Nílson Pimentel (*)
Nesse ano de 2023, o estado do Amazonas vivencia uma das maiores vazantes (estiagem) em seu sistema hidrológico ou na Bacia Amazônica, provocando impacto na vida de populações de diversos municípios e deixando inúmeras comunidades de ribeirinhos isoladas. É uma calamidade pública geral, afetando a saúde, a educação, a economia, a segurança alimentar, piorando a qualidade de vida daquelas pessoas que sobrevivem nos ambientes do interior do Amazonas. A Bacia Amazônica apresenta todos os anos esse fenômeno da natureza – a vazante (estiagem) – em seus grandes rios e afluentes da margem direita e da margem esquerda do grande Rio Amazonas, formando a “espinha de peixe” amazônico, alguns anos mais severa, outros anos menos severa, mas sua repetição é certa. Contudo, parece que os poderes públicos, municipal, estadual e federal não aprendem nada como a mãe natureza, pois a falta de um planejamento estratégico capaz de enfrentar tal fenômeno não se faz presente em nenhum ano. Todos os anos é a mesma lengalenga, correria atrás de recursos e ações na tentativa de solução ou minoração dos problemas causados por esse fenômeno natural. No mundo, em qualquer fórum mundial, quando se trata de CLIMA, a Amazônia está presente e chega a ser responsável pelas mudanças do clima na terra, mas governos do Brasil e dos estados amazônicos são incapazes de apresentar quaisquer planejamentos que tratem das águas, dos rios, das terras de várzeas, dos grandes rios como hidrovias, da logística de transportes de cargas e passageiros, do escoamento da produção dos ribeirinhos isolados, do abastecimento de alimentos e água potável, da assistência médica, etc, dessa imensa Bacia Amazônica. Faz anos e anos desse fenômeno natural que é a vazante e cheia dos rios da bacia Amazônica. O estado do Amazonas está isolado do Brasil por capricho ideológico ambientalista de determinados setores do governo federal (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE o qual excluiu do Novo PAC 2023 essa importante BR) que trabalha contra o Brasil e contra o Amazonas e Roraima, pois a BR-319 está para ser asfaltada e outras obras estruturais básicas (pontes, aterros, terraplanagem da pista, acostamento, bueiros. meios-fios, passagens áreas e subterrâneas ecológicas para animais, etc) há décadas, sem que as autoridades federais movam ações para tais ocorrências. Deixando em situação de emergência nesse tempo de grande vazante dos rios da Bacia Amazônica, mais de quatro milhões de habitantes. Atualmente, tempos difíceis para os Povos Amazônicos não se vê nenhuma ONG – Organizações Não Governamentais, existentes na Amazônia tomarem nenhuma atitude ou ação para minorar o sofrimento desse Povo. A vazante ou estiagem de 2023, como dizem os especialistas, agravada pelo fenômeno climático El Ñino, tem provocado inúmeros fatos e crimes contra a natureza, na semana passada, no Lago do Piranha, no município de Manacapuru, morreram toneladas de peixes e diversos botos, piorando a vida dos ribeirinhos daquela localidade, precariedade alimentar, de saúde pública, de abastecimento de água potável, de locomoção, perda dos plantios, etc, etc, etc . Para o Povo do Amazonas e de Roraima viver na Amazônia se tornou um verdadeiro “inferno” nesses tempos de grave estiagem e, ”aquela melancia” do ministério do meio ambiente do governo federal, mantem motivação ideológica ambientalista contrária aos Estados do Amazonas e Roraima, quando embarga projetos que contemplem a recuperação da rodovia BR-319, o único elo de integração desses estados ao Brasil. Todos sofrem com as mudanças climáticas, aumento de temperatura e, para piorar a situação da grave vazante (estiagem) dos rios amazônicos, na Região Metropolitana de Manaus, o Rio Negro que banha a capital do Amazonas e o Rio Amazonas estão secando muito rapidamente dia a dia, prejudicando o curso da vida das pessoas que vivem nos municípios e comunidades do entorno de Manaus, e ainda ocorrem queimadas provocadas por irresponsabilidades de diversas pessoas, encobrem a cidade de fumaça todos os dias. Há mais de 60 municípios nessas situações. É uma calamidade generalizada. As mudanças climáticas são transformações em longo prazo nos padrões de temperatura e clima. Essas mudanças podem ser naturais, como por meio de variações no ciclo solar e/ou por efeito estufa. Mas, desde 1800, as atividades humanas têm sido o principal impulsionador das mudanças climáticas, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás. Ressalte-se que a queima de combustíveis fósseis gera emissões de gases de efeito estufa que agem como um grande cobertor em torno da Terra, retendo o calor do sol e aumentando as temperaturas, causando mudanças climáticas incluem aumento do dióxido de carbono e metano. Isso leva ao aquecimento global e às mudanças climáticas generalizadas mundialmente. A Terra atualmente, está aquecendo mais rapidamente do que em qualquer outro momento registrado na história da humanidade. Também essas mudanças climáticas podem ser por desmatamento de florestas que também pode liberar dióxido de carbono, já os aterros de lixões é uma das principais fontes de emissões de metano. Visto o que está acontecendo, as consequências das mudanças climáticas agora incluem, entre outras, secas severas e intensas, escassez de água, incêndios acentuados e graves, aumento do nível do mar, inundações, derretimento do gelo polar, tempestades catastróficas e declínio da biodiversidade, como a mortandade de peixes e botos nos rios amazônicos, dentre tantas consequências nefastas ao homem. (*) Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador Sênior, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]