As palavras iniciais e corretas do governador Wilson Lima sobre o AGRO familiar e empresarial, o que mais emprega, o que mais chega no interior, o que mais envolve a família, não bate com a ausência do titular (evento agendado faz tempo) e/ou de representante da Secretaria Estadual de Meio Ambiente no lançamento do maior evento AGRO do Estado, e do lançamento de uma obra espetacular, gigantesca que leva o nome do Dr. Eurípedes Ferreira Lins. Se o evento não fosse do AGRO, ou se fosse em Dubai, Alemanha, Estados Unidos, Noruega, Reino Unido, certamente a área ambiental do Amazonas estaria na primeira fila, a do gargarejo, batendo palma, só sorrisos e de olho nos euros e dólares, como vem sendo feito desde 2003 e com péssimos resultados. Nosso povo já está chegando a 60% na extrema pobreza. Lembrei o Cazuza! “…Vejo o futuro repetindo o passado, um museu de grandes novidades…a tua piscina está cheia de…”. Felizmente o tempo não para, e a esperança de mudanças reais continua. O povo pobre do Amazonas merece mudança!
No lançamento da 45ª Expoagro 2023 procurei, mas não vi o titular da Sema, da área ambiental. Isso está muito errado! O governador deveria obrigar a presença, pois não existe AGRO sem a área ambiental. Ou será que o discurso de sustentabilidade não existe? Estive lá, e quando fiquei, do nada, ouvi comentários de que o licenciamento ambiental não anda no Amazonas e por isso continuamos nos últimos lugares no acesso ao crédito rural. Fico impressionado com o poder da área ambiental no Amazonas. Mandam e desmandam, fazem o que querem desde 2003, 20 anos. E a pobreza só aumenta por aqui. Foi assim com Eduardo, Omar, Melo, Amazonino, David e agora o Wilson. Não entendo esse prestígio, ou será que entendo? Temos 97% de florestas intactas, zero centavo no bolso de REDD+, crédito de carbono, concessão de floresta e um bolsa floresta de miséria e para poucos. Com esse desastre de renda ao guardião da floresta, porque uma ONG continua mandando no Estado? Só pode ser pela captação de recursos internacionais, mas com a pobreza só aumentando valeu a pena? Vamos dar vez aos doutores da Ufam e UEA. Nem ZEE eles fizeram, e os 24 deputados estaduais calados. 2026 vai chegar, eu vou lembrar! Voltando ao evento de sábado passado, evento do AGRO, não vi a Sema, não vi o Ipaam, não vi nenhuma ONG especializada em “bioeconomia” e “combate ao desmatamento”, não vi a FAS, IPE, Idesam, Imazon, Imaflora, ISA, as campeãs do dinheiro do Fundo Amazônia. O dia 18/11, que teve a primeira-dama e o governador, já estava agendado faz tempo. Sem o titular, sem representante e sem discurso na abertura da área ambiental do maior evento AGRO do Amazonas é inaceitável. Sempre foi assim e continua do mesmo jeito. Eles mandam!
Resultado = 60% com fome no AM preservado
Agora, se o evento fosse na Europa, Estados Unidos ou em Dubai, aí sím, lá estariam na primeira fila. Repito, não existe AGRO sem ÁREA AMBIENTAL, mas qual a razão deles sumirem nesses momentos AGRO do Amazonas? Cadê o ZEE? Os R$ 78 milhões da FAS para bioeconomia sequer apareceram no lançamento da Expoagro. Se eu fosse o governador, o discurso de abertura dos eventos AGRO no Amazonas seria feito pelo secretário de Meio Ambiente por razões óbvias, depois vinha a Sepror e demais parceiros. Tudo está ligado, ou não? Se viram, faço questão de divulgar fotos e trechos do discurso da área ambiental.
22.10.2023Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]
