23 de novembro de 2024

Cactos e Tubarões

Conheci Mayanna Velame por ocasião do lançamento do seu livro Cactos e Tubarões no Flic – Festival Literário do Centro, em abril desse ano.

Como estávamos na mesma mesa para lançamento de nossas obras – eu para lançar Filhos da Quarentena – acabamos trocando de livros.

E aí, devido os inúmeros compromissos escolares e acadêmicos, à leitura do livro Cactos e Tubarões acabou entrando para uma lista de espera.

E eis que no começo de julho, quando viajei para São Gabriel da Cachoeira, o livro Cactos e Tubarões foi o meu companheiro de viagem.

No hotel, com tempo livre de sobra, li de um folego só o livro de Mayanna Velame e tomei a liberdade de escrever as notas seguintes.

Antes, porém, quero lembrar a todos que não sou crítico literário, tão pouco sou resenhista, sou apenas um leitor apaixonado por bons livros.

  1. Cactos e Tubarões é um livro de nanocontos que prende o (a) leitor (a) da primeira à última página porque é leve, atraente e profundo.
  2. O livro Cactos e Tubarões começa com uma provocação filosófica interessante: “Abrace os cactos e nade com os tubarões”. Quem se arrisca?
  3. Eu me arrisquei e o livro atravessou a minha vida, tudo nele me tocou profundamente, principalmente porque a sua escrita é bela.
  4. O livro todo transita entre o real e o imaginário, levando o leitor a concluir que é possível abraçar os cactos e nadar com os tubarões.
  5. Lendo estes nanocontos de Mayanna Velame podemos aprender sobre a beleza da poesia, das palavras e a simplicidade da vida.
  6. Mas também a emoção que sentimos ante o deleite de uma boa conversa: “Toda vez que converso com meu silêncio… mudo”.
  7. Ou quando nos valemos de uma filosofia prática: “Ao se defrontar com o inimigo, o combatente pensou: atiro, logo existo”.
  8. Cactos e Tubarões é um pequeno grande livro que deve ser incorporado na lista dos mais expressivos livros de nanocontos da atualidade.
  9. Deve ser lido por todos, crianças, adolescentes, jovens, adultos e deve estar em todas as bibliotecas do Amazonas, do Brasil, quiçá, do mundo.
  10. É um livro que nos faz refletir sobre o afastamento da humanidade do caminho do bem: “Caim matou Abel e a humanidade matou a Deus”.
  11. Um livro que escancara as nossas decepções amorosas: “Cada carimbo em seu passaporte, simboliza um amor deixado para trás”.
  12. Ao ler este livro, ninguém está livre de ser fisgado pelos espinhos dos cactos e nem de ser devorado pelas garras dos tubarões.
  13. Cactos e Tubarões eterniza o poder de dizer muito em poucas palavras e desafia os tagarelas de plantão a silenciar-se.
  14. Lendo este livro, algo me tocou profundamente, a ponto de escrever o que estou escrevendo agora, haja vista que não sou crítico literário.
  15. Talvez tenha sido a metáfora dos cactos com seuscorpos suculentos e cheios de espinhos, prontos para afastar os insetos indesejados.
  16. Ou os tubarões com suas garras afiadas, prontos para devorar suas presas indefesas, como somos todos nós, amantes de um bom livro.
  17. Cactos e Tubarões é um livro de celebração da literatura amazonense, em defesa da escrita e da simplicidade.
  18. Por fim, Cactos e Tubarões eterniza o poder da síntese de Mayanna Velame, uma escritora amazonas que veio para ficar.

O livro pode ser adquirido diretamente com a autora pelo Instagram @mayannavelame ou nos sites da Amazon ou Editora Litteralux.

Luís Lemos

É filósofo, professor universitário e escritor, autor, entre outras obras, de "Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente", Editora Viseu, 2021.

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