Com o cenário pandêmico mundial existente a partir de 2021, o setor de saúde enfrentou diversos percalços para conseguir se adaptar às necessidades dos pacientes e para diminuir o impacto em sua estrutura. E diante disso, a implementação da tecnologia na saúde foi um marco importantíssimo. É certo que o surto de Covid-19 destacou a importância da digitalização do setor e a necessidade de integração da tecnologia para facilitar o tratamento dos pacientes em geral. Por isso que as diferentes soluções de inovações estão causando um grande impacto até agora, pois, de todas as indústrias afetadas, a saúde foi a área que mais precisou se adequar digitalmente.
Com os avanços tecnológicos, a adaptação deste setor foi algo prioritário. As grandes demandas de acesso à saúde fizeram com que essas inovações se tornassem um marco para que o setor de saúde continuasse oferecendo seus serviços. Como já discorremos anteriormente em outras oportunidades, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tecnologia na saúde é a “aplicação de conhecimentos e habilidades organizados na forma de dispositivos, medicamentos, vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos para resolver um problema de saúde e melhorar a qualidade de vida”. O âmbito da tecnologia na área da saúde pode ser entendido como um leque de ferramentas, dispositivos, softwares e sistemas direcionados a obter eficiência, precisão e efetividade, de forma a promover o bem-estar, prevenindo e tratando as doenças.
À medida que as tecnologias continuam a evoluir em nosso planeta, as formas tradicionais de cuidados com a saúde vão sendo substituídas. Na atualidade, é explícito e notório o crescimento da tecnologia em saúde, com grandes investimentos sendo feitos e até mesmo com o surgimento de novas empresas para dar suporte na movimentação financeira deste setor. Temos visto que ao mesmo tempo em que a esfera de saúde enfrenta novos desafios, as soluções de tecnologia vêm para auxiliar profissionais ligados a área, assim como a gestores. A implementação de novas ferramentas tecnológicas no setor de saúde tende a melhorar o desempenho operacional das instituições médicas. A automação dos processos e a agilização da coleta e análise de dados, por exemplo, nos trazem que a tecnologia pode melhorar a eficiência dos serviços, proporcionando diagnósticos mais rápidos e precisos, tratamentos eficazes e uma melhor coordenação das equipes de saúde. A tecnologia desempenha um papel crucial no desenvolvimento de tratamentos inovadores. A inteligência artificial, por exemplo, é utilizada para personalizar tratamentos, aumentando a eficácia e reduzindo os efeitos colaterais por ventura existentes. A robótica também já se faz presente em cirurgias, permitindo procedimentos menos invasivos e uma recuperação mais célere. Com este progresso no campo tecnológico foi possível também modernizar os métodos de diagnóstico por meio de avançados equipamentos e softwares. Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), são mais exatos e menos invasivos, permitindo inclusive prognósticos de doenças e/ou condições médicas. Há também as análises laboratoriais, que foram aprimoradas com uma alta velocidade, garantindo resultados mais acelerados e fidedignos.
A nossa Carta Magna de 1988 traz a saúde como direito de todos e dever do Estado. Mesmo assim cabe aos gestores da saúde identificar as reais necessidades da população neste aspecto, avaliando assim o grande número de tecnologias oferecidas pelo mercado e priorizando a inclusão das principais inovações na saúde pública. Neste caso é preciso que haja uma visão holística por parte dos agentes públicos e daqueles que lideram esta vertente tão essencial na sociedade, para que as inovações não se restrinjam ao setor privado, mas sim venham a contemplar os indivíduos de maneira geral e plena, como uma política pública de estado, para que todos os cidadãos possam ser beneficiados com o acesso a estas inovações tão importantes e necessárias no que tange ao bem-estar da população.
