18 de novembro de 2024

Baby Boomers, X, Y, Z, Alpha

Desde sempre, todos nós convivemos, voluntariamente ou não, com o contexto do “conflito de gerações”. Os mais velhos querendo impor a realidade em que viveram outrora, aos jovens que chegaram agora no barco da vida. E a molecada de hoje, querendo que a velha guarda faça vídeos em plataformas digitais e outras quinquilharias modernos, as quais resolvem problemas que não tínhamos anteriormente. Na verdade, é o estado da arte de criar problemas para vender soluções. Mas, a minha geração, no universo dos 70 anos, que é, hodiernamente, intitulada de geração Baby Boomers(explosão de bebês), vivenciamos as repercussões do fim da 2ª Guerra Mundial, e “saboreamos” a chegada do Homem à Lua, guerra do Vietnam, a TV a cores (era assim que chamávamos), o rock e muitas e muitas coisas. E tudo sem celular, sem smartphones, sem Internet, sem computador. E foi uma vida maravilhosa, mesmo. Fomos criados na areia, na terra e na chuva. Se compararmos a nossa rusticidade na vida com essas gerações atuais, simplesmente não há comparação. Somos muito melhores! Mas, também acompanhamos o início das revoluções tecnológicas nas Comunicações e na Medicina. E foi, e está sendo, e será, muito rápido. Ganhamos muito em acessar facilidades que não tínhamos e nem sabíamos que precisávamos. Hoje, as gerações chamadas de X, a patota que chegou no trem logo depois da minha, e curtiram muito do meu tempo ainda, e ainda possuem um pouco de resiliência para sobreviver. Depois veio a tal da geração Y, também conhecida como Millennials, dos meus filhos mais velhos, que já viram a Internet, discada, e outras parafernálias diversas. Bem, nos anos 70, na graduação, estudei as linguagens Fortran e Cobol e os computadores eram tratados como Sua Alteza Real. E, no Científico, atual Ensino Médio, me deliciava com as aulas de Latim. E você sabe o que é Barsa? Era o sonho de consumo dos CDF, hoje chamados de nerds. E a geração Z, mais jovens ainda, da mesma época do meu filho caçula. Esses já viram a queda das Torres Gêmeas. E a geração Alpha, dos meus netos. Aliás, a minha neta, aos 5 anos, já produzia vídeos em plataformas por aí. Mas, de fato, o ser humano evoluiu? Não ! Mas, não mesmo ! Fazemos sexo do mesmo jeito que os homens das cavernas, defecamos, urinamos e nos alimentamos da mesma forma. Sim, a culinária evoluiu, mas o alimento base é o mesmo, apesar de termos as alterações da biotecnologia. E as guerras? Mudaram? Não! Continuamos a matar e morrer, e pouco importa a arma usada, porque o fim é o mesmo. Mas, a vida segue ! E com as cervejas, do meu tempo: geladas!

Carlos Alberto da Silva

Coronel do Exército, na Reserva, professor universitário, graduado em Administração e mestre em Ciências Militares

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