O motivo é simples, sem essa exclusividade, sem esse conhecimento do setor primário, estamos perdendo vários programas, políticas e ações que acabam beneficiando outros estados. A mais recente prova disso foi que deixaram, a nossa bancada federal deixou o governo federal diminuir o preço mínimo do pirarucu de manejo. Um absurdo! Descaso com nossos pescadores que tiveram aumento no custo em todos os itens ligados ao manejo.
Portanto, em outubro de 2022, vamos eleger 8 (oito) deputados federais e um (01) senador. Então, teremos mais uma oportunidade para acertar muito mais do que errar na escolha dos nomes. Trabalhei anos no governo federal, portanto, conheço dezenas de programas, políticas e ações para a agropecuária do nosso estado que não estão sendo priorizados pela nossa bancada federal. Não temos em Brasília, parlamentares com DNA exclusivamente do setor primário. É o momento de todos os atores envolvidos com o setor primário, com o agronegócio familiar e empresarial, com a agropecuária local, escolher deputados e senador ligados, preocupados, focados, de fato, na soberania e na segurança alimentar e nutricional do nosso povo.
É o momento de votarmos em candidatos que defendam a produção de alimentos no Amazonas. É o momento de votarmos em candidatos que defendam o setor que vem dando certo no Brasil e que vem sustentando a economia nos momentos mais difíceis. Estou falando do agronegócio familiar e empresarial.
É o Amazonas do AGRO sustentável que vai acabar com o percentual elevado de famílias que passam fome na capital e no interior, com o baixo IDH, com a alta desnutrição, e com os 71% de residências com algum grau de insegurança alimentar e nutricional. É o Amazonas do AGRO sustentável que vai, de fato, gerar emprego e renda no interior, ou seja, fazer com que a tão falada “interiorização do desenvolvimento” saia do papel, do discurso, e seja realidade.
Nosso setor precisa aumentar a representatividade no legislativo federal, e também no estadual, é muito importante, é estratégico para avançarmos em algumas pautas. Já chega de deputados federais e senadores que ignoram o nosso setor, que ignoram a importância do produtor rural, que só pensam em saúde, educação e segurança, mas esquecem que é a produção rural, o emprego, o alimento saudável que garante menos idas ao hospital, maior presença em sala de aula e menos insegurança.
Nosso setor primário precisa de mais espaço, de mais representantes no legislativo federal. Reconheço que os deputados federais Alberto Neto (este muito mais), Átila e Sidney ajudaram, mas não foram exclusivos, defendem e conhecem outros setores. Precisamos de mais vozes pra mostrar que o Amazonas não está pegando fogo, apesar de alguns insistirem em divulgar fotos que não traduzem a realidade do nosso estado. Vozes para cobrar o Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE e acabar de vez com essa novela que já passa de mais de uma década. Vozes para cobrar agilidade na dispensa e/ou licenciamento ambiental. Vozes para cobrar o uso de satélites, de tecnologias em benefício do produtor rural, não somente para multar. Vozes para cobrar a tão falada regularização fundiária. Vozes para cobrar que o preço do milho da Conab não seja o maior do Brasil. Vozes para cobrar que a subvenção federal chegue ao extrativista. Vozes para cobrar o acesso aos bilhões do crédito rural. Vozes para divulgar o recente depoimento do atual superintendente da política federal afirmando que não é culpa do produtor rural o desmatamento. Vozes para cobrar remuneração por mantermos a floresta em pé. Até hoje, só discursos bonitos, termos bonitos, mas dinheiro no bolso de quem verdadeiramente manteve em pé ainda é ficção. Vozes para cobrar no legislativo a adesão ao PAA, pois até agora só cinco municípios aderiram (Manacapuru, Autazes, Urucará, Santo Antonio do Içá e Careiro Castanho).
Hoje, na “Compensa”, temos um governo sensível e bem próximo ao nosso setor que vem fazendo resgastes históricos, mas tem pautas que precisam de uma maior pressão da bancada federal, para que o estado possa ter dias melhores, e só o setor primário destravado e sustentável é capaz de fazer essa revolução. O modelo PIM/ZFM já mostrou em cinco décadas que não foi capaz de interiorizar, mas deve ser mantido e aliado do setor agropecuário local. Isso é perfeitamente possível!
Então, vamos votar deputados federais e senador ligados ao AGRO familiar e empresarial. É assim que mudamos o Amazonas!