Carlos Silva
No contexto do pacifismo latente em que vive o mundo, e falo de Saturno ou Urano, me vejo com dificuldade de expressar minha opinião sobre qualquer assunto que incendeie a roda de amigos. Ou não. Bem, eu inicio este artigo de forma mais imbecil que o normal, até. E isso não tem nada a ver com o escopo deste artigo. Meus dois ou três leitores que me perdoem. Mas, por favor, não fiquem com raiva deste articulista, que, apesar de idoso, erra muitas e muitas vezes na vida. Que bom! É um indicativo de que sempre estou aprendendo! No texto da 39ª Lei das 48 Leis do Poder, existem passagens muito interessantes e colhidas do mundo real da interação humana. Transcrevo uma delas: “ As pessoas zangadas em geral ficam ridículas, porque a sua reação parece desproporcionada. Elas levaram as coisas muito a sério, exagerando a mágoa ou o insulto que sofreram. São tão sensíveis às desfeitas que é engraçado ver como levam tudo para o lado pessoal. Ainda mais cômico é que elas acham que as suas explosões denotam poder. A verdade é exatamente o contrário: petulância não é poder, é sinal de impotência. As pessoas podem se sentir intimidadas durante um certo tempo com seus acessos de raiva, mas acabam perdendo o respeito por você. Percebem também que é fácil abalar alguém tão descontrolado.” Você já teve, na vida, um chefe que, por vezes, perdia as estribeiras, xingava todo mundo, tinha acessos de cólera, espumava de raiva, dava chiliques homéricos? Pois é! Eram fracos, com a personalidade fraca e se sustentavam com a fúria para mostrar poder. Um poder que realmente era nulo. Tive muitos gestores assim. Fracos. Mas, o foco da mencionada Lei diz assim: “ Agite as águas para atrair os peixes. Raiva e reações emocionais são contraprodutivas do ponto de vista estratégico. Você precisa se manter sempre calmo e objetivo. Mas, se conseguir irritar o inimigo sem perder a calma, você ganha uma inegável vantagem. Desequilibre o inimigo: descubra uma brecha na sua vaidade para confundi-lo e é você quem fica no comando”. Nada mais fácil que derrubar um chefe, ou diretor, ou gestor, ou seja, qualquer um que nos seja superior na escala, aproveitando-se dos momentos de explosão dele. E, atualmente, existe o argumento legal do Assédio. Isto faz com que essas pessoas pensem muito antes de perderem a razão contra um colaborador. No livro em tela, existe a passagem de Napoleão Bonaparte e Talleyrand. Muito interessante. Recomendo a leitura.” Se possível, não se deve tratar ninguém com animosidade. Dirigir-se a uma pessoa com raiva, mostrar o ódio com palavras ou expressões faciais, é uma atitude desnecessária, perigosa, tola, ridícula e vulgar. Raiva e ódio não se devem revelar senão no que se faz; e os sentimentos serão muito mais eficazes na ação, desde que se evite exibi-los de qualquer outra maneira. Só os animais de sangue frio têm a mordida venenosa.” Texto extraído do Livro. Concorda ou não? Bem, independente da sua opinião, ou da minha, a vida segue. E com cervejas. Geladas !