Carlos Silva
Desde os primórdios da Criação, a humanidade sempre tentou se reinventar. Mas, nunca conseguiu. Desde aqueles dias iniciais da nossa História, sempre agimos da mesma forma: alegrias, tristezas, necessidades fisiológicas. Ah, mas o que muda todo dia são as ferramentas que tentam melhorar a vida e resolver problemas que não tínhamos ou não existiam ou, pelo menos, não conhecíamos. No entanto, a personalidade e o caráter humano sempre foram diversificados. E são essas diferenças que definem a paz e a guerra, o amor e o ódio. No entanto, muitas e muitas pessoas não conseguem demonstrar o que são de verdade e como pensam de fato. Eu tenho dificuldade de caracterizar essas atitudes como defeitos, mas, também, não consigo definir como qualidades. Pensando nisso, os autores do livro As 48 Leis do Poder produziram a 25ª Lei, que assim se apresenta: “RECRIE-SE. Não aceite os papéis que a sociedade lhe impinge. Recrie-se forjando uma nova identidade, uma que chame atenção e não canse a plateia. Seja senhor da sua própria imagem, em vez de deixar que os outros a definam para você. Incorpore artifícios dramáticos aos gestos e ações públicas – seu poder se fortalecerá e sua personagem parecerá maior do que a realidade.” Para muitos, essa Lei é um estilo de vida. Para outros, é a própria definição da falsidade humana. Tudo bem que, por vezes, é bom não demonstrar exatamente o que se pensa ou o que se deseja. Mas, fazer disso um procedimento rotineiro, não é, na minha visão, uma atitude sensata e muito menos honesta. No mundo real se aprende que ” pode-se enganar muitos, por muito tempo, mas não o tempo todo, pois um dia a máscara cai”. Vemos isso todos os dias de nossas vidas. Ou, pelo menos, ouvimos falar disso. O livro traça um esplêndido caso histórico envolvendo César, Brutus e Cleópatra. Merece ser lido. O caso de Aurore Dupin Dudevant e seu alter ego também serve como uma verdadeira aula sobe a 25ª Lei. Leiam. É interessante. Bem, se você quer o Poder a todo o custo e não tem a intenção de dividir espaço com os comuns, mesmo não sendo você mesmo e correndo o risco imenso de ser desmascarado, fique à vontade. Mas, isso não me cabe na personalidade. Ainda bem! E a vida segue ! E com cervejas, e geladas!