Não consigo entender como NÃO enxergam que a área ambiental do Amazonas continua brincando com os milhões que já foram recebidos e que estão chegando ao nosso Estado. Já estamos chegando a 60% da população sem ter o que comer e continuam brincando. Vi, esta semana, na mídia da SEMA (Secretaria de Meio Ambiente), que um banco alemão (KFW) está injetando R$ 71 milhões de reais para “projeto de bioeconomia” e o famoso “REDD+“. Para o CAR, grande nó do nosso estado, apenas R$ 1,5 milhão foi conquistado junto ao BNDES.
Será que a ALEAM (Assembleia Legislativa) sabe quais são esses “projetos de bioeconomia” e o famoso “REDD+”? Será que o IDAM sabe quais são esses projetos?
Só temos que falar em projetos depois do Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE, antes disso, é repetir o passado, é desperdiçar chances de melhorar a vida do guardião da floresta, dos municípios do interior.
Por que não usam esses EUROS para o BOLSA FLORESTA?
Por que não usam para o ZEE?
Por que não usam para a Regularização Fundiária?
Na propaganda da SEMA tem a frase “…engajando o setor público e PRIVADO...”. Isso mesmo, “PRIVADO“.
Esse recurso do KFW é do Fundo Floresta, então, nada melhor do que aplicar no BOLSA FLORESTA que pagou 14 anos a miséria de 50 reais a bem poucos guardiões. Agora está 100 reais.
Bem, estou fazendo minha parte. É preciso estacar a pobreza em nosso Estado, mas usando 71 milhões dessa forma é brincar com a saúde e educação de quem mora no interior do Estado mais preservado. É não priorizar o mais urgente.
Espero que o governador Wilson Lima e a Assembleia Legislativa possam direcionar esses milhões para o guardião da floresta, só depois do ZEE, por razões óbvias, destinar a projetos que também passem por análise das comissões da ALEAM.
Por fim, lembrar que esse banco é alemão, ou seja, do mesmo país que “…pressiona por uma brecha que permita a venda de carros a combustão após 2035...”. Abaixo, print de matéria do Jornal VALOR.
25.04.2023Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]