Bosco Jackmonth*
Vista a abordagem sobre este tema, adiantada nos artigos imediatamente anteriores (01/02), presentes passagens postas em coletâneas desta mesma lavra, ilustremos ademais que o remo se trata de um desporto que busca a velocidade em conjunto com resistência e determinação praticado em embarcações de madeira estreitas, ocas a rigor para reduzir o seu peso num sistema regulável, e o mais leve possível, onde os atletas (remadores) sentam-se sobre bancos móveis, de costas voltadas para a proa, à exceção do patrão ou voga que lhe cabe manipular os controles, nisso dando o rumo aos demais – sota voga, sota proa e proa – que usam os remos com o uso de braços, troncos e pernas, e assim impulsionando o barco. Os desafios podem se dar com competidores individuais, duplas, equipes de quatro ou de oito remadores, cujo objetivo é alcançar o ponto final do trajeto. Os equipamentos de navegação podem ser Skiff, Canoa, e Out-Rigger, nisso alterando o número de remadores, como posto acima.
Quem sabe escapou-nos de grifar anteriormente que tal esporte foi introduzido no Rio Grande do Sul por conta da colonização germânica, o que se dera no ano de 1888, ainda no período monárquico. Como é manifesto, é um esporte que especialmente se adequa em águas paradas, o que é bem o ambiente natural da Amazônia, sejam lagoas, angras e rios, face uma geografia aquática se cabe a ideação.
Por certo não se tem localmente apenas o proveito agrícola, industrial, turístico, climático, como também o esportivo, quanto a este que gera fama e tradicionalismo. Tratam-se de práticas que glorificam países, como natação, remo, regatas, tênis e tantos outros gêneros. Não, não se vai deixar de lado o futebol e a sua morada verde-amarela. A propósito do futebol aqui em nosso meio regional perdeu-se a sua brasileirice, digamos, sobre o que nos deteremos linhas adiante.
Segundo informa a Federação Amazonense de Remo a prática ficou no ostracismo ente 1970 e 1990, porque irregular perante a Confederação Brasileira de Remo, sendo proibida de participar de competições oficiais, naquele período. Mas graças ao trabalho do senhor José Augusto de Almeida, presidente à época deu-se o arredar da pena. Hoje, dá-se a atividade na Praia da Ponta Negra, ali instalada a sede da FAR, constando registro de uma Diretoria assim composta: José Augusto de Almeida, Presidente de Honra; Aristóteles G.de Almeida Neto, Presidente; Daniel Herzon, Vice-Presidente; Evandro Botelho, Secretário; José Olmiro Borges, Técnico; Agenor Braga, Financeiro; Clóvis Aguiar, Relações Públicas.
De conquistas temos – heita pau! -: Fomos campeões do Torneio Norte-Nordeste, nos anos de 2002, 2004 a 2005. Do Campeonato Brasileiro Aberto de Remo 2010. Além de boa representação (Manaura e Amazônia), no campeonato realizado na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Ademais, tivemos cinco atletas medalhista contra a força do sudeste e sul. Novamente os melhores colocados da Região Norte e Nordeste, retificando nossa posição nesse ranking. nacional.
Logo, como visto, alcançamos acentuada melhora da classificação amazonense, eis que raqueando os clubes ente os 5 melhores do Brasil, dada aquela classificação e colocando atletas convocados para a seleção brasileira (10), temos o gaúcho José Olmiro trabalhando com a equipe principal e há 3 anos Edvando Alves, amazonense, aplicando-se na pré-equipe e com a escola de remo amazonense.
Neste ensejo incluamos os dizeres sobre Manaus que é dada como a cidade que já teve de tudo e atualmente nada tem. Mas, não! Do passado temos o Jornal do Commércio com mais de 1 século de gloriosa existência e hodiernamente contamos com o Polo Industrial, ou Suframa, como bem se sabe.
Sucede, os fatos são os fatos, não importa o que se diga deles. Assim é fato que o nosso futebol debate-se soluçando feito o arco da velha. Nada ou pouco se faz a respeito. É como no brocardo que prega “quando não se pode, ou não se quer mesmo resolver um problema, fazem-se reuniões”. Ou por outra: “Quem nada fez, costuma se queixar da falta de tempo.”(La Fontaine). Ou ainda: “Correr não adianta. É preciso partir antes” (La Fontaine).
Assim se debate em estertores o nosso futebol. Agonizante! Longe está o tempo em que se assistia clássicos memoráveis (lembra?) mesmo nos campos do Parque Amazonense ou da Colina. Depois da construção do Vivaldão, cadê? Onde estão os times? Salvo engano): Barés, Clipper, Educandos, Fast, Labor, Luso, Nacional, Olympico, Princesa Izabel, Rio Negro, Sul América, São Raimundo. Remonte-se: “O cronista é um filtro de tudo o que vemos. Escreve-se para não ser solitário e por sentimentos aos outros. Se você não tiver essa solidariedade, é bobagem escrever.” (Ignácio Loyola Brandão, da A.B.L.). (Conclusão).
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*Advogado (OAB/Am) 436, desde 16/12/67; Ex-sub-ger.BEA; func.Bco.Brasil Manaus e Rio de Janeiro, aqui comis. Pelo Bco.Central c/Fiscal de Bcos.voltados p/oper.c/moedas estrangeiras; Cursou Direito, Comunicação Social (Jornalismo); Corretagem de Imóveis; Contabilidade; Oratória; Taquigrafia; Lecionou História Geral; e Tec.Vendas; foi dono da “Livraria Universitária”; Gerente Consultor Jurídico de empresas locais.
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