessoas. De fato, isso só chamará mais atenção. Quando você já é visto como falso, uma atitude honesta de repente é apenas suspeita. Nestes casos, é melhor bancar o patife.” E nós, pessoas comuns, que vivem a sua vida do seu jeito, já fomos enganados por pessoas que pensam da forma com diz a 12ª Lei. E, talvez, nunca percebemos. Ou se notamos, foi tarde demais. Enfim! A vida segue e vamos abrir um cerveja, bem gelada.

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

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