22 de novembro de 2024

A amazônia está queimando e secando – I

Atualmente o que se tem lido e ouvido sobre o Brasil, como sobre o comentário de um amigo Professor PHD, pós-doutorado, recém-concluído na França e que assistiu as Olimpíadas 2024, disse ele: “o Brasil passa por descrédito na União Europeia, haja vista representar 52, 1% do PIB (Produto Interno Bruto) da América do Sul , mas não exerce a hegemonia continental como deveria, reconhecendo ditaduras e com posicionamento dúbio sobre a ditadura na Venezuela, relativizando conflitos entre democracia e grupos terroristas, assim como desempenho pífio nas questões climáticas, deixando de ser uma potência ambiental, principalmente frente as queimadas nos biomas brasileiro, principalmente na Amazônia. Lamentável e bisonho papel diplomático em referência a uma ideologia fracassada no mundo.

A Amazônia em situação grave queima e seca com estiagem.

Como aponta a plataforma suíça de monitoramento do ar, IQAir, em agosto, a Amazônia Ocidental foi a região mais poluída do mundo, com fumaça de incêndios florestais colocaram região a frente de países como Índia, Paquistão e China, em termos de poluição do ar. Com os incêndios florestais intensificam a emissão de poluentes e a média de concentração de material particulado aumentando.

A Amazônia é realmente fundamental para o mundo, especialmente com os desafios de mudanças do clima. Todos têm que ter uma responsabilidade com a Amazônia.

E, não é uma questão-chave somente para quem é brasileiro ou da América Latina, além de termos um compromisso para proteger a Amazônia, mas oferecer alternativas que sejam também alternativas de vida digna para as pessoas que vivem na região, povos ancestrais, ribeirinhos, pescadores, homens da floresta, coletores extrativistas e demais.

Em agosto, Porto Velho (RO) teve o mês quatro vezes mais polido que no ano passado, o ar foi classificado como “perigoso”, grau mais alto de poluição, por sete dias. A plataforma suíça IQAir prevê que Porto Velho (RO), siga com o ar de “Insalubre” a “Muito Insalubre”  no período seguinte, com o calor e a baixa umidade do ar agravam os efeitos da poluição atmosférica. Nesta quinta-feira (05/9), a cidade está na faixa “muito insalubre”, com níveis de poluentes quase 36 vezes maiores do que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 5 µg/m3 (microgramas por metro cúbico).

Em Rio Branco (Acre) registrou índices duas vezes piores do que em comparação com agosto do ano passado. Nesta quarta-feira (04/9) chegou a ser a capital mais poluída do Brasil com níveis mais de 26 vezes acima do recomendado, pela OMS.

Observa-se que o corredor de fumaças de incêndios florestais em todo o Brasil que queima leva nuvens de poluição a centenas de quilômetros de distancia dos focos das queimadas.

Comentado anteriormente, no Brasil os biomas estão devastados, em todo o país há indícios do descaso do homem com a natureza, incêndios criminosos, práticas inadequadas de limpezas da terra, no meio urbano queima de lixos, etc, etc. A situação é tão caótica que a seca na Amazônia chega a ser maior de todos os tempos, pois na região da maior bacia hidrográfica do mundo há estações de seca (vazante) e cheia (enchente) dos grandes rios e afluentes. Além dessa seca na região da Amazônia, o Brasil queima  em diversas regiões.

Cientistas e especialistas climáticos consideram que a Amazônia é uma espécie de bolsão de umidade que a distribui para todo o território nacional. E, como acontece nessa grave seca e estiagem, falta umidade na região, com isso atingindo todo o território nacional e também impacta a economia do Brasil.

Quase todos os 62 municípios do Amazonas estão em estado de emergência, com quase a totalidade das comunidades rurais, ribeirinhas, indígenas e mesmo aquelas que vivem em áreas às margens de rios, igarapés e lagos, estão sofrendo de impactos desses fenômenos climáticos, sociais, econômicos, saúde, escolar, alimentícios e escassez de água potável.

Como todos sabem, essas populações dependem grandemente desses cursos de água, assim se explica que a crise não é apenas ambiental, mas a mais grave crise humanitária vivida atualmente na Amazônia Ocidental.

A capital do Amazonas, Manaus e sua população já sofrem os impactos desses graves fenômenos climáticos, como aumento de preços de alimentos primários regional, (peixes, farinhas, verduras – cheiro verde, legumes, maxixe, quiabo, couve, e etc, etc, etc, tubérculos, batatas, macaxeira), ondas de fumaças, doenças respiratórias principalmente em crianças e idosos. No Amazonas não é só a floresta e rios, fauna e flora, que pedem socorro!!!

 

 (*) Economista (UFAM), Engenheiro (UFAM), Administrador (UFAM), Mestre em Economia (FGV), Doutor em Economia (UNINI-Mx), Pesquisador Sênior, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

 

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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