24 de outubro de 2024

A amazônia está secando e queimando – III e o brasil também!

O índio chorou, o branco chorou… Todo mundo está chorando… Amazônia está queimando… ai, ai que dor… ai, ai que horror…   O meu pé de sapopema… Minha infância virou lenha… Ai, ai, que dor… Ai, ai, que horror… Lá se vai a saracura correndo dessa quentura… E não vai mais voltar… Lá se vai onça-pintada fugindo dessa queimada… E não vai mais voltar…  (1)

Não deixem meu rio secar… Agonizar e morrer… O que será desse mundo se o rio e a mata desaparecer… Não eu não vou devastar… Meu filho precisa crescer… A vida depende da vida pra sobreviver… Cadê pau pra canoa não tem… Nem madeira pro meu tapiri… A paca, o tatu e cotia fugiram daqui… Tem fumaça no ar… Está queimando meu chão… É preciso parar com tanta destruição… O homem perdeu o juízo, mas não a razão… Cadê peixe na mesa não tem… Nem farinha pro meu curumim… A vida depende da vida e não saio daqui… (2)

São duas importantes composições de toadas de Bois Bumbá de Parintins, nas quais os poetas compositores há mais de duas décadas já denunciavam esses desastres ambientais que a Amazônia e o Amazonas passavam e continuam passando com a seca e estiagem, desmatamentos e queimadas, resultando em ondas de fumaça por toda região. Contudo o Brasil não faz nada contra esse estado de situação de crises climáticas ambientais. Não apresentou nenhum planejamento estratégico contra os desastres ambientais climáticos, até hoje. Haja discursos, haja falação e o Ministério do Meio Ambiente não toma nenhuma decisão, continua apático! Vejam que o governo se propõem a cria mais uma nova estrutura – A Autoridade Climática!!! Para quê??? O que fará? Então?

O presidente do Brasil, Lula da Silva (PT) abriu a 78ª sessão da Assembleia Geral da ONU numa 3ª feira (19.set.2023) focando no combate à fome, a pobreza e as desigualdades e incluir os pobres nos orçamentos nacionais, ricos devem pagar mais impostos proporcionais as sua riquezas, racismo, intolerância, disse que estabeleceu uma robusta agenda amazônica e que o desmatamento na Amazônia reduziu 48%. Falou por 20 minutos em seu 8º discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, o 1º do seu 3º mandato. A reunião é realizada em Nova York, nos Estados Unidos. Lula disse que o país está de volta para dar a “devida contribuição” aos desafios globais. Afirmou do imobilismo que o FMI e o Banco Mundial fazem uma representação desigual. A Reestruturação da ONU se faz necessária. Disse que o BRICS surgiu para promover a cooperação de países emergentes e que trabalha em pró de um comércio global mais justo em um contexto de protecionismo dos países ricos. O neoliberismo agravou as desigualdades econômicas e politicas que assolam as democracias, seu legado é uma massa de deserdados e excluídos, em meio aos seus escombros, surgem aventureiros de extrema direita que negam a politica e vendem soluções tão fáceis, muitos sucumbiram à tentação de substituir o neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo conservador e autoritário. É fundamental preservar a liberdade de imprensa!!! O que vocês leitores acham disso tudo, é verdade no Brasil atual?

O presidente do Brasil, Lula da Silva fez em 24 de setembro 2024 seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. A assembleia anual começou com falas do secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, e do presidente da sessão, o diplomata Philemon Yang. Em seguida, Lula foi o primeiro chefe de Estado a discursar, seguindo uma tradição diplomática. Esta foi a nona vez em que Lula fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. Em seus dois primeiros mandatos, ele não discursou na abertura apenas em 2010. Basicamente se repetiu do que disse em 2023, e não cumpriu o que prometeu sobre a Amazônia, pois a situação do Brasil e da Amazônia em 2024 está bem pior. A Amazônia secando e queimando, assim como o restante do Brasil também. Ele somente alterou o discurso para tratar das guerras e culpou Israel pelo conflito no Oriente Médio, assim como, se decidiu pela criação de um Estado Palestino. Não fez nenhuma menção sobre os grupos terroristas HAMAS e Hezbollah, mas condenou as ações de Israel e seu primeiro ministro contra essas unidades terroristas.

Aqui no Brasil, o povo continua sendo engabelado pelas eleições de 6 de outubro próximo, deixando passar a boiada da Politica Fiscal (responsabilidade do Governo Federal – Ministério da Economia) e da Politica Monetária (responsabilidade do Banco Central do Brasil) depois da alta da taxa SELIC de 10,50% para 10,75% na semana passada (essa SELIC leitores é a taxa de juros básica que norteia a economia brasileira, teoricamente) Por que na realidade nada do que está em mercado (produtos e mercadorias, serviços , etc,) se norteia por essa taxa SELIC. Você é cliente e sabe como funciona o mercado, não existe nada com essa taxa, vejam os juros de cartão de credito!!! Poderemos tratar essas questões em outra oportunidade.

Como os especialistas projetam, no Brasil, com desemprego baixo e renda em alta impulsionam economia, mas pressionam a inflação por outro lado, que devem levar o Banco Central a elevar a taxa SELIC esse ano. Contudo, a inflação está sob luz amarela de atenção, como o IPCA (nosso principal índice de inflação ao consumidor) registrou alta de 0,38% em julho. O resultado mensal elevou o índice para 4,50% no acumulado em doze meses, acelerando em relação aos 4,23% registrados em junho 2024 – e atingindo o limite superior da meta da taxa do Banco Central (de 3,0%).  Ainda conforme os especialistas esse número de julho veio um pouco acima das expectativas dos analistas de mercado e foi impulsionado principalmente pelos preços de gasolina, energia elétrica e passagens aéreas. Com exceção de passagens aéreas (cujo preço tende a ter comportamento mais volátil), as principais elevações do mês refletiram variações já esperadas em preços administrados pelo governo, derivados de ajuste de combustíveis por parte da Petrobras e da mudança da bandeira tarifária de energia para “amarela” (diante do baixo nível de reservatórios hídricos no país).

O que mais incomoda os compradores de produtos nos mercados e feiras em geral, os preços dos alimentos seguiram em queda, revertendo à elevação observada em maio, mesmo na sequência da tragédia climática no Rio Grande do Sul.  Parte da explicação para a alta recente de produtos industriais resulta da uma moeda depreciada – ou seja, a a alta do dólar, mesmo com a recente valorização do real (R$), a moeda brasileira segue relativamente desvalorizada em relação à média histórica e seus principais pares de moedas emergentes. Parte da explicação para a alta recente de produtos industriais resulta da uma moeda depreciada – ou seja, dólar alto por aqui. Apesar da recente valorização, a moeda brasileira segue relativamente desvalorizada em relação à média histórica e seus principais pares emergentes.  A SELIC deve voltar a subir em setembro, terminando o ano em 11,75%. Se a inflação permanecer acima da meta e que a atividade econômica está em aceleração (em ritmo forte), acredita-se que o risco é de o COPOM  (Comitê de Política Econômica) ultrapassar essa previsão de taxa Selic a 12,00%, ao invés de interromper o ciclo de aumento antes de atingir esse nível.  Acorda meu Povo!!!

  • Lamento da Raça – Emerson Maia
  • A Vida depende da Vida – Tony Medeiros, Magno Aguiar

(*) Economista (UFAM), Engenheiro (UFAM), Administrador (UFAM), Mestre em Economia (FGV), Doutor em Economia (UNINI-Mx), Pesquisador Sênior, (CEA) Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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