19 de setembro de 2024

Do programa contra a ansiedade e o estresse (Parte 1)

Em linhas anteriores postas nos artigos publicados nesta mesma estação de escritos semanais, tratou-se de abordar a questão da redução da ansiedade e do estresse caminhando para o transtorno obsessivo compulsivo. Então, nisso objetivou-se oferecer um roteiro de vida supostamente útil no manejo do cotidiano, mais um de tantos assim voltados, como de costume, em abordagens, já se disse anteriores, partidas desta mesma fonte.

Trata-se de lidar com a gestão da emoção, uma técnica de coaching emocional para poder gerenciar a ansiedade, melhorar o desempenho pessoal e profissional e conquistar uma mente livre e criativa, tudo do pensamento e obra de Augusto Cury, autor de mais de 25 milhões de livros vendidos no Brasil e com publicações em mais de 70 países.

Tem-se, resta apurado, que antes de uma empresa falir, a mente de seus executivos entra em colapso. Não bastasse, profissionais liberais em vias de serem excluídos do mercado de trabalho, tem sua mente engessada. Nesse passo, alguns casais a ponto de implodirem seu romance, tem suas emoções entrando em decadência. Nesta esteira, jovens, perto de asfixiarem seus sonhos, tornam-se escravos do consumismo e dos seus traumas. Logo, a gestão da emoção é por tudo isso fundamental.

De pronto, sustenta o autor, sem gestão da emoção como se vê ricos se tornam miseráveis, profissionais competentes sabotam sua eficiência, pais e professores se convertem em péssimos educadores, amantes implodem seus romances, jovens destroem seu futuro. Na verdade, faltando gerir a emoção, esgotamos o cérebro: o céu e o inferno psíquico se aproximam.

Sucede, estamos na era da sustentabilidade. A rigor, precisamos ter consciência de que não apenas o planeta tem recursos limitados, mas também o “planeta” cérebro. Esgota-se a nossa mente ao ruminar perdas e mágoas, sofrer pelo futuro, preocupar-nos muito com a opinião das pessoas, ter necessidade neurótica de mudar os outros e cobrar demais de nós e de quem está ao nosso redor. Sabe-se, se for o caso, ao agir assim, podemos ser úteis para a empresa em que trabalhamos, mas por certo nos tornaremos carrascos de nosso cérebro e de nossa qualidade de vida, como se tem nisso em conta.

Ademais, em uma sociedade altamente competitiva como a nossa, se não se é capaz de gerir nossa emoção, será quase impossível viver sem esgotar o cérebro. A chamada gestão da emoção é o alicerce de todos os tipos de coaching: desempenho profissional e pessoal, gestão de pessoas, gestão de carreira, inteligência financeira, otimização do tempo, construção de relacionamentos. Sem ela, nenhum dos demais treinamentos atinge o resultado desejado.

Muitos indivíduos, aliás, pecam gravemente no que diz respeito ao consumo emocional responsável e acabam se tornando especialistas em estressar o próprio cérebro. É que compram o que não lhes pertence, com discussões e frustrações, e aumentam desnecessariamente o índice de gasto de energia emocional inútil (GEEI).

Convém assinalar que em Gestão da Emoção, Augusto Cury, psiquiatra que é, apresenta um programa constituído de inúmeras técnicas fundamentais para conquistar uma mente livre e uma emoção saudável. As Técnicas de Gestão da Emoção (TGEs) que expõe são essenciais não apenas para os profissionais das mais diversas áreas, mas também para a saúde psíquica de pessoas de todas as idades.

Nesta altura, é de se apurar que a gestão da emoção depende diretamente da gestão dos pensamentos, objeto de alguns artigos em derredor do pensamento, estudos postos aqui há tempos nesta estação de escritos semanais. Ali se sustentou que os pensamentos são os alicerces e os tijolos de todos os tipos de conhecimento: dos lúcidos aos estúpidos, das ideias inteligentes às perturbadoras, das ciências humanas às lógicas.

Os pensamentos também são os trilhos das emoções. Pensa-se no futuro e sofre-se depois por antecipação. Rumina-se discriminação e experimentam-se angústias. Alegria e tristeza, euforia e humor depressivo, prazer e angústia, aplausos e vaias, autoestima e autopunição, amor e ódio, enfim, sabe-se, o universo das emoções depende dos trilhos dos pensamentos.

Assim, a mente para liberar a emoção retida precisa dar um choque de lucidez nos pensamentos, sendo débeis, autopunitivos, radicais, pessimistas. Como solução, parte-se para confiar nas abordagens das escolas Menthes  e da Inteligência que, per se, dizem utilizarem metodologias de gestão da emoção, como se terá futuramente nas linhas seguintes, na ordem citada. (Continua).

 

  É advogado de empresas (OAB/AM 436). Contacto: [email protected]

Bosco Jackmonth

* É advogado de empresas (OAB/AM 436). Contato: [email protected]

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