22 de dezembro de 2024

A missão de salvar vidas

Neste Artigo, quero honrar os Profissionais de Saúde no Brasil, nossos ‘heróis sem capa’, que não medem esforços em sua dedicação magnânima em prol do bem-estar da população, principalmente em tempos tão difíceis como o que estamos vivendo em virtude da pandemia da Covid – 19 em todo o Planeta. Estes guerreiros merecem o pleno reconhecimento por parte de cada um de nós. E quando faço esse destaque, estou me referindo, obviamente, a maioria absoluta deles; que honram os seus diplomas e o juramento que um dia fizeram. É preciso haver a plena consciência de que em toda e qualquer esfera da vida e do mercado de trabalho existem os bons e os maus profissionais. Por isso jamais podemos julgar uma comunidade tão valorosa em virtude de atos reprováveis praticados por alguns. É necessário sempre separar o ‘joio’ do ‘trigo’ e agir com justiça e isonomia.

 Em um dos períodos mais desafiadores pelo qual passa a humanidade, com uma pandemia de proporções inimagináveis nos dias atuais, o surto do novo Coronavírus veio para mudar as vidas de todas as pessoas, independente de nacionalidade, gênero, faixa etária, classe social…enfim, todos, em maior ou menor grau, tiveram suas vidas impactadas por esta situação generalizada. E na frente de batalha desta verdadeira guerra contra um inimigo invisível e altamente perigoso estão os nossos profissionais de Saúde, das mais diversas áreas de atuação: médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, fisioterapeutas etc.

E muitos deles tem enfrentado esta conjuntura sem o devido suporte e apoio governamentais, inclusive no que tange à ausência do fornecimento de itens básicos e obrigatórios de segurança, como os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) em momentos críticos da pandemia. É preciso atentar para a imprescindibilidade dos bons e dedicados profissionais frente a um contexto excepcional e devastador como o atual. Algumas pessoas podem até pensar assim: “- Ah, mas eles estudaram para isso e estão sendo remunerados; só estão cumprindo com as suas obrigações”. Mas não é bem assim. Sabemos, logicamente, que cada um deles aceitou abraçar esta missão de vida e fez um juramento público, que é de salvar outras pessoas através da medicina, da enfermagem e/ou de outras áreas correlatas; todavia, eles também são seres – humanos que, assim como todos nós, tem receios, anseios e temores, especialmente pela vida deles também e de seus familiares, principalmente por pelo vírus da Covid ser altamente contagioso. Tenho amigos da área da saúde e sou testemunha do empenho e do amor com que eles desempenham os seus trabalhos e do quanto sofrem quando não conseguem ajudar a salvar algum paciente. 

E essa dedicação não é somente em um momento aterrador como o que estamos vivendo agora, mas é durante toda a jornada de atuação deles, especialmente daqueles que labutam na área de saúde pública. Seja no apoio pessoal a pacientes ou no suporte emocional dado a familiares-acompanhantes, a luta destes profissionais muitas vezes excede às suas atividades de ofício; que por si só, já carregam muitas dificuldades, ainda mais neste período de surto pandêmico de um vírus ainda não totalmente conhecido pela ciência e que no Brasil ocasionou o colapso do sistema de saúde (público e privado) em diversos lugares, pois não foi possível comportar a demanda de tantas pessoas que precisaram e precisam de atendimento em decorrência de complicações pela Covid – 19. E para piorar, o problema da lotação nos hospitais é majorado pela irresponsabilidade e inconsequência de um grande número de pessoas que não respeita as orientações das autoridades sanitárias e não cumpre as medidas de profilaxia que podem ajudar a evitar a proliferação maior do vírus e, consequentemente, o número de internações e óbitos (como o uso de máscara facial de proteção, a não realização de festas e aglomerações, a higienização frequente das mãos, entre outras ações).

 Portanto, quero externar neste artigo o que sempre tenho feito em minhas manifestações públicas: Meus aplausos e reconhecimento àqueles que honram à missão ímpar que têm enquanto profissionais de saúde, se dedicando integralmente na missão de salvar vidas. Também faço questão de relatar uma experiência pessoal que tive, onde pude contemplar a atuação profícua dos guerreiros que estão na linha de frente da vacinação em Manaus/AM; que têm demonstrado todo o cuidado, o empenho e a empatia indispensáveis para quem trabalha na área do bem-estar físico e emocional dos demais. Tive a satisfação de levar meus pais e avó para serem vacinados (de acordo com o calendário de imunização e faixa etária devida) e fiquei muito satisfeito com o atendimento prestado no Posto de Vacinação que funciona na Universidade Paulista – UNIP. Uma equipe aguerrida, atenciosa, educada e solícita. 

Enquanto existem por aí alguns criminosos travestidos de profissionais da saúde, que agem de forma ilícita e fraudulenta, inclusive enganando pessoas na hora da aplicação da vacina (para esses deve haver a devida e exemplar punição, dentro dos parâmetros e rigores da Lei); a maioria esmagadora é formada por aqueles que dignificam suas profissões e atuam com decência, retidão, honradez e que muito nos orgulham. E estes ilibados profissionais da saúde brasileira precisam e merecem ser respeitados, valorizados e apoiados, verdadeiramente, pelas instituições (públicas e privadas) e por todos nós, cidadãos.

Lisandro Mamud

Lisandro Mamud é administrador, pesquisador em Inovação, Tecnologia e Educação do Núcleo Educotec (Ufam)

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