Há séculos os indígenas nos ensinam a respeitar a Mãe Terra, e desde 1973, o Programa Ambiental das Nações Unidas nos lembra sobre a importância do Dia Internacional do Meio Ambiente, comemorado a cada 5 de junho. Este artigo aborda sobre a sabedoria de nossos ancestrais e sua comprovação científica, bem como faz um alerta e recomenda ações para ajudar a salvar nosso planeta e garantir um melhor futuro para nossos filhos.
Vista de qualquer ângulo do Universo, o nosso planeta é simplesmente lindo, pois de muito longe, ela aparece como um pequeno ponto azul suspenso no vasto vazio do cosmos, nos lembrando de que só temos esta casa, a Mãe Terra, a qual tem sido generosa e sábia para nos proteger de diversos perigos advindos de todas as partes do universo.
Chamo-a de Mãe Terra, bebendo da sabedoria de nossos indígenas, pois há séculos, eles possuem uma profunda conexão espiritual e cultural com o ambiente natural ao seu redor. Para muitas culturas indígenas a Terra é considerada uma entidade viva e sagrada, responsável por fornecer vida, proteção, sustento e abrigo para todos os seres vivos. Ao chamar a Terra de Mãe, os indígenas expressam profundo respeito e gratidão, bem como cultivam o saber de que os seres humanos fazem parte integrante do ecossistema global e estão interligados com todas as outras formas de vida, uma perspectiva holística ignorada por muita gente que se acha “inteligente”, mas que tem cuidado muito mal do planeta.
Do ponto de vista científico, há diversos estudos que deixam qualquer um de queixo caído sobre a maneira como o planeta tem se comportado por séculos, nos protegendo de diversas formas, sem que a maioria esmagadora da humanidade e demais seres vivos percebam.
Primeiramente, a atmosfera terrestre desempenha um papel crucial na nossa proteção, valendo a pena acompanhar os artigos e vídeos da NASA <https://bit.ly/3oNvX3Z>. Ela é composta por gases que absorvem e dispersam a radiação solar nociva, como os raios ultravioleta. A camada de ozônio, em particular, atua como um escudo contra os raios ultravioleta prejudiciais, protegendo-nos de danos à saúde.
Outra forma admirável de proteger tudo é por meio do seu campo magnético. Ele age como um escudo contra a radiação solar e cósmica, desviando partículas carregadas, como prótons e elétrons, que podem ser prejudiciais à saúde humana e aos sistemas eletrônicos. Neste link da NASA <https://bit.ly/45QFOXG> o cientista Alan Buis, do Laboratório de Propulsão a Jato, por meio de vídeos, mapas e figuras, argumenta que entre os quatro planetas rochosos do nosso sistema solar, a personalidade magnética da Terra causa inveja aos seus vizinhos interplanetários.
A gravidade da Terra também é essencial para nos manter seguros. Ela nos mantém firmemente conectados ao solo, evitando que sejamos lançados para o espaço devido à inércia. Isso é particularmente importante para nossa sobrevivência e o desenvolvimento de vida, já que nos permite reter a atmosfera e os recursos vitais necessários. E neste artigo científico <https://www.mdpi.com/1420-3049/26/9/2784>, os autores fazem uma reflexão sobre a influência da gravidade sobre a evolução das espécies e sistemas de vida humana.
Além disso, a localização da Terra no sistema solar também é favorável. Estamos a uma distância adequada do Sol, o que nos permite receber a quantidade certa de calor e luz para sustentar a vida. Essa distância moderada também nos protege de temperaturas extremas encontradas em outros planetas do nosso sistema solar.
Embora nosso planeta possa enfrentar riscos, como asteroides ou eventos climáticos extremos, os cientistas têm comprovado a sabedoria dos indígenas, a de que a Mãe Terra oferece uma série de mecanismos naturais de proteção para nos salvaguardar dos perigos do universo.
Apesar da Terra ter criado mecanismos naturais para manter as condições de vida ao longo de séculos, as ações da humanidade têm contribuído negativamente para enfraquecê-la e um artigo publicado no dia 31 de maio de 2023, na prestigiosa Revista Nature, faz um alerta urgente para nossas autoridades: a maioria (7/8) dos limites de segurança estabelecidos cientificamente já foram ultrapassados.
Assinam este artigo cinquenta e um cientistas, liderados pelo Doutor Johan Rockstrom <https://bit.ly/3gFtqlF>, do Centro de Resiliência de Estocolmo (Suécia), um dos cientistas mais renomados da atualidade, cujo principal trabalho concentra-se na pesquisa e entendimento dos limites planetários, no desenvolvimento sustentável e na busca de soluções para enfrentar os desafios ambientais globais.
Em grande síntese, desde 2009, os primeiros artigos do professor Rockstrom e sua equipe focaram em desenvolver os limites planetários considerados como pontos críticos que representam os limites de segurança dentro dos quais a humanidade pode operar para garantir a estabilidade do sistema terrestre. Seria o que chamamos em um chão de fábrica, de Controle Estatístico de Processos, em que são fixados parâmetros e limites para manter os processos produtivos controlados ao longo do tempo.
Os nove limites são Destruição do Ozônio, Perda da Integridade da Biosfera, Poluição Química, Mudança Climática, Acidificação dos Oceanos, Uso de Água Fresca, Mudança no Sistema Terrestre, Fluxo do Nitrogênio e Fósforo, Aerossol Atmosférico, e neste site é possível conhecer a evolução dos estudos <https://bit.ly/3OYFFLQ>, bem como a quantidade de fronteiras já ultrapassadas ao longo dos anos.
No artigo publicado na Revista Nature <https://bit.ly/3NeDLVN> os cientistas ligados a Earth Comission, se debruçaram a avaliar oito limites (clima, poluição do ar, contaminação das águas com resíduos e fertilizantes, reservas aquáticas subterrâneas, água doce superficial, ambientes naturais não construídos e meio ambiente) e uma edição da revista Veja <https://bit.ly/3CfVqX1> faz um resumo do artigo.
O fato é que sete dos oito parâmetros já foram ultrapassados, mostrando que nosso planeta está “doente” e afetando os seres vivos que moram nela. Sua cura envolve diversas medidas amplamente disseminadas pela comunidade científica, mas ainda ignorada por grupos políticos e empresariais que egoisticamente insistem em maltratar o planeta em nome do maldito lucro.
Entre as medidas que podemos adotar individualmente para ajudar a Mãe Terra estão, economizar energia em casa, caminhar, andar de bicicleta ou transporte público, comer mais vegetais, avaliar as viagens, reduzir, reusar, reparar, reciclar, mudar o sistema de fonte de energia em casa, mudar para veículos elétricos, plantar e cuidar das árvores, praticar voluntariado dando palestras, elaborando projetos sustentáveis para a comunidade, bem como cobrar de nossas autoridades por mudanças, pois temos pouco tempo para salvar o planeta e nossa espécie.