De novo metas?

Em: 24 de novembro de 2022

Final do ano chegando, um corre-corre para as demandas que precisam ser entregues ainda em 2022 que vem chegando ao fim. Organização das festividades de Natal e Réveillon e tantos outros compromissos protelados que surgem como urgente antes do ano terminar.

Dentre estes padrões, somos acometidos por um sintoma: é preciso estipular metas e objetivos para o ano que vai iniciar. Pensamos nos objetivos a serem conquistados. Traçamos as metas que queremos alcançar. Escrevemos os objetivos. Analisamos o que fizemos mal no ano anterior. 

O plano perfeito, dez metas escritas no papel e acreditamos piamente que iremos alcançá-las, afinal, fizemos uma avaliação mais realista desta vez e agora dará certo porque a motivação parece ser mais intensa neste ano.

A cena será mais ou menos assim, a primeira semana começa, conseguimos colocar em prática aquilo que queríamos. Na segunda semana, o que custa burlar uma delas? Deixada para depois uma das ações, vamos esquecendo, definhando e… desistimos!

Quantas vezes isso aconteceu? Quantas vezes você colocou toda a sua vida traçada em objetivos e metas que não conseguiu cumprir?

Eu te garanto que também já tive o hábito de planejar tantas ações que não saiam do papel. Também conheço pessoas que já fizeram este ciclo anos a fio. Pessoas que são potencialmente muito boas em cumprir as próprias obrigações, que são dedicadas mesmo, disciplinadas, mas que também falharam.

Onde está o erro, afinal? Quais são os problemas encontrados no caminho que fazem desistir?

Algumas coisas podem acontecer que atrapalham nossas expectativas com o que planejamos e isso vai nos tolhendo de realizá-las. Talvez algum problema surge e você não sabe como resolver, talvez alguma limitação que você se impõe e não percebe que virou uma crença limitante ou em alguns momentos a vida cobra de outras formas e as metas ficam inalcançáveis.

É preciso sobretudo ter clareza sobre a sua rotina e estabelecer aquilo que cabe no dia a dia. A meta é estabelecida depois que o objetivo é traçado. Não faz sentido, propor metas cujos objetivos não são realistas, bem como não se proponha ter metas quando não existe relevância alcançar este objetivo.

Se o intuito é emagrecer, não diga que quer emagrecer para o verão, tente por exemplo: Ter X kg em três meses (dia, mês e ano) para poder melhorar minha saúde corporal que está debilitada devido a imunidade baixa e sobrepeso. Perceba que dentro da meta consta o objetivo, se a meta é eliminar alguns quilos o objetivo é ter uma condição melhor de saúde.

As metas precisam ter um caráter específico, mensurável, alcançável, relevante e temporal. Mas como saber se as suas estão de acordo? 

Elenquei uma forma mais objetiva de te ajudar:

  • Específico: clara e definida;
  • Mensurável: é possível medir se foi ou não alcançada;
  • Alcançável: é possível de conquistar;
  • Relevante: é relevante para a sua realidade e está de acordo com a sua missão de vida;
  • Temporal: tem prazo definido e um final previsto.

É importante definir poucas metas para que sejam realizadas com excelência, com esses processos definidos acima, somente assim há clareza do que deve ser realizado e a chance de desistência é menor, porque você será motivado pela clareza do que fazer anteriormente e ainda será adequado à sua rotina.

Este é um caminho interessante para quem tem motivação para deixar para trás o histórico de poucas realizações, para quem se mantém firme na realização dos seus sonhos, para quem deseja fazer diferente o ano que chega. No entanto, a disciplina é a que realmente faz o plano sair do papel. 

Por outro lado, se falta em você motivos para agir diferente daqui para frente. Se te sobra argumentos para não ter entusiasmo com os planos futuros. Se não existe um fogo ardente em realizar mais e melhor, não será o ritual de escrever metas que resolverá o seu problema. Eu, com carinho, indico procurar entender melhor suas emoções, mergulhar em seus sentimentos para que a avaliação profunda de seu estado emocional faça você respirar o desejo de dias melhores. Meta, de novo, não!

Se não é fácil olhar para o ano que termina com gratidão e olhar para o próximo com esperança, não se embale na modinha de que apenas o “vamos lá!” resolverá. Permita-se sentir a tristeza, o medo, a raiva e busque ajuda profissional. Sem recursos você pode afundar em uma depressão, ansiedade, nível altíssimo de stress ou tantas outras doenças psicossomáticas. 

Ganhe de presente de natal o autocuidado. Tá tudo bem não ter metas, mas é importante ter uma mente aberta para compreender que você não tem que fazer rituais que todo mundo está fazendo. Sua meta será não fazer metas e neste momento decidir: Neste ano, quero paz no meu coração!

Cintia Lima

Psicóloga, Mentora de Líderes e Master Coach

@psi.cintialima

Cíntia Lima

é Psicóloga, Master Coach e Mentora Organizacional [email protected] - 92 981004470
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