18 de outubro de 2024

17ª Lei das 48 Leis do poder

Carlos Silva

As ideias, sugestões, conselhos e demais orientações do livro As 48 Leis do Poder são seguidas, de fato, por muitas pessoas que influenciam as nossas vidas. Infelizmente ou não. Claro que me refiro às pessoas com determinado poder, alcançado pelas urnas de votação em um regime democrático. Mas, nem todos os políticos são ruins. É a vida. E graças a Deus. No entanto, muito dizem por aí: não se abre mão do Poder. Deve ser verdade. Nos meus 65 anos, bem vividos, desconheço meios de confirmar esse dito. Mas, sei que há inúmeros casos que confirmam a frase. Eu sou uma das milhões de pessoas no planeta que se contenta com o que tem e pode alcançar. E daí? Você pensa diferente? Ok, siga em frente então. Vamos à 17ª Lei, que, com certeza, serve de base a algumas pessoas próximas a nós e, de certa forma, já vimos atitudes dessas em algum lugar ou em algum momento ou, quem sabe, vemos todos os dias na nossa vida: “MANTENHA OS OUTROS EM UM ESTADO LATENTE DE TERROR: CULTIVE UMA ATMOSFERA DE IMPREVISIBILIDADE JULGAMENTO. Os homens são criaturas de hábitos com uma necessidade insaciável de ver familiaridade nos atos alheios. A sua previsibilidade lhes dá um senso de controle. Vire a mesa: seja deliberadamente imprevisível. O comportamento que parece incoerente ou absurdo os manterá desorientados, e eles vão ficar exaustos tentando explicar seus movimentos. Levada ao extremo, esta estratégia pode intimidar e aterrorizar.” Na minha visão, isso é argumento válido para pessoas que têm medo de perder um poder, efêmero, ou usurpado. Na verdade, essa Lei se aplica a indivíduos que não se garantem e precisam mostrar poder. Um poder que não possuem, mas ostentam. É o famoso “esforço de capa”. Mas, existem casos históricos onde essa “estratégica” Lei foi usada, ou pelo menos, pesquisadores assim imaginaram: o jogo de xadrez de 1972 entre  Boris Spassky e Bobby Fischer, em Reykjavík, Islândia. Leia o livro e veja detalhes do caso. Bem, eu sei os movimentos das peças do xadrez, mas, sou péssimo em imaginar jogadas futuras por mim e pelo meu adversário. Logo, não sou bom jogador de xadrez, mas, aprecio os gênios que fazem dessa arte algo supremo da inteligência humana. Infelizmente, ou não, alguns políticos no mundo seguem esta Lei, bem antes de ela ser escrita. E, também, muitos renomados empresários. Mas, será que todos eles estão errados apenas porque pensam diferente de mim? Não, claro que não. Eles ficam com a vida deles e eu com a minha. Vida que segue. Vou abrir uma cerveja. E bem gelada!

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

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