Carlos Silva
Atualmente é uma palavra muito em voga, principalmente na juventude hodierna. Mas, beirando os 70 anos de vida, gloriosa e divertida vida, tive que buscar nos dicionários o significado do termo. Eis o que encontrei: ”Diversidade significa variedade, pluralidade, diferença. Diversidade é um encontro de tudo aquilo que apresenta múltiplos aspectos e que se diferenciam entre si, ex.: diversidade cultural, diversidade biológica, diversidade étnica, linguística, religiosa etc.” Por outro lado, também encontrei: ” um grupo de diferenças e semelhanças que definem pessoas, tornando-se únicas de acordo com sua etnia, gênero, orientação sexual, deficiência, religião ou nacionalidade .” Enfim! Posso, tranquilamente, definir que Diversidade é aceitar os diferentes. Diferentes de você ! E, eles, os diferentes, não estão errados. Lógico que se estivermos tratando com imbecis ou fanáticos, tudo que for desigual, díspar, dessemelhante, dissemelhante, distinto, diferenciado, desconforme, descoincidente, divergente, discrepante, discordante, irregular, contrário, oposto, está errado, na opinião de tais seres humanos, que carregam a maldita doença do preconceito e total ausência de civilização. Infelizmente, essa praga é motivo e causa e antecedente de guerras, desde os primórdios da Humanidade. Vai acabar? Creio que não. É igual à corrupção. É eterno. Mas, ainda bem que não é unanimidade mundial. Mas, neste domingo, eu vivenciei um momento fantástico que me ensinou, de fato, o que é Diversidade na nossa Manaus, terra que me adotou como filho. Aliás, almocei jaraqui, por isso não saio daqui. No nosso mercadinho do bairro, “point” da velha guarda, nos reunimos, sete idosos, velhos, veteranos ou como quiser nos chamar, pois pouco nos importa isso. Estava um negro, um asiático, um caucasiano, um pardo, um irmão de origem indígena e um árabe e um judeu. Claro que todos já “aclimatados” à Manaus e à cultura local. Além de conversamos absolutamente sobre nada, de nada, cada um de nós tomava uma latinha de cerveja de marcas distintas. Não havia repetição de marca. Já pensou? Creio que raramente no mundo se via uma cena dessas. E, quando eu disse que não conversamos absolutamente sobre nada, de nada, eu quis dizer que não falamos nem de futebol, nem política, nem religião. Mas, todos comentavam as músicas que tocavam de um dos carros do grupo e a mais nova era Olhos Coloridos. Ficamos algumas eternidades de minutos naquela roda. Incrível como quando ficamos velhos, o mundo fica melhor de se viver. E com cervejas! Geladas !