21 de dezembro de 2024

Amargar

Vivemos num globalismo fragilizado e ineficiente. Afinal são seres “humanos“ que se opõem, conduzindo o inocente povo às valas de cemiterios antes abandonados. Mataram civis de todas as idades e menores que tinham um futuro pela frente. Os interesses individuais, porém inescrupulosos, falaram mais alto no primeiro momento, até porque a frieza integra o âmago daqueles que sempre se sentiram poderosos. Obcecado pela destruição de uma Nação o presidente russo assumira todos os riscos, sem estimar as consequências que seu governo sofreria, muito menos  seu povo, a começar na área econômica e depois  na dos esportes, etc. De nada adiantara ter a Ucrânia recebido um tipo de apoio “moral” de um Ocidente fragilizado e perdido no tempo, até porque não se combate com computadores, mas com armas; bem como não se deve confiar em ditadores; dado seu elevado grau de desonestidade. Esperar a verdade da China e da Rússia é o mesmo que acreditar em “Papai Noel”. O ocidente  se enfraquecera e seus povos se deixaram levar por falácias como se crianças fossem. Conhecer a realidade é  não se afastar das armas, pois somente com estas cada Nação oferecerá a liberdade a seu povo; evitando a humilhação e a morte de idosos e menores indefesos. Alemanha, França, USA e outros tinham o dever de impor à Russia o imediato “cessar fogo” mas se omitiram; confessando, implicitamente, que não conseguem enfrentar a China, cujo Presidente não reune credibilidade. Há décadas que o mundo é outro porque estas duas Nações se fortaleceram, enquanto o Ocidente na sua ingenuidade se enfraquecera; abrindo espaço para  que essa mudança vingasse, a ponto da Rússia pretender eliminar a Ucrânia do mapa sem motivação alguma. Ver Paris, Berlim e outras capitais enfeitarem vários pontos turísticos com  as cores da Ucrânia é o reflexo da fraqueza  e da omissão de um ocidente debilitado. A lei do mais forte retornara mas com outro objetivo: o de conquistar novos espaços; destruir povos inocentes com bombas atômicas; agregar novos  territórios e impor  ideologias fracassadas. Ao se afastar da “razão” o ser humano se aproxima de um animal silvestre  que mata o outro pelo prazer de eliminá-lo como se fosse  adquirir uma liberdade de ir e vir ou de expressão o que nunca existira na atual Rússia. O mundo  carece de sensibilidade, da união e da presença da família para que nossos netos saibam que só há PAZ onde existir educação, respeito e amor ao próximo. E o povo brasileiro vai encarando as pragas que assolam a humanidade: guerra e a pandemia.  Porém, todas as nações livres e independentes tem o dever de declarar ser inaceitável a atitude da Rússia, a qual fere um  dos pilares da ordem internacional.

Prever a invasão, criando um quadro sangrento de consequências significativas para o mundo nunca fizera parte do bom senso e da racionalidade  de Putin. O povo da Ucrânia não merece sofrer as consequências de um delinquente já ultrapassado no tempo; um ditador alucinado que agora isolara seu povo do mundo. Se de um lado temos um povo ucraniano patriota e corajoso, de outro um Putin que não para de derramar sangue, respirando o ar de seu orgulho pecaminoso. Sofre a economia mundial, mas a Rússia terá o embargo que merece, sem contar com o boicote já existente há semanas. Com a palavra a omissa OTAN; até porque as lideranças mundiais nada fizeram para coagir a Rússia a cessar seus ataques que já atingiram familias, idosos e menores. Diante desse genocídio a Polônia se destaca por já ter recebido mais de um milhão de ucranianos que ao adentrarem o território polones ouviram: “agora vocês estão seguros”. A solidariedade de muitas nações é visível, mas não o suficiente para atender as necessidade de mais de um milhão de pessoas expulsas de seus lares. Afinal, já se foram quase duas semanas de bombardeio covarde. Armas não se confundem com liberdade mas o mundo assistir silente a derrocada de um povo é revelar uma insensibilidade vergonhosa. A independência  de uma Nação fora enterrada porque você não compra a vida, nem a felicidade oriunda da LIBERDADE.

Alfredo Andrade

é escritor e advogado, autor do livro Página Virada - Uma leitura crítica sobre o fim da era PT

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