Carlos Silva
Planejar, articular, sonhar. Essas atitudes humanas me fazem admirar quem as pratica, para o bem e com inteligência. De fato, não me julgo um bom planejador, apesar de ter aprendido na vida profissional por mais de 40 anos. Também não sou chegado a sonhar com coisas impossíveis, mas, gostaria de ter muitas coisas inalcançáveis. Creio que tal sintoma não me rotula como maluco. Creio. Mas, articular é uma atitude baseada na conversa e na capacidade de influenciar. E isto, me parece, que tenho realizado, mesmo inconscientemente, ao longo da vida. Neste momento em que digito estas letras no meu computador, fico pensativo a respeito dos ensinamentos colhidos ao ler o texto do livro As 48 leis do Poder, que trata da 29ª Lei:” Planeje até o fim. O desfecho é tudo. Planeje até o fim, considerando todas as possíveis consequências, obstáculos e reveses que possam anular o seu esforço e deixar que os outros fiquem com os louros. Planejando tudo até fim, você não será apanhado de surpresa e saberá quando parar. Guie gentilmente a sorte e ajude a determinar o futuro pensando com antecedência.” Eu, particularmente, admiro as pessoas que possuem foco no futuro, que possuem expectativas e lutam por objetivos estudados e analisados. Sim, isso é uma arte e que condiciona o sucesso, em muitos casos. No entanto, isso exige uma boa dose de paciência. E penso que não tenho essa virtude, na medida exata. Mas, sei esperar. E se esperar for sinônimo de paciência, tudo bem. O texto da 29ª Lei traz diversas passagens históricas que me fizeram pesquisar com mais profundidade e consegui aprender mais um pouco sobre fatos passados da História Geral: as peripécias de Vasco Núñez de Balboa e Francisco Pizarro realmente cativam os amantes de História, como eu. Por sua vez, a brilhante manobra política de Otto von Bismarck e sua amada Alemanha, servem de exemplo aos políticos atuais. Planejar é difícil e mais difícil ainda é a conquista do objetivo. Mas, a vitória, assim, deve ser saboreada ao extremo. “Como a maioria das pessoas está presa demais ao momento para planejar com este tipo de previsão, a capacidade de ignorar perigos e prazeres imediatos se traduz em poder. É o poder de ser capaz de superar a tendência natural humana de reagir às coisas conforme elas vão acontecendo, em vez de treinar dar um passo atrás, imaginar as coisas maiores tomando forma além do seu campo imediato de visão. As pessoas, na sua maioria, acreditam que têm consciência do futuro, que estão planejando e pensando com antecedência. Em geral, se iludem.” Este texto está no capítulo em comento do livro citado. Na minha visão, quando se tem um objetivo e se planeja para alcançá-lo, deve-se ter, sempre, um plano B ou um azimute de fuga. Ou seja, eu, particularmente, não aposto todas as fichas em um único foco ou carrego todos os ovos em uma única cesta. Penso que quando se planeja, e não dá certo e não se tem um plano B, a pessoa se frusta, e muito. Bem, frustação é sempre horrível. Pense nisso. E a vida segue! Com cervejas! Geladas!