23 de novembro de 2024

Das técnicas da gestão da emoção (Parte 3)

Bosco Jackmonth (Advogado)*

Vistas as abordagens anteriores – 1 e 2 — diga-se então que gestão da emoção exige consciência crítica, sendo que consciência crítica requer um olhar mínimo eivado de indagações, além de colocar-se contra a parede na mais diversas áreas da vida, fazendo-se uma radiografia, ainda que precária, das mazelas e miserabilidades psicossociais. Dá-se quem vive para fora não faz a jornada interior e, assim sendo, não alcança qualidade de vida nem saúde emocional, além de que não se torna um ser humano atendido.

Segue o automapeamento que quer dizer fazer o diagnóstico dos fantasmas mentais e das falsas crenças, visto que a autoconsciência abre espaço para a terceira ferramenta desta Mega TGE: o automapeamento. É que, pois, quem não se automapeia não se localiza, não sabe se está construindo ou contribuindo para sua atividade profissional, enriquecendo ou empobrecendo seus colaboradores, bloqueando ou promovendo seus dependentes, brilhando ou asfixiando a pessoa que escolheu para dividir sua história. Somente depois de ser bombardeado de perguntas e procurar respondê-las com honestidade é que se desenha o mapa dos fantasmas mentais.

Liste-se os fantasmas mentais que sabotam nossa qualidade de vida, nossa atividade profissional e nossas relações sociais. São inúmeros, cabendo citar alguns poucos deles a seguir: timidez e insegurança; autopunição; sentimento de vingança; ciúme; baixa autoestima; fobias; irritabilidade; angústia; mau humor; egocentrismo; hipocondria e outros.

Sucede, não é possível cuidar de gestão da emoção sem ter coragem de se colocar em xeque, pois quem tem medo de olhar para si e se deparar com seus fantasmas mentais se quedará aterrorizado por eles a vida toda. Portanto, é importante que façamos um diagnóstico mínimo e empírico de nossas limitações, imperfeições, dificuldades, desempenho. Segue, não é possível assim, já se disse, cuidar de gestão da emoção limitando-se.

Seguindo-se o mapeamento, outra Técnica de Gestão da Emoção aqui comparece: a definição de metas claras. Estabelecê-las é indispensável para saber onde se está e aonde se quer chegar. Sabe-se, mentes claras são as rotas que levam ao desenvolvimento de projetos a médio e a longo prazo; são o alicerce do treinamento contínuo e incansável. É que sem metas claras, não, é possível encontrar trajetórias, pois toda pessoa que não percebe que é compulsiva, tímida, arrogante, egocêntrica, ansiosa, enfim se não sabe quem é e onde está, não poderá saber aonde4 quer chegar, pois perde os parâmetros, anda em círculos gastando energia celebral inutilmente, correndo o risco de ser asfixiado por três necessidades neuróticas: de ser o centro das atenções, de estar sempre certo e de poder

 Por certo, os profissionais liberais que não admitem que estão ultrapassados e não se reciclam, acabam não reconhecendo erros e não se reinventam, são destruidores da postura que não querem enxergar que estão levando sua atividade qualquer que seja ela à falência.       

Então, ter metas claras prepara o caminho para ter o foco e disciplina, que é outra técnica fundamental da Mega TGE, para promover a saúde emocional. Sucede, sem foco perde-se gastando energia vital do cérebro de forma inadequada e outras perdas não se construindo pontes que levrttam aos lugares desejados. Já sem disciplina sucumbe-se ao imediatismo, à necessidade doentia de querer tudo rápido e pronto, caso em que nesse caso refazer rotas torna-se utópico, consolida nossos defeitos e eterniza nossa falibilidade e nossa fragilidade. 

Ser autor da própria história é ser capaz de transformar o caos da vida em curso, tornando-se um ser humano melhor, mais maduro e inteligente, não enterrando os sonhos no solo da própria personalidade. Há quem queira ser notável, por exemplo artistas e escritores, contudo são indisciplinados, no caso não têm paciência para escrever e reescrever seus textos quantas vezes for necessário. São vendedores de ilusões, sendo pior porque acreditam nelas. Assim, livros incríveis deixaram de ser escritos, quadros belíssimos deixaram de ser pintados, pesquisas revolucionárias não foram concluídas, planos sociais fascinantes foram interrompidos, relações maravilhosas foram desconstruídas; tudo porque faltou o pensamento da autoconsciência, automapeamento, metas claras, foco, disciplina e capacidade do Eu  de ser diretor do script da própria história. Sucede, quando não assume o pensamento de seu papel vital como autor da própria história, o Eu é abarcado por medo, ansiedade, timidez, preguiça mental, necessidade neurótica de ser o centro das atenções sociais. 

A unidade básica da mente humana é o pensamento que habita o cérebro, por isso é lá que se dá o placebo que vem a ser o caminho que combina física quântica, neurociência, química cerebral, biologia e genética, mostrando como é possível amplas mudanças pessoais. Assim, a unidade básica da mente humana é o pensamento. (Conclusão).

BIBLIOGRAFIA: Cardoso – Fernando Henrique / Memórias. Cury – Augusto /O Caçador de Corruptos. Dan/Browm/Origem. Gomes – Carlos/Mundo Mundo Vasto Mundo. Houassis-Antonio/Dicionário Aurélio. Savelle – Max/História da Civilização Mundial. Silva – Ana Beatriz Barbosa – Mentes Ansiosas. OG Mandino – A Escolha Certa. – Menezes Aderson – Teoria Geral do Estado. Diversos – Dicionário de Termos Jurídicos, Sociologia Jurídica e Linguagem Forense.   

Bosco Jackmonth

* É advogado de empresas (OAB/AM 436). Contato: [email protected]

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