22 de novembro de 2024

A dimensão internacional da amazônia é maior que o governo do brasil 

Nilson Pimentel (*) 

Sem perder a elegância, tratar a grave questão daquela poluição visual, paisagística, ambiental da Bacia e do rio Tarumã-Açú para a cidade de Manaus é primordial que se tome algumas importantes decisões, ou pela Justiça ou pela Prefeitura Municipal da Capital. Manaus sendo uma das metrópoles da Amazônia Legal é caracterizada por ter os igarapés que cortam essa capital todos poluídos ambientalmente, visual e paisagística, não sendo possível se admitir que se polua também seu grande e último manancial de águas naturais que orna a cidade de Manaus, pois a magnífica orla do rio Negro que banha a cidade já está condenada à poluição, lixo por toda área, notadamente na frente daquilo que se conhece por “Manaus Moderna”. Todos (a sociedade, inclusive o Ipaam) sabiam, sabem e conhecem que quaisquer das atividades desempenhadas por aqueles flutuantes no magnífico Rio impactam negativamente esse único manancial natural de água límpida de Manaus. Como está não pode ficar, denigre completamente a função turística de Manaus, é feio paisagística e visualmente, afora sem contabilizar os impactos ambientais. Nada justifica poluir esse último manancial fluvial, nem socioeconômico, nem turístico ambiental para a capital que se quer turística. 

A Amazônia não é somente biodiversidade, a climatologia, a floresta, as árvores, os rios, os animais, os peixes, os minérios, as terras firmes e as inundáveis, porém o mais importante é o Homem Amazônico, os povos primitivos, o caboclo, o ribeirinho, o homem da floresta e demais habitantes que na região mantém residência permanente. É essa nossa visão, pontuam os economistas pesquisadores do CEA ( Clube de Economia da Amazônia) se a Amazônia tem toda essa importância geopolítica no mundo, não é por seus estoques de recursos naturais estratégicos que são cobiçados por países hegemônicos internacionais e pelos demais que almejam um equilíbrio ecológico climatológico mundial, como a última grande fronteira florestal mundial capaz de realizar o importante papel climatológico ambiental para o planeta terra. Por toda essa importância, a Amazônia Legal brasileira que representa cerca de 60% da Amazônia Internacional, se apresenta atualmente maior que o próprio governo, o qual não sabe o quê estrategicamente pode fazer com essa nossa Amazônia, ainda não apresentou nenhuma ação concreta, quer na Política, quer em projetos de Desenvolvimento Econômico, muito menos em prol do Homem Amazônico. O que deixou transparecer até o momento, o governo somente cobra dos países hegemônicos recursos para “salvar” a Amazônia e para “zerar” o desmatamento e “acabar” com as queimadas. No entender do pessoal do CEA, não poderia ser diferente dessa importância alcançada internacionalmente, a Amazônia possui o maior capital natural da terra, o qual é de um valor intangível. O Brasil precisa adotar posturas e decisões compatíveis com essa importância internacional e com esse imensurável valor. A Amazônia, principalmente, a brasileira, não poderá continuar a ser campo de garimpos ilegais, mercado barato de minerais, locus nativo onde os habitantes primitivos continuem morrendo abandonados, onde os caboclos amazônidas sobrevivam em precárias condições socioeconômicas e de saúde, vivendo em meio à riqueza absoluta. Assim, a Amazônia está a exigir do governo brasileiro posições que garanta a soberania nacional sobre o território e na utilização do manancial de recursos naturais em prol dos verdadeiros guardiões desse imenso bioma. Pelo que se tem visto a imposição global sobre a Região Amazônica, principalmente pela disponibilidade dos recursos naturais estratégicos, os quais poderão abastecer um novo padrão de produção inovativo mundial, como de carros elétricos, indústria de aviação, bionanotecnologia, indústria farmacêutica, dentre tantos outros setores, a Amazônia não pode mais permanecer nesse estágio de estagnação total no século 21. E, Professor, como se pode entender melhor a Amazônia internacional? É a referência que trata à região norte da América do Sul, compreendendo países que abrigam parte da Selva Tropical Amazônica, como:

Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, sendo que essa grande área representa 7 milhões de km² do território da América do Sul. Assim também, está localizada a maior bacia hidrográfica (água doce) do mundo, formada pelo Rio Amazonas e seus afluentes. A Amazônia Legal é a imensa área da floresta amazônica que pertence ao Brasil, sendo que se encontra 60% dessa floresta. Foi criada pela Lei nº 1.806/53, abrangendo os seguintes Estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima além de áreas de parte de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, tendo por objetivos econômicos, político e sociais que melhorassem a integração de planejamento para o desenvolvimento econômico regional, focando na valorização regional.(*) Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador Sênior, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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