23 de novembro de 2024

3ª Lei das 48 Leis do poder

Carlos Silva

Hoje, 8 de janeiro de 2023, 18 horas e 10 minutos, e nada de novo sob o Sol, nem no Brasil e nem no mundo, e eu de férias, no sítio, isolado da Humanidade como um todo. E aproveito para digitar estas linhas. Evidentemente que as lições históricas, e realmente práticas, tratadas no livro do Robert Greene, se aplicam ao momento atual geopolítico mundial e, também, ao nosso dia a dia. E mesmo que não percebamos, julgo que todas as aulas do livro As 48 Leis do Poder são de uma realidade pura e objetiva. É lógico que não serve como dogma de procedimento na vida, mas, ao ler o livro, creio que adquirimos condições de nos precaver contra ações de nossos adversários, inimigos, concorrentes e amigos. Incluo os amigos, por força da aula contida na 2ª lei das 48. Mas, o livro, na minha visão, é um manual de boas práticas, para quem, assim, o decida. Mas, a 3ª lei diz: OCULTE AS SUAS INTENÇÕES. Diz, também, que não se deve, jamais, revelar o propósito dos seus atos, pois, se concorrentes não puderem perceber o seu objetivo, não irão preparar defesa adequada. Claro, que, na minha leitura, as atitudes lançadas no livro, nesse aspecto, se referem às performances em ambiente de trabalho, com disputa de cargos ou em disputas eleitoreiras, típico de regimes políticos que permitam o voto. O livro aborda casos históricos, como, por exemplo, a situação envolvendo o Marquês de Sevigné e Ninon de Lenclos, no Século XVII, como o caso, também, de Otto Von Bismark, em 1850, o caso do Duque de Marlborough, durante a Guerra da Sucessão Espanhola, em 1711, bem como a artimanha de Yellow Kid, de 1910, que forneceu, provavelmente, a ideia para o filme Golpe de Mestre e, também, a situação envolvendo Ras Tafari, entre 1920 e 1930. Não tenho o direito de tirar o seu prazer em ler o livro e, portanto, não me cabe detalhar os acontecimentos ocorridos. Mas, entre as várias sugestões que o livro apresenta, me chamou a atenção, por exemplo, que não se deve demonstrar, pela expressão facial, o que se julga sobre algo. Deixe seus concorrentes sempre em dúvida se você gostou ou não de algo. Tente, ser superior quando estiver fraco, e tente demonstrar humildade, quando estiver fortalecido. Aliás, Sun Tzu já dizia isso há muito séculos. Claro que, neste caso, do livro, humildade tem o sentido figurado. Mas, destaco uma importante lição para pessoas que estão em situação normal, não disputam cargos políticos, não esperam promoções, não estão tentando seduzir nenhuma paixão recolhida, enfim, muitos e muitos por aí. Existem pessoas que confundem sinceridade com honestidade. Vou fazer a minha leitura, fruto da minha experiência de vida, ao longo de 64 anos de estrada: ser sincero é falar o que realmente se pensa. É ser verdadeiro, pouco importa a quem doer. Claro, que se deve pensar se o momento é adequado e se a conjuntura favorece. Caso contrário, o silêncio é uma excelente arma. Na minha visão, a honestidade vai muito além de valores morais e éticos. Ser honesto, é realmente praticar, executar, fazer tudo que a sua sinceridade diz que faz. Enfim! Viva do seu jeito, e curta o bônus e suporte o ônus. E leia o livro. E a vida segue!

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

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