21 de dezembro de 2024

31ª Lei das 48 Leis do poder

Carlos Silva

Eu tenho o hábito da leitura. Gosto muito de ler e de aprender. Mas, prefiro os livros. De papel. Esta geração que perambula por aí foi criada no sistema do livro digital, e em pdf. Nada contra. Mas, apesar de certas facilidades oferecidas pela tecnologia, nada supera o prazer de carregar um livro, para lá e para cá, e sem depender de bateria carregada. Quanto a aprender, julgo que a única coisa na vida que cresce quando se compartilha, é o conhecimento. Algumas pessoas questionam ao dizerem que o estudo, por si só, não enriquece ninguém. Mas, experimente optar pela ignorância, então. E a definição de riqueza é muito relativa. Enfim! Dito isso, focando no livro As 48 Leis do Poder, que, na verdade, para mim, é um manual de boas e más maneiras de se alcançar o Poder, de qualquer jeito, me deparei com a 31ª Lei: Controle as opções: quem dá as cartas é você. As melhores trapaças são as que parecem deixar ao outro uma opção: suas vítimas acham que estão no controle, mas na verdade são suas marionetes. Dê às pessoas opções que sempre resultem favoráveis a você. Force-as a escolher entre o menor de dois males, pois ambos atendem ao seu propósito. Coloque-as num dilema: não terão escapatória”. Se pensarmos bem, vemos atitudes dessas todos os momentos, mesmo sem maldade ou interesses escusos. Mas, vemos sim. O mercado e a política são exemplos práticos e reais, e ambos fazem parte da nossa vida, pelo menos na cidade grande. Por vezes, invejo pessoas que moram em “colocações”. Alguns amazônidas sabem o que significa. Lá é uma vida dura, mas que só depende de você mesmo, e você não precisa de subterfúgios para alcançar o poder ou ter vantagem sobre o outro. Voltando ao foco deste artigo, o livro traz casos que envolvem desde Ivan, o Terrível, passa por Henry Kissinger, nos brinda com historietas de  Ninon de Lenclos e, também, de J.P. Morgan. Vale a pena ler o livro. E, fecho o artigo com essa primorosa passagem sobre a 31ª Lei: “ Na década de 1860, John D. Rockefeller decidiu criar um monopólio do petróleo. Se ele tentasse comprar as empresas menores, iam saber o que ele estava fazendo e reagiriam. Em vez disso, ele começou comprando secretamente as companhias de estradas de ferro que transportavam petróleo. Mais tarde, quando tentava comprar uma determinada empresa e encontrava resistência, ele lembrava que ela dependia das linhas de trem. Recusando-se a fazer o transporte, ou simplesmente aumentando as taxas, ele poderia arruinar o negócio deles. Rockefeller alterou o tabuleiro do jogo de tal forma que aos pequenos produtores de petróleo só restaram as opções que ele lhes oferecia.” E a vida segue ! Com cervejas ! Geladas !

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

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