22 de novembro de 2024

A intolerável burocracia

Imagine uma nação sem qualquer tipo de projeto, tanto para a economia,  como para a segurança e, acima de tudo,  para a educação e demais áreas que levem os jovens ao mercado de trabalho com conhecimento das novas tecnologias. Este país existe e seu nome é Brasil. 

 Estamos apontando um fato que exige e exigirá  sempre a adoção de medidas  concretas para combater a “eficiência” da burocracia. Chega de discussão medíocre e de omissões, vindas da incompetência dos despreparados que ocupam cargos públicos para preencher cotas de partidos políticos — sem possuírem nenhuma qualificação profissional, muito menos conhecimento da função.

A divisão ideológica ora existente, aliada ao ódio e à vingança, afasta o atual presidente e seus intolerantes  Ministros de uma discussão sadia para a criação de projetos duradouros que façam a nação crescer e oferecer ao povo educação de qualidade. No mundo atual, onde o conhecimento exige a celeridade  de um aprendizado sólido, ter escolas e faculdades  de ponta  é um dever impostergável. Hoje, quiçá com exceções, deixam muito a desejar; em razão do nível dos professores cada vez mais rasos. Criar uma política pública sólida  é consequência de vários estudos dos diversos mercados que passam longe do Senado e da Câmara, — eles agem na base do “toma lá, dá cá”. Por isso, várias ONGS têm visão e tiram proveito de realidades, no qual discutem temas com conhecimento de causa.

É, assim, lamentável termos uma sociedade acuada e vítima de armadilhas que  prejudicam a todos: jovens, empresários e investidores que daqui se foram. É histórico no  Brasil que o imediatismo  se constituiu num dos pontos negativos – o nivelamento por baixo só prejudicou o avanço e o acompanhamento da tecnologia em qualquer segmento produtivo. Um país que em dez anos cresceu somente 2% nada tem a oferecer aos jovens devido à mediocridade de seus governantes.

O atual quadro oferece inadequada formação aos jovens  por se encontrar afastado da economia verde, digital e  criativa. Priorizar a busca da educação profissional, contando com o talento dos jovens, poderá ser o início da nova era produtiva, a qual enterrará a estagnação do país.

O Brasil precisa de novos líderes  que tenham a visão do futuro para conduzi-lo a um patamar superior, sem depender da incompetência,  da ganância e de uma suposta “elite” de políticos sórdidos que lembram do povo somente no período eleitoral.

A falta de vontade para empreender mudanças sempre foi mortal por enfraquecer e alijar uma nação do mundo dos negócios. Tal fato aliado à polarização do atual cenário político está isolando o Brasil, com reflexos nos jovens —  sem  o direito a um futuro promissor. 

Mas a pior apatia para um segmento reside no STF — onde todos ignoram a triste realidade do povo que reprova a maioria dos  Ministros. O Brasil precisa de gestão e, por isso, tem razão o Ministro Haddad quando disse que “há necessidade de se ter agenda” e o presidente permanecer mais no país para enfrentar os problemas. 

O Brasil não pode depender da mediocridade personalíssima de um presidente que ignora o povo após enganá-lo e só pensa em atacar os cofres da nação com seguidas viagens onde tem sido ignorado por outros presidentes de várias  potências.  

Manaus, 19 de setembro de 2023

JOSÉ ALFREDO FERREIRA DE ANDRADE 

Ex-Conselheiro Federal da OAB/AM nos Triênios 2001/2003 e 2007/2009 -OAB/AM

Alfredo Andrade

é escritor e advogado, autor do livro Página Virada - Uma leitura crítica sobre o fim da era PT

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