A ascensão da IA – Inteligência Artificial – como instrumento de apoio à gestão de organizações na sociedade contemporânea é uma realidade cada vez mais impactante. Diante da atual (r)evolução de informações e de comunicação virtual, com o uso maciço da internet, IA tem se apresentado como uma ferramenta transformadora. E desafiadora.
A substituição -pelo uso da IA- de atividades rotineiras antes exercidas diretamente por pessoas das equipes de organizações, permite um redirecionamento de seu capital humano, para um foco mais estratégico e menos mecanicista. No entanto, fica claro que o aproveitamento deste aumento do tempo disponível para tarefas mais estratégicas, precisa ser uma decisão adotada e bem conduzida pelas lideranças. Ou seja, se a empresa adota uma tática somente focada na redução de custos e prazos e não prioriza o processo de gestão por competências, sem o cuidado de valorizar o capital humano como principal ativo, haverá uma diminuição substancial do aproveitamento da capacidade criativa e cooperativa de seus colaboradores. Neste aspecto penso que seja oportuno frisar que a IA não deve ser uma ferramenta que meramente substitua o trabalho humano, mas que o facilite e o torne mais interessante e produtivo e, intelectual e emocionalmente, mais estimulante.
Com o uso inteligente e intensivo da IA, surgem e surgirão novas competências, associadas tanto às técnicas instrumentais quanto à capacidade interpretativa, analítica e propositiva do uso das ferramentas tecnológicas da inteligência artificial. Acredito que o processo de aprendizagem organizacional terá de abranger uma nova postura profissional dos colaboradores, devidamente habilitados para lidar com as novas ferramentas. E também preparados para aproveitar melhor sua energia criativa para os avanços estratégicos de cada equipe e da organização como um todo.
No caso de equipes de baixo desempenho, essa mudança, se bem conduzida pelos líderes, poderá representar um diferencial de motivação para seus colaboradores. Este será um desafio a ser assumido por todos, mas com apoio da organização por meio de um bom processo de aprendizagem profissional e gestão eficaz de competências. Ou seja, por si, o uso de ferramentas de IA não garantirá a evolução de uma equipe para um patamar superior de desempenho, se não forem adotadas concomitantemente orientações de boas práticas de relacionamento, que ampliem a confiança e a colaboração entre seus membros. Nesse sentido, será fundamental o empenho das lideranças, com menos autoritarismo, maior horizontalidade, credibilidade e capacidade de motivar, ensinar, avaliar e direcionar as equipes.
Neste contexto, destaco que a IA- Inteligência Artificial – propiciará mecanismos mais eficazes de mapeamento e mensuração do desempenho dos colaboradores, inclusive ajudando a aperfeiçoar a gestão de recursos humanos das organizações. Se for bem utilizada, a IA poderá alavancar a produtividade de uma organização que seja bem liderada. Porém, o desafio do uso da Inteligência Artificial, inclui também a necessidade cuidados que evitem seu mal uso e contribuam para o sucesso individual, das equipes e das organizações sem causar danos aos trabalhadores, à sociedade e ao meio ambiente. Enfim, a IA parece ter vindo para colaborar com o progresso das organizações e da população. Mas para que isto aconteça de fato, será fundamental um processo ético e eficaz de liderar e executar a sua implementação.