22 de novembro de 2024

Adeus e até nunca mais, Adenor Leonardo Bacchi 

Carlos Silva

Vou digitar outro artigo sobre a seleção brasileira de futebol na Copa de 2022. Substantivei, propositalmente, o nome da instituição para esclarecer a minha revolta com o resultado pífio, durante o evento. E, como não sou, nunca fui e espero nunca ser amigo do técnico, não vou chamá-lo pelo apelido. E por ser mais velho, não vou chamá-lo de senhor. Na verdade, ao longo dos meus 64 anos, assisti, na TV,  três seleções brasileiras: a Seleção de 70, 94 e 2002. Sim, para este torcedor, Seleção é aquela que ganha Copa. As outras, bem, são as outras. O nosso país está em um momento político extremamente difícil. Não se sabe o que vai acontecer. E, de fato, precisávamos de uma alegria que nos unisse, independentemente  de ideologia: bastava ganhar a Copa. Mas, não, os garotos que você escolheu nos deram átimos de esperança e vibração. Mas, perderam. Não sei como jogar futebol, não tenho capacidade de entender os meandros do mundo do futebol e nem me interessa aprender. Isso é problema seu e do time. Por isso, vocês ganham milhões e milhões de dólares. Eu sou apenas o motivo do seu dinheiro: sou torcedor ! Espero que você entenda, um dia, e os seus times também, que vocês trabalham para nós, torcedores. Vocês não trabalham para marcas e produtos. Somos nós que vibramos e odiamos, torcemos e desprezamos. E daí? É do jogo! Torcedor não tem a menor obrigação de entender e de perdoar nada, ainda mais quando não trazem a Taça. Dia desses eu li algo que, aparentemente e não sei se foi verídico, foi uma discussão entre Romário e Zico, sobre jogador de Seleção e jogador de time. Bem, concordo com o Romário, pois jogador de Seleção, que ganha uma Copa, é o ponto mais alto da cadeia alimentar. Ou outros, bem, são os outros. E para mim, o Zico foi algo grande e respeitado até perder aquele pênalti em 1986. Ali, acabou a admiração. E não adianta me questionar se eu não sei o que ocorre na dinâmica de campo, nos pormenores políticos e outras baboseiras. Isso não me interessa. Sou torcedor e os jogadores vão do Céu ao Inferno em questão de nano segundos. Sim, isso mesmo. E daí? Eu não tenho a menor obrigação de ter peninha, de ser compreensivo, nada disso. Eu quero é a Taça. E pronto! Ganhou a taça, são  meus heróis. Não ganhou, a vida segue e aguentem a cobrança. Aproveitando, nada mais inócuo e inútil que comentaristas de futebol, ex-jogadores que comentam as Copas e nunca ganharam a Taça. Respeito os times de 70, 94 e 2002. Os outros, vida que segue. Dessa vez, e já vi muitos momentos iguais, em 74, 78, 82, 86, 90, 98, 2006, 2010, 2014, 2018 e agora. Sofri em todos esses anos e períodos. Mas, a vida seguiu. Mas, além do time ter produzido uma enorme decepção a mim, pelo menos, alguns pediram desculpas nas redes sociais. Menos mal, mas, não tem o meu perdão. Que caiam no ostracismo e aqueles que prosseguirem defendendo a Amarelinha, que tragam a Taça. Só isso ! O resto, não me importa se o jogador é traficante, bêbado, cretino etc. Me importa é ganhar a Copa. Quero jogador de futebol e não meninos mimados e educadinhos.  Mas, quanto a você, ex-técnico, me lembrou o Dunga quando, na nossa derrota, fugiu para o vestiário. Bem diferente de Maradona, que ficou em campo abraçando e consolando cada um dos jogadores do time deles. Por fim, quero elogiar, parabenizar e agradecer pelas palavras da nossa jogadora de vôlei Ana Paula Henkel, a respeito de sua total falta de espírito esportivo, ex-técnico. Adeus, mesmo e até nunca mais ! E já vai tarde !

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

Veja também

Pesquisar